Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Soldados israelitas usam cães para impor a sua lei em Hebron

Notícias recentes revelam comportamentos animalescos das forças de ocupação israelitas para com mulheres palestinas que vão desde a agressão brutal a uma menor, ao espancamento, violação e tortura de uma detida, até ao forçado desnudamento de cinco mulheres em frente dos filhos. A violência israelita contra as mulheres palestinas é uma rotina na Cisjordânia ocupada mas continua a gozar de total impunidade.

As forças israelitas agrediram brutalmente uma rapariga palestina de 17 anos depois de terem invadido várias casas na comunidade árabe de Mleihat, a noroeste da cidade de Jericó, na Cisjordânia ocupada, informou a agência noticiosa oficial palestina WAFA.

Hassan Malihat, supervisor geral da Organização Al-Baydar para a Defesa dos Direitos dos Beduínos, disse à WAFA que os soldados israelitas atacaram uma rapariga palestina de 17 anos depois de terem invadido a casa da sua família na referida comunidade na passada terça-feira, 12.

Há 30 anos, em 13 de Setembro de 1993, foi assinado o chamado Acordo de Oslo. Na Casa Branca, em Washington, o presidente da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro de Israel, Yitzak Rabin, apuseram as suas assinaturas na «Declaração de Princípios sobre os Acordos de Autogovernação Interina».

A OLP reconheceu o direito à existência e segurança do Estado de Israel. Os palestinos renunciavam de facto (na sequência do que já tinham feito na sua declaração de independência, em Argel, em 1988) a 78% do seu território histórico, ocupado por Israel, na esperança de ver constituído um Estado palestino nos restantes 22% (Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental).

Israel, por seu lado, limitou-se a reconhecer a OLP como a representante do povo palestino, sem assumir qualquer compromisso quanto ao reconhecimento do Estado palestino.

As autoridades de ocupação israelitas continuam a recusar-se a libertar os corpos de onze palestinos que morreram nas prisões de Israel, sendo o mais antigo o de Anis Doula, cujo corpo está retido desde 1980, e o mais recente o de Khader Adnan, que faleceu em 2 de Maio de 2023, após uma greve de fome de 86 dias em protesto contra a sua detenção arbitrária — informa a Addameer.

De acordo com a Campanha Nacional para a Recuperação dos Corpos dos Mártires, o número de mortos palestinos cujos corpos estão em sepulturas numeradas atingiu 252, enquanto 142 outros corpos estão mantidos em frigoríficos desde 2015, incluindo 14 corpos de crianças e cinco corpos de mulheres.

O sorteio de duas serigrafias do cartunista António, promovido pelo MPPM no recente Acampamento «Dêem uma oportunidade à Paz», organizado pela Plataforma para a Paz e o Desarmamento, contemplou Maria João Leandro, do Porto, e André Inácio Lopes, de Samora Correia. O MPPM agradece a todos os participantes e felicita os premiados.

Esta serigrafia, de que foram tirados 90 exemplares assinados pelo autor, reproduz o cartoon de António que conquistou o Grande Prémio do XX Salon International de Cartoon, Montreal, 1983.

Trata-se de um pastiche de uma fotografia icónica da II Guerra Mundial que retrata um grupo de crianças e mulheres judias a serem expulsas do ghetto de Varsóvia para serem encaminhadas para o campo de extermínio de Treblinka, na sequência do esmagamento pelas SS nazis da revolta ocorrida naquele ghetto entre 19 de Abril e 16 de Maio de 1943.

Em 28 de Agosto de 1953 – há 70 anos – um jovem oficial israelita de apenas 25 anos, Ariel Sharon de seu nome, comandou o assalto da sua recém-formada Unidade 101 ao campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza, dando início a uma longa série de massacres de que nunca se arrependeu.

Para muitos israelitas, Sharon era o «Bulldozer», um militar rebelde que salvou o seu país da derrota nas suas guerras com os árabes. George Bush, o presidente dos EUA, chamou-lhe «homem de paz». Mas para os palestinos, recordados de Sabra e Shatila, no Líbano, ele era o «Carniceiro de Beirute».

