Cisjordânia

Um autocarro conduzido por um motorista israelita atropelou mortalmente dois trabalhadores palestinos, esta manhã, no posto de controlo militar 300, na saída norte da cidade ocupada de Belém.

Os dois jovens mortos foram identificados como Ziad Ali Hussein Abiyat, de 29 anos, e Jaafar Omar Abaya, de 30 ano. Seis outros palestinos ficaram feridos no incidente.

O condutor fugiu do local, mas a polícia deteve-o mais tarde.

Num processo que se repete diariamente, milhares de trabalhadores palestinos amontoam-se, de madrugada, nos corredores gradeados dos postos de controlo, atravessam os torniquetes, passam por detectores de metais e mostram as suas identificações e autorizações aos soldados israelitas para poderem viajar para Jerusalém Oriental ocupada ou para Israel para trabalhar.

Palestina, 2013.

A ocupação militar da Cisjordânia encaminha-se para o meio século de duração. As povoações Palestinas estão circundadas/cercadas por ilegais colonatos Israelitas que estrangulam a vida e qualquer miragem de desenvolvimento económico dos Palestinos.

Uma destas povoações é Nabi Saleh ao norte de Ramala. Esta curiosa povoação, onde todos os seus habitantes são parte da mesma família, os Tamimi, sobrevive na sombra do colonato de Halamish, construído ilegalmente em 1973 em terras pertencentes à aldeia. Desde então, a política de expropriação de terras pelos colonos Israelitas não tem cessado. O ímpeto colonizador alargou-se inclusive à nascente de água da aldeia, apropriando a mesma para uso exclusivo do colonato.

Thank God It´s Friday
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As forças israelitas mataram hoje um palestino perto do posto de controlo militar de Huwara, a sul da cidade de Nablus, de acordo a agência noticiosa Wafa.

A vítima foi identificada como Bilal Adnan Rawajbeh, de 29 anos, da aldeia de Iraq Tayeh, a leste de Nablus. Era conselheiro jurídico com a patente de capitão nas Forças de Segurança Preventiva, um dos serviços de segurança da Autoridade Palestina.

O Crescente Vermelho palestino afirmou, numa declaração, que o exército israelita impediu os seus médicos de aceder ao local e de prestar primeiros socorros a Rawajbeh após ter sido baleado, e que o seu corpo está sob custódia israelita e não pôde ser imediatamente recuperado.

Um vídeo do incidente mostra soldados israelitas a abrir fogo sobre o veículo Hyundai branco que Bilal conduzia.

Amer Abdul-Rahim Snobar, de 18 anos, residente em Yatma, perto de Nablus, morreu hoje de manhã cedo depois de ter sido severamente espancado por soldados israelitas, de acordo com fontes médicas e de segurança palestinas.

Segundo fontes locais, as forças israelitas perseguiram e interceptaram o carro que Amer conduzia ao amanhecer numa estrada perto de Turmus Ayya, a nordeste de Ramala, na Cisjordânia ocupada, retiraram-no do carro e espancaram-no brutalmente com as coronhas das espingardas.

A vítima foi transportada de urgência para o Hospital Palestino, onde os médicos declararam o óbito. Os médicos disseram que foi exposto a múltiplos golpes violentos no pescoço e na zona superior do seu peito.

Uma declaração militar israelita dizia que um palestino caiu enquanto fugia e bateu com a cabeça enquanto era perseguido pelas forças do exército.

A época de colheita da azeitona, iniciada a 7 de Outubro, foi perturbada por colonos israelitas em 19 incidentes no período entre 6 e 19 de Outubro, deixando 23 agricultores palestinos feridos, mais de 1000 oliveiras queimadas ou danificadas e grandes quantidades de produtos agrícolas foram roubados, de acordo com o relatório quinzenal de Protecção Civil do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários no Território Palestino Ocupado (OCHA-OPT).

Nos arredores da aldeia de Burqa, na zona de Ramala, os colonos apedrejaram e agrediram fisicamente palestinos que apanhavam azeitona, em três ocasiões, provocando confrontos. As forças israelitas intervieram num dos confrontos, ferindo 14 palestinos e deixando 30 árvores queimadas por granadas de gás lacrimogéneo. Os ferimentos restantes foram registados em zonas agrícolas perto da cidade de Huwwara, no distrito de Nablus, e nas aldeias de Ni'lin e Beitillu, na zona de Ramala.

