Gaza

Gaza, mon amour, realizado pelos gémeos Tarzan e Arab Nasser, é o candidato da Palestina a uma nomeação para o Óscar de melhor filme em língua estrangeira. Estreou, este ano, no Festival de Veneza e é uma co-produção da Palestina, França, Alemanha, Portugal e Qatar.

O filme foi posteriormente exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto 2020, onde ganhou o Prémio NETPAC (Network for the Promotion of Asian Cinema), que distingue os melhores filmes asiáticos em festivais seleccionados do mundo inteiro.

Inspirado numa situação verídica ocorrida em Gaza, em 2014, o filme conta a história de Issa (Salim Dau), um pescador de Gaza, de 60 anos, secretamente apaixonado pela modista Siham (Hiam Abass), cuja sorte muda quando recolhe na sua rede de pesca uma escultura fálica do deus grego Apolo…

O Algarve proporcionou os locais para as filmagens das cenas situadas nas praias e no mar de Gaza, interditados pelo bloqueio israelo-egípcio.

Pela décima noite consecutiva Israel sujeitou a Faixa de Gaza a bombardeamentos pela artilharia e pela aviação. Embora haja vários feridos, não se registaram, até ao momento, vítimas mortais. No entanto, foram causados avultados danos materiais e há um pânico generalizado na população.

Israel argumenta que está a retaliar ao envio de balões incendiários, a partir da Gaza, para povoações israelitas vizinhas e alega que só está a atacar alvos do Hamas. No entanto, estão documentados danos em habitações e até numa escola da UNRWA.

Aviões de guerra e artilharia israelita atacaram alvos na Faixa de Gaza esta manhã cedo, enquanto os direitos de pesca dos habitantes de Gaza foram drasticamente reduzidos, informou a agência noticiosa palestina WAFA.

Um avião de guerra israelita disparou dois mísseis contra um local a leste da cidade de Gaza, na Faixa de Gaza setentrional, causando pesados danos no local e nos edifícios vizinhos, mas sem danos corporais.

Outro avião de combate disparou dois mísseis em terras agrícolas a leste de Beit Hanoun, também a norte, causando um buraco profundo no solo, e dois outros mísseis num local a leste de Rafah, na Faixa de Gaza meridional, causando danos materiais.

A artilharia israelita também bombardeou um local a leste de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza central, causando pesados danos ao local e às propriedades vizinhas.

Segundo noticiou ontem a agência Wafa, Israel vai demolir 30 casas palestinas no bairro de Issawiya, em Jerusalém Oriental, sob o pretexto de construção sem licença. No mesmo dia, o Comité Contra o Muro e os Colonatos em Belém (CCMCB), divulgou que a administração civil Israelita tinha aprovado a construção de 164 novas unidades habitacionais no colonato Neve Daniel, a sudoeste de Belém.

Legislação discriminatória incentiva construção ilegal

Para os residentes de Issawiya, um agregado palestino de cerca de 20 000 pessoas, e em outras partes de Jerusalém Oriental ocupada, os ataques militares, a apropriação de terras e as demolições são uma realidade diária.

Com o pretexto de construção ilegal, Israel demole regularmente casas de palestinos em Jerusalém Oriental com o objectivo de alterar o equilíbrio demográfico em favor dos colonos judeus na cidade ocupada.

Em 2010, a Flotilha da Liberdade para Gaza, um comboio de seis embarcações que transportavam ajuda humanitária, tentou quebrar o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza. Recusando a exigência de Israel de se retirar, a flotilha continuou a navegar em águas internacionais e as forças de ocupação israelitas lançaram um ataque nocturno. Num dos barcos, o Mavi Marmara, os comandos israelitas alvejaram e mataram nove activistas dos direitos humanos e um décimo morreu mais tarde devido aos seus ferimentos, e feriram cinquenta civis desarmados. Agrediram, também, passageiros das outras cinco embarcações.

Em Maio de 2020, a Coligação Flotilha da Liberdade está a patrocinar uma série de webinars para recordar os acontecimentos de 2010 e para chamar a atenção internacional para a situação dos dois milhões de palestinos que vivem em Gaza sob um brutal e ilegal bloqueio israelita por terra, mar e ar.