Um homem palestino, detido pela polícia israelita, foi brutamente espancado e marcado no rosto com o símbolo judaico da estrela de David, segundo relato do seu defensor oficioso divulgada pela imprensa de Israel, trazendo novamente à actualidade a questão da brutalidade policial contra palestinos e da sua impunidade.

Arwa Sheikh Ali, de 22 anos, que foi detido na quarta-feira 16 de Agosto no campo de refugiados de Shuafat, em Jerusalém Oriental, alegadamente no âmbito de uma investigação sobre tráfico de droga, diz que os polícias o vendaram e depois o espancaram em todo o corpo. Como estava vendado não viu como lhe imprimiram a estrela de David na face.

O seu advogado apresentou queixa a um tribunal distrital de Jerusalém na quinta-feira alegando que era «um caso grave de violência intencional e humilhação de um detido pela polícia» e exigiu uma investigação policial imediata.

Handala, a embarcação da Freedom Flotilla Coalition (Coligação Flotilha da Liberdade) que no próximo ano vai navegar até Gaza, completou a sua digressão de mais de dois meses pelo Norte da Europa para sensibilizar as populações para a sua missão.

Depois de deixar Roterdão em 29 de Julho, em 1 de Agosto estava em Hamburgo (Alemanha). A tripulação recebeu muitos visitantes a bordo, incluindo cinco senhoras palestinas que levaram comida palestina. No dia seguinte a tripulação esteve na universidade, onde a sua apresentação da missão foi muito bem acolhida.

Na sexta-feira 4 de Agosto o Handala saiu de Hamburgo para Copenhaga (Dinamarca), onde chegou dois dias depois.

Há mais de duas décadas que Israel vem a aplicar a sua «política de esterilização» nas regiões a leste de Jerusalém, na zona sul de Hebron e na vizinhança do Vale do Jordão, deslocando as comunidades beduínas e confinando-as a enclaves prescritos e utilizando todas as tácticas concebíveis para as forçar a sair para dar lugar à instalação ou expansão dos colonatos ilegais.

Quem o afirma é Suhail Khalilieh, director da Unidade de Monitorização de Colonatos do Instituto de Investigação Aplicada de Jerusalém (ARIJ) em entrevista ao Middle East Eye. A razão é que as comunidades beduínas palestinas, há muitas décadas vivendo na região, são um obstáculo à concretização dos planos de expansão colonial de Israel.

Desde o início deste mês de Agosto, o exército, a polícia ou os colonos israelitas já tiraram a vida a onze palestinos, entre os quais quatro menores, e uma criança palestina de quatro anos está em estado crítico depois de ser atropelada por um colono que se pôs em fuga.

Pelo menos 220 palestinos foram mortos pelos ocupantes israelitas desde o início do ano, o que representa a média mais elevada de sete meses desde o final da Segunda Intifada Palestina, em 2005.

Mahmoud Jihad Jarad, de 23 anos, foi morto com um tiro no peito e quatro outros palestinos ficaram feridos por tiros do exército israelita nesta sexta-feira, dia 11, num ataque militar ao campo de refugiados de Tulkarem, no Norte da Cisjordânia ocupada. Um dos feridos está em estado crítico.

As forças de ocupação israelitas e os colonos cometeram 897 ataques contra palestinos, as suas propriedades e os seus locais sagrados durante o mês de Julho, de acordo com um relatório da Comissão de Resistência ao Muro e aos Colonatos divulgado pela agência noticiosa Wafa.

No seu relatório mensal sobre as violações da ocupação israelita, a Comissão afirmou que estes ataques variaram entre agredir directamente pessoas, vandalizar propriedades, arrasar terras, invadir aldeias, arrancar árvores e confiscar bens.

A maioria dos ataques registou-se na província de Jerusalém (148), seguida da província de Nablus (140) e da província de Hebron (113).

Segundo a Comissão, os colonos efectuaram 202 ataques em várias partes da Cisjordânia ocupada, mas principalmente nas províncias de Nablus (65), Ramala (35) e Hebron (28).

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