Os actos de violência dos colonos judeus contra os palestinos e os seus bens são rotineiros na Cisjordânia, mas intensificam-se na época da apanha da azeitona, que os ocupantes sabem ser a principal fonte de subsistência de grande parte das famílias palestinas.

Segundo noticia a agência Wafa, colonos israelitas do colonato ilegal de Shavei Shomron inundaram hoje terras de propriedade palestina com esgotos e águas residuais na localidade de Sebastia, a norte da cidade de Nablus.

As terras estão plantadas com oliveiras e damasqueiros e este acto de vandalismo acarreta pesadas perdas materiais para os agricultores.

Outro incidente ocorreu hoje na aldeia Deir al-Hatab, situada a leste de Nablus, em que colonos israelitas, oriundos do colonato israelita ilegal de Elon Moreh, agrediram e expulsaram das suas terras agricultores palestinos que procediam à colheita da azeitona.

Nos últimos dias, a Cisjordânia testemunhou uma onda de violência de colonos israelitas à medida que os agricultores palestinos iniciavam a campanha anual da colheita da azeitona. Os ataques incluíram o corte e o incêndio de oliveiras, o roubo de colheitas e agressões físicas a agricultores.

Na quarta-feira, colonos israelitas cortaram e destruíram 300 oliveiras na aldeia de al-Jabaa, a sudoeste de Belém, no sul da Cisjordânia ocupada. Esta é a segunda vez em poucos dias que os colonos vandalizam oliveiras nesta aldeia.

Na terça-feira, agricultores de al-Jabaa foram impedidos pelo exército de chegar às suas terras. Quando conseguiram autorização para passar, descobriram que os colonos do colonato ilegal de Beit Ain tinham roubado as colheitas de 10 hectares de terra pertencentes a 30 pessoas e que também tinham vandalizado oliveiras.

As forças israelitas demoliram, na manhã desta terça-feira, duas estruturas residenciais, pertencentes a Rami e Hafeth Masa'id, localizadas na aldeia de Khirbet Yarza, a leste da cidade de Tubas, no Vale do Jordão. Segundo a agência WAFA, que divulga a notícia, os irmãos Masa'id receberam ordens de demolição há uma semana a pretexto de que as estruturas não estavam licenciadas.

Na realidade, esta demolição faz parte do plano de demolições em grande escala de estruturas residenciais e agrícolas em curso nesta aldeia, todas com o objectivo de forçar os residentes a sair da mesma e confiscar as suas terras para a construção de colonatos.

Os habitantes de Khirbet Yarza, situada na designada Área C, que está sob o domínio militar israelita, vivem do pastoreio. Ao longo dos anos, a Administração Civil tem demolido repetidamente as estruturas desta e de outras comunidades no Vale do Jordão.

Duas casas de palestinos foram demolidas, em Jerusalém Oriental (ilegalmente ocupada por Israel desde 1967), na passada semana, juntando-se a outras 17 que já tinham sido demolidas desde o início do mês de Agosto, deixando mais de uma centena de pessoas sem abrigo.

Segundo um responsável palestino de Jerusalém Oriental, 18 000 habitações palestinas estão em risco de demolição e já terão sido emitidas neste ano de 2020, 650 ordens de demolição que podem ser executadas a qualquer momento.

O surto de Covid-19 não deteve as autoridades israelitas, que avançam com as demolições sem qualquer contemplação para com a segurança das populações afectadas.

Especialmente visados são os habitantes de Jerusalém Oriental e as comunidades beduínas e, em geral, tudo o que esteja no caminho da expansão dos colonatos ilegais instalados na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

As autoridades de ocupação israelitas vão demolir toda uma aldeia palestina, no norte da Cisjordânia, deslocando mais de 200 pessoas.

Mahmoud Amarneh, chefe do conselho da aldeia de Farasin, a oeste de Jenin, disse à agência noticiosa Wafa que as forças de ocupação israelitas invadiram a aldeia na manhã desta quarta-feira e entregaram 36 ordens de demolição para todas as estruturas e poços de água da aldeia onde vivem 200 pessoas.

Os militares disseram aos residentes que a demolição terá lugar dentro de poucos dias. O governo de ocupação israelita quer tomar conta da aldeia a fim de expandir os colonatos ilegais construídos naquela área.

A aldeia tem um poço com 200 anos e vários edifícios antigos, disse Amarneh, exortando a intervenção internacional para evitar que Israel cometa um massacre na aldeia.

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