Gaza

O CPPC, o MPPM, a CGTP-IN e o Projecto Ruído promoveram nesta quarta-feira 6 de Março um Acto Público de sensibilização e esclarecimento, no Rossio, em Lisboa.

Com apresentação de Julie Neves (CPPC) e Tomás Gonçalves (Projecto Ruído), o evento começou com um momento musical em que Leonor Pereira cantou e Francisco Antunes acompanhou “A Morte Saiu à Rua” e “Trova do Vento Que Passa”.

Seguiram-se as intervenções de Dinis Lourenço (CGTP-IN), Hindi Mesleh (refugiado palestino residente em Portugal) e Carlos Almeida (MPPM).

Denunciou-se o massacre em curso na Palestina, afirmou-se a urgência de um cessar-fogo permanente, questionou-se a posição do governo português em relação a Israel e garantiu-se a contínua solidariedade do povo português ao povo palestino.

A concluir, as muitas pessoas presentes no Rossio, cantaram “Grandola Vila Morena”.

A Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP) convidou mais de quatro dezenas de autores portugueses a responder a uma dúvida: «E depois de Gaza, é possível ainda a poesia?».

São exactamente quarenta e quatro os/as poetas que respondem ao desafio contribuindo para a colectânea de poemas que a AJHLP acaba de editar na colecção «explicação das árvores» com o título o silêncio dos meninos mortos e o subtítulo poemas portugueses contra o massacre do povo palestiniano.

Desta colectânea recolhemos esta pequena mostra:

Francisco Duarte Mangas, Os Frutos

a árvore das palavras
povoa-se de frutos
e esses pequeninos frutos
abrigam o silêncio
dos meninos mortos de gaza.

João Pedro Mésseder, Palestina, 2023

Se te roubam a terra
se te cercam o mar
se o céu não to roubam
que o não podem roubar

Nesta sexta-feira, 16 de Fevereiro, muitas dezenas de pessoas concentraram-se frente à Embaixada de Israel, em Lisboa, para exigir a fim da agressão contra a Palestina e a fim da impunidade dos crimes contra o povo palestino cometidos pelo Estado de Israel.

Em pé, sentadas ou deitadas, pessoas solidárias com a Palestina, defensoras da paz e dos direitos humanos, para quem o sofrimento dos Palestinos se tornou insuportável, manifestaram a sua solidariedade com o povo palestino e a sua indignação perante a inoperância dos Estados para travar a agressão genocida de Israel, traduzida na palavra de ordem «Viva a luta do Povo Palestino! Israel é um Estado assassino!».
 

Lisboa voltou a assistir, no sábado 10 de Fevereiro, a uma grande manifestação de protesto contra o genocídio levado a cabo por Israel na Palestina, com milhares de pessoas a responderem à chamada da Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina e de muitas outras organizações e colectivos, entre os quais o MPPM.

Partindo da Alameda Dom Afonso Henriques, a manifestação desceu a Avenida Almirante Reis até à Praça de Martim Moniz.

Reclamou-se um cessar-fogo imediato, o fim do genocídio, o fim do bloqueio a Gaza, a independência da Palestina.

Sessenta e seis individualidades ligadas à música - músicos, agentes e produtores musicais - subscreveram um apelo a um cessar-fogo imediato em Gaza divulgado no jornal Público no dia 1 de Fevereiro.

«As imagens que nos chegam da Palestina desde o fim do passado mês de outubro não nos deixam indiferentes. Todos os dias somos confrontados com a violência perpetrada pelo governo de Israel contra a população palestiniana, no atropelo de todas as regras internacionais de respeito pelas populações civis e de ajuda humanitária, com mais de vinte mil vítimas até ao momento, na maioria mulheres e crianças.»

E, portanto:

«Os músicos, agentes e produtores musicais abaixo-assinados apelam por isso ao cessar-fogo imediato em Gaza, à entrada urgente de ajuda humanitária nos territórios ocupados, à libertação de todos os reféns e à resolução política desta ocupação no quadro da ONU.»

A Direcção Nacional do MPPM, reunida para analisar a situação na Palestina e no Médio Oriente, condena a agressão genocida de Israel contra o povo palestino e a escalada belicista na região, exige o respeito pelo direito internacional, apela a um cessar-fogo imediato e saúda a resistência do povo palestino e todas as forças que o apoiam na sua luta pela concretização dos seus direitos inalienáveis.

A Mesa do Comité da ONU para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino emitiu ontem uma importante declaração em que se congratula com as medidas provisórias ordenadas pelo Tribunal Internacional de Justiça para que Israel impeça actos de genocídio em Gaza, nomeadamente por parte das suas forças armadas, e reclama um cessar-fogo imediato e a intervenção do Conselho de Segurança para garantir o cumprimento da ordem do TIJ.

Para a Mesa, com esta decisão o TIJ reconhece a sua jurisdição neste caso e a vulnerabilidade da população palestina devido ao exercício de força brutal por parte de Israel, pelo que reclama assistência humanitária urgente. Considera ainda que é necessário um cessar-fogo imediato para que se possam aplicar as medidas provisórias decretadas pelo Tribunal.

O Tribunal Internacional de Justiça proferiu nesta sexta-feira, 26 de Janeiro, o seu despacho sobre o pedido de indicação de medidas provisórias* apresentado pela África do Sul no processo relativo à aplicação da Convenção sobre o Genocídio na Faixa de Gaza.

Em 29 de Dezembro último, a África do Sul apresentou um pedido de instauração de um processo contra Israel por alegadas violações por parte deste país das suas obrigações ao abrigo da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio (a "Convenção sobre o Genocídio") em relação aos palestinos na Faixa de Gaza.

Algumas centenas de pessoas concentraram-se na Praceta da Palestina, no Porto, no fim da tarde desta quarta-feira 24 de Janeiro, para reclamar o fim da agressão israelita contra a Faixa de Gaza com um cessar-fogo imediato e duradouro.

Paz no Médio Oriente! Palestina Independente! foi o lema do evento, convocado pelo CPPC, pela USP/CGTP-IN, pelo MPPM e pelo Projecto Ruído, e que registou intervenções de José António Gomes (MPPM), Tiago Oliveira (USP) e Ilda Figueiredo (MPPM).

As mesmas organizações estão a convocar, para 16 de Fevereiro, a partir das 17h30, a formação de um Cordão Humano entre a Estação da CP e a Praça da Liberdade, em Viana do Castelo.

Em GAZA, até às 13 horas de 11 de Janeiro de 2024, a Organização Mundial de Saúde registou 23.357 pessoas mortas (70% mulheres e crianças), 59.410 pessoas feridas, 7780 pessoas desaparecidas ou soterradas nos escombros e 1,93 milhões de pessoas deslocadas (85% da população).

Funcionamento e Acesso a Cuidados de Saúde. 42% dos hospitais (15 em 36) estão a funcionar e só parcialmente. A ocupação de camas é de 351%. Estão a funcionar 3 Hospitais de Campanha (Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Rafah). Estão a funcionar apenas 18% dos centros de cuidados primários de saúde (13 em 72).

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