Cisjordânia

O campeonato nacional de clubes de futebol da Palestina foi cancelado esta quarta-feira por Israel negar as autorizações de viagem aos jogadores de Gaza que iriam defrontar os seus adversários na Cisjordânia ocupada.

Israel recusou-se a autorizar que jogadores do clube Khadamat Rafah de Gaza atravessasem as poucas dezenas de quilómetros do seu território para jogar com o FC Balata de Nablus, no centro da Cisjordânia.

Os dois milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza têm de solicitar autorização a Israel para viajarem para a Cisjordânia.

As autoridades israelitas não deram explicações públicas acerca da sua decisão.

Só receberam autorização de viagem 12 dos 35 elementos do clube de Gaza, dos quais apenas cinco eram jogadores, informou o clube.

A Taça da Palestina é reconhecida pela FIFA e deveria ter sido disputada esta quarta-feira na cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, após já ter sido adiada em Julho passado.

As forças de ocupação israelitas assaltaram, na madrugada de ontem, quinta-feira, em Ramala, a sede da Addameer, uma organização que defende os direitos humanos dos presos palestinos, tendo roubado computadores, diverso material informático, livros e documentos.

Foi também assaltada a sede da União Geral de Trabalhadores do Sector de Serviços, tendo as forças de ocupação destruído mobiliário e roubado computadores e documentos. Os assaltantes feriram, com balas de borracha, cinco jovens palestinos que tentaram opor-se ao assalto e que tiveram de ser hospitalizados.

Segundo a agência WAFA, na noite de quinta-feira as forças israelitas ocuparam o centro de Ramala e assaltaram diversos edifícios e cafés. Isto, não obstante Ramala estar incluída na área A dos Acordos de Oslo que deveria se de inteira responsabilidade, civil e de segurança, da Autoridade Palestina.

«As forças armadas de Israel estarão aqui para sempre», declarou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, durante uma reunião do seu governo no Vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada. 
 
Realizando a última reunião do governo israelita antes das eleições da próxima terça-feira — e a primeira nos territórios palestinos ocupados desde há duas décadas —, Netanyahu quis reforçar a mensagem de que, se vencer as eleições, Israel anexará o Vale do Jordão e todos os colonatos israelitas, ilegais à luz do direito internacional.
 
A reunião do governo israelita, realizada numa tenda adornada com bandeiras de Israel, decidiu propor a legalização retrospectiva do posto avançado (colonato ilegal à luz do próprio direito israelita) de Mevo'ot Yeriho, nas proximidades da cidade palestina de Jericó. 
 

Dezenas de palestinos foram feridos esta sexta-feira na Faixa de Gaza pelas forças armadas israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes desarmados da Grande Marcha do Retorno.

O Ministério da Saúde do território informou que 55 palestinos foram feridos por balas reais e bombas de gás lacrimogéneo disparadas pelos militares sionistas na 74.ª sexta-feira da Grande Marcha do Retorno.

As manifestações da Grande Marcha do Retorno realizam-se semanalmente desde 30 de Março de 2018, exigindo o direito dos refugiados palestinos a regressarem aos lugares de onde foram expulsos, na Palestina histórica, na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou esta terça-feira que, se for reeleito, Israel anexará o Vale do Jordão e o Norte do Mar Morto, na Cisjordânia ocupada.

«Hoje anuncio minha intenção, após a formação de um novo governo, de aplicar a soberania israelita ao Vale do Jordão e ao Norte do Mar Morto», afirmou Netanyahu num discurso transmitido ao vivo em todos os canais de televisão israelitas.

O Vale do Jordão, com 2400 km2, representa cerca de um terço da Cisjordânia e faz fronteira a leste com a Jordânia. Israel afirma há muito tempo que, qualquer que seja a solução alcançada com os palestinos, pretende manter o controlo militar desta zona.

Nesta área vivem aproximadamente 65 000 palestinos e 11 000 israelitas, estes residentes em colonatos ilegais à luz do direito internacional. A principal cidade palestina é Jericó, havendo cerca de 28 aldeias e comunidades beduínas menores.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reafirmou neste domingo o compromisso de impor a soberania de Israel nos colonatos judaicos da Cisjordânia ocupada.

