Resistência, Política e Sociedade Palestinas

O MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente saúda e associa-se à Semana Internacional pela Liberdade de Ahmad Sa’adat, que decorre entre 15 de 22 de Janeiro.
 
Ahmad Sa’adat, que é deputado ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), foi condenado a 30 anos de prisão em Dezembro de 2008 por um tribunal militar israelita, acusado de dirigir uma «organização terrorista ilegal», ou seja, por ser um dirigente da resistência palestina à ocupação e repressão sionistas — secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina — eleito após o secretário-geral anterior ter sido assassinado por Israel. 
 
Faixa de Gaza, 11 de Janeiro de 2019. REUTERS Ibraheem Abu Mustafa

Soldados israelitas mataram hoje uma mulher palestina — a primeira vítima do ano — durante protestos perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Pelo menos outras 25 pessoas foram feridas, incluindo um jornalista e um paramédico, durante a 42.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno.

Amal al-Taramsi, de 43 anos, foi baleada na cabeça pelas forças israelitas, que usaram fogo real e balas de aço revestidas de borracha para reprimir os manifestantes.

Uma testemunha ocular citada pelo jornal britânico The Independent afirmou que Amal al-Taramsi se encontrava a cerca de 150 metros da vedação quando foi baleada: «Ela recebeu uma bandeira de um jovem, e antes de se mexer soaram três tiros... Ela caiu.»

Cerca de 12 000 pessoas participaram no protesto desta sexta-feira, que decorreu sob o lema «A nossa firmeza quebrará o cerco».

Dezenas de palestinos da Faixa de Gaza foram feridos na tarde de sexta-feira pelas forças de ocupação israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes que participavam na Grande Marcha do Retorno.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 palestinos foram feridos por munições reais e bombas de gás lacrimogéneo disparadas pelas forças israelitas. Entre os feridos encontravam-se sete jornalistas e paramédicos palestinos.

Milhares de palestinos manifestaram-se pela 41.ª semana consecutiva junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. As manifestações da Grande Marcha do Retorno iniciaram-se em 30 de Março de 2018 para exigir o direito de retorno dos refugiados e o fim do bloqueio à Faixa de Gaza. Desde o início dos protestos, o exército de ocupação israelita matou 256 palestinos e feriu mais de 25 000.

Forças israelitas mataram ontem um palestino com deficiência mental durante uma manifestação da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, já na 40.a semana consecutiva.

O Ministério da Saúde de Gaza identificou o morto como Karam Mohammed Fayyad, de 26 anos. Observadores no local do Palestinian Center for Human Rights (PCHR) informaram que Fayyad foi atingido com uma bala na cabeça quando se encontrava a cerca de 150 metros da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

Segundo o Centro Al Mezan de Direitos Humanos, as forças israelitas feriram outros 46 manifestantes, incluindo quatro crianças, duas mulheres, um jornalista e dois paramédicos.

Os soldados do exército sionista dispararam balas reais, balas de aço revestidas de borracha, além de bombas de gás de alta velocidade e granadas atordoantes, informa o Crescente Vermelho Palestino.

Cinco formações políticas de esquerda palestinas anunciaram no domingo a constituição da Assembleia Nacional Democrática Palestina. 

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou no sábado que vai dissolver o Conselho Legislativo Palestino. «Recorremos ao Tribunal Constitucional e o tribunal decidiu dissolver o CLP e pediu eleições parlamentares no prazo de seis meses, e nós temos de executar essa decisão imediatamente», disse Abbas numa reunião da Organização de Libertação da Palestina em Ramala.

O CLP é o parlamento directamente eleito pelos palestinos que vivem nos territórios sob a alçada da Autoridade Palestina, ou seja, é o órgão legislativo do aparelho para-estatal instituído ao abrigo dos Acordos de Oslo de 1993.

A Lei Básica da Palestina (constituição) prevê a realização de eleições parlamentares de quatro em quatro anos, mas as últimas ocorreram em 2006, há mais de doze anos. Nessa altura o Hamas venceu por larga maioria. O Hamas tem 76 dos 132 lugares do CLP, ao passo que a Fatah tem 43, sendo os 13 restantes ocupados por deputados de esquerda e independentes.

Três palestinos, incluindo um adolescente, foram hoje mortos por forças israelitas durante manifestações na Faixa de Gaza.

Os soldados do exército de ocupação dispararam balas reais e balas de aço revestidas de borracha, bem como granadas de gás lacrimogéneo, contra os manifestantes que participavam na 39.a sexta-feira consecutiva dos protestos da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola o território palestino.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que os mortos são Mohammed al-Jahjouh, de 16 anos, Abdulaziz Abu Shree'a, de 28, e Maher Yassin, de 40.

Foram também feridos 47 manifestantes palestinos, incluindo quatro paramédicos e dois jornalistas. Num dos acampamentos da Grande Marcha do Retorno, uma ambulância foi atingida directamente por uma granada de gás lacrimogéneo israelita, sufocando os paramédicos que se encontravam no seu interior.

Um jovem palestino foi morto a tiro por forças israelitas na Cisjordânia ocupada na sexta-feira. Mahmoud Youssef Nakhleh, de 18 anos, morreu após ser atingido no estômago por tropas israelitas no campo de refugiados de al-Jalazun, perto de Ramala. As forças israelitas dispararam contra o jovem de muito perto, menos de 10 metros de distância.

Na sexta-feira registaram-se protestos generalizados, com  arremesso de pedras contra as forças israelitas, na Cisjordânia ocupada. Vive-se aqui um clima de tensão crescente após quatro palestinos e dois israelitas serem mortos num espaço de 48 horas. Segundo o Crescente Vermelho Palestino, pelo menos 57 palestinos ficaram feridos duarnte o dia de sexta-feira.

As forças israelitas lançaram uma onda de prisões em toda a Cisjordânia ocupada. Desde quinta-feira mais de 100 palestinos foram presos. Segundo uma fonte do Hamas, entre eles contam-se dezenas de simpatizantes do movimento, incluindo deputados.

Quatro palestinos foram mortos por forças israelitas em operações separadas nas últimas 24 horas na Cisjordânia ocupada.

O exército israelita declarou a cidade de Ramala zona militar fechada, apesar de ser a sede da Autoridade Palestina e se encontrar na Área A, em teoria sob total controlo civil e de segurança palestino.

O encerramento foi anunciado após um ataque a tiro perto do colonato ilegal de Ofra, a leste de Ramala. Dois soldados israelitas foram mortos e dois feridos por um palestino desconhecido que fugiu do local de carro, depois de se apoderar de uma das armas dos soldados.

A primeira das mortes aconteceu durante a noite de quarta-feira. No espaço de seis horas e em operações separadas, forças israelitas mataram três palestinos suspeitos de ataques a israelitas.

A convite da Assembleia da República, uma delegação do Grupo Parlamentar de Amizade Palestina-Portugal, composta pelos deputados Azzam Al-Ahmed (presidente do Grupo Parlamentar de Amizade), Epiphan Bernard Z. Sabella e Fayez Anton Sakka, bem como pelo Secretário-Geral do Conselho Legislativo Palestino, Ibrahim Khreiseheh, esteve de visita a Portugal.

No dia 12 de Dezembro, a delegação foi recebida na Assembleia da República pelo Vice-Presidente José Manuel Pureza, pelo Grupo Parlamentar de Amizade Portugal – Palestina, e pelo Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, Deputado Sérgio Sousa Pinto.

À tarde, no Teatro “A Barraca”, a delegação teve um encontro com representantes de organizações portuguesas activas na solidariedade com a luta do povo palestino, entre as quais o MPPM.

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