Barcos da marinha israelita abriram hoje fogo contra pescadores palestinos ao largo da costa norte de Gaza e soldados dispararam granadas de gás lacrimogéneo contra agricultores no sul da Faixa de Gaza, noticiou a agência WAFA.

Os barcos da marinha abriram fogo e apontaram canhões de água aos pescadores que navegavam a três milhas náuticas da costa norte de Gaza, obrigando-os a regressar à costa.

No sul da Faixa de Gaza, soldados israelitas dispararam granadas de gás lacrimogéneo contra agricultores palestinos que se encontravam a leste de Khan Younis, forçando-os também a abandonar a zona antes de serem feridos.

O assédio da marinha e do exército israelitas aos pescadores e agricultores palestinos perto das fronteiras é um acontecimento quase diário que visa desencorajá-los de prosseguir a pesca, uma fonte de rendimento vital para milhares de famílias de Gaza, e de cuidar das suas terras perto da vedação da fronteira com Israel.

A missão 2020 da Flotilha da Liberdade, que o MPPM noticiou, foi adiada devido à presente situação de pandemia. A este respeito, a coordenação internacional da coligação tornou público o seguinte comunicado:

«Tendo em conta as restrições sanitárias globais em matéria de viagens e reuniões públicas, a Coligação Flotilha da Liberdade decidiu adiar a partida planeada para Gaza. Tínhamos inicialmente planeado visitar vários portos do sul da Europa em Abril e Maio deste ano e rumar a Gaza no final de Maio, para coincidir com o 10º aniversário do ataque israelita ao Mavi Marmara e a outros navios da Flotilha da Liberdade em 2010, que matou 10 activistas da paz.

Assinala-se hoje, na Palestina e em todas as suas diásporas espalhadas pelo mundo, o Dia da Terra. Este ano, o povo palestino evoca os acontecimentos de 1976 numa situação particularmente difícil em resultado da pandemia COVID-19. O previsível avanço da doença, propulsionado pelas deficientes condições sanitárias em que vive a generalidade da população palestina, em especial nos campos de refugiados e na Faixa de Gaza, faz temer o pior. Em paralelo, Israel intensifica os abusos contra os palestinos, levantando obstáculos às medidas de apoio e prevenção da pandemia tomadas nas comunidades palestinas e explorando a situação para acelerar a anexação de facto do território palestino.

A Flotilha da Liberdade vai navegar de novo para Gaza, em Maio próximo, sob o lema «Para as Crianças de Gaza», com dois objectivos importantes:

- Desafiar e pôr termo ao ilegal e desumano bloqueio israelita a Gaza
- Restaurar os direitos das crianças e jovens em Gaza pela vida, segurança e liberdade de movimentos.

Em 2020 assinalam-se duas datas chave: por um lado, é o ano em que sucessivos relatórios das Nações Unidas consideram que Gaza se tornará inabitável se o bloqueio não terminar; por outro, Maio de 2020 marcará 10 anos desde o ataque das forças israelitas a barcos, incluindo o Mavi Marmara, em águas internacionais, onde mataram 10 pessoas e feriram gravemente outras 56.

O exército israelita matou três jovens palestinos esta terça-feira à noite, alegando que eles atravessaram a «barreira de segurança» que cerca a Faixa de Gaza e penetraram 400 metros em Israel.

O exército de ocupação afirma  que abriu fogo de artilharia contra os jovens após estes  lançarem contra os soldados um dispositivo explosivo ou uma granada de mão.

Contrariamente ao relato das forças de ocupação, grupos activos em Gaza, citados pela agência palestina Ma'an, afirmaram que o que aconteceu foi «uma execução de três menores, em que o exército de ocupação ordenou que os três menores se despissem e depois foram executados a sangue frio por metralhadoras pesadas instaladas num tanque».

O exército israelita mata sistematicamente palestinos em Gaza, acusando-os de tentarem entrar no território de Israel ou de realizarem ataques às suas forças.

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