«Com a ajuda de Deus, aplicaremos a soberania judaica a todas as comunidades [ler: colonatos judaicos], como parte da Terra [bíblica] de Israel e como parte do Estado de Israel», afirmou Netanyahu numa cerimónia de abertura do novo ano escolar no colonato de Elkana.

Netanyahu fez uma promessa semelhante, de anexar parte da Cisjordânia ocupada, nas vésperas das eleições de Abril deste ano. Porém, nessa altura os resultados obtidos não lhe permitiram formar uma coligação de governo viável. As actuais declarações devem por isso ser lidas também na perspectiva das novas eleições, marcadas para o próximo dia 17 de Setembro.

Aviões militares de Israel bombardearam na noite de sábado vários locais no Norte da Faixa de Gaza sitiada. As forças do exército de ocupação afirmam ter atacado infra-estruturas do Hamas e um posto de observação

Os ataques israelitas ocorreram após o disparo de três rockets do território palestino para Israel, afirmaram as forças armadas sionistas. Dois dos rockets teriam sido interceptados pelo sistema anti-míssil Iron Dome («cúpula de ferro»).

Já na noite de sexta-feira as sirenes de alarme tinham soado em várias localidades do Sul de Israel. Teria sido lançado um rocket da Faixa de Gaza, interceptado pelo Iron Dome, anunciaram as forças armadas israelitas. Aviões israelitas teriam atacado «duas infra-estruturas subterrâneas» do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica).

Uma comissão da Administração Civil de Israel, organismo do governo militar que administra a Cisjordânia ocupada, anunciou nos últimos dias planos para avançar com 2304 unidades habitacionais em colonatos israelitas na Cisjordânia, informa a agência palestina WAFA. As 2304 unidades habitacionais estão em várias fases do processo de aprovação.

Antes das eleições de Abril, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu  anexar a Israel os colonatos na Cisjordânia ocupada. Não tendo conseguido formar uma maioria parlamentar, foram convocadas novas eleições para Setembro. A seis semanas das eleições, o anúncio da autorização de mais 2304 habitações nos colonatos reflecte a tentativa de atrair para o Likud, o partido de Netanyahu, os votos dos mais de  400 000 israelitas que vivem nos colonatos no território palestino ocupado militarmente por Israel desde 1967.

Israel aprovou a construção na Área C da Cisjordânia ocupada de 715 unidades habitacionais para palestinos e de 6000 casas para colonos israelitas.

O gabinete de segurança de Israel aprovou por unanimidade na terça-feira, 31 de Julho, as licenças de construção para 715 unidades habitacionais em localidades palestinas na Área C da Cisjordânia ocupada.

O gabinete de segurança aprovou também a construção de 6000 casas em colonatos israelitas (ilegais à luz do direito internacional) na mesma Área C, que segundo os Acordos de Oslo está sob controlo total de Israel.

Em resposta à decisão israelita, o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayeh, afirmou esta quarta-feira, num comunicado citado pela agência Ma'an, que as áreas A, B e C já não existem porque Israel violou o Acordo Interino de Oslo, e «nós não precisamos de autorização da potência ocupante para construir as nossas casas no nosso território».

Centenas de soldados israelitas invadiram esta segunda-feira a localidade palestina de Sur Baher, na Cisjordânia ocupada, perto de Jerusalém Oriental, para proceder à demolição de 10 prédios com cerca de 70 apartamentos.

Na madrugada de segunda-feira, as forças de ocupação israelitas entraram em Sur Baher e começaram a expulsar os moradores, preparando o terreno para buldózeres e escavadoras demolirem os prédios.

A maioria dos apartamentos estão ainda em construção, mas responsáveis da ONU informaram que no imediato 17 pessoas ficarão sem abrigo.

Israel alega que os 10 prédios ficam demasiado próximos da chamada «barreira de separação» e por isso representam um risco de segurança para as forças armadas israelitas que operam ao longo dela.

Sur Baher é atravessado pela «barreira de separação», e a parte agora alvo das demolições ficou do seu lado ocidental, a que se chama impropriamente «lado israelita», apesar de se localizar na Cisjordânia.

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