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Um adolescente palestino de 15 anos foi morto por fogo israelita na noite de quarta para quinta-feira perto de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza.
Fontes hospitalares informaram disseram que o jovem, Momin Ibrahim Abu Ayyadeh, foi atingido na cabeça por uma bala aparentemente disparada por um atirador de elite do exército israelita. Três outros jovens sofreram ferimentos provocados por balas.
Os jovens participavam num protesto contra a ocupação israelita junto à vedação com que Israel isola o pequeno território palestino. Desde 30 de Março que a zona adjacente à vedação tem sido palco de manifestações semanais integradas na «Grande Marcha do Retorno». Recentemente têm ocorrido protestos nocturnos, como aconteceu neste caso.
Segundo as autoridades de saúde palestinas, até agora pelo menos 182 palestinos foram mortos nos protestos pelas forças armadas do regime sionista.

Um palestino foi morto a tiro pela polícia israelita perto da Porta de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém, na noite de terça-feira, após uma alegada tentativa de esfaqueamento de um civil judeu. Porém, testemunhas palestinas citadas pela agência AFP disseram que o suposto agressor não estava a tentar esfaquear ninguém, estava sim a defender-se. Nenhum israelita foi ferido. O palestino morto era Muhammad Yousif Alayan, do campo de refugiados de Qalandiya, perto da cidade de Ramala, na Cisjordânia ocupada.
Também na terça-feira, Muhammad Rimawi, um palestino de 24 anos, morreu na sequência do espancamento por tropas israelitas, que às 4 da manhã assaltaram a sua casa, na aldeia e Beit Rima, na Cisjordânia ocupada, para o deter. Rimawi foi despido e brutalmente agredido até cair inconsciente e ser levado para local desconhecido. Horas depois, a família foi informada da sua morte pelo telefone.

O embaixador da Palestina nos Estados Unidos, Husam Zomlot, declarou que tinha sido expulso do país e que as contas bancárias da sua família haviam sido congeladas, dias depois de o Departamento de Estado dos EUA ordenar o fecho da representação da Organização de Libertação da Palestina em Washington.
Os vistos do embaixador e da sua família, que eram válidos até 2020, foram revogados. Os filhos do embaixador, Said, de 7 anos, e a filha Alma, de 5 anos, foram retirados da escola que frequentavam em Washington e já deixaram o país.
Por outro lado, todas as contas bancárias ligadas à OLP nos Estados Unidos também foram congeladas, informou o site noticioso israelita Ynet.
Os EUA anunciaram na semana passada o fecho do escritório da OLP em Washington, medida que John Bolton, assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, descreveu como uma «punição» por a organização palestina ter pedido que Israel seja investigado pelo Tribunal Penal Internacional.

No dia 16 de Setembro de 1982, milhares de refugiados palestinos foram brutalmente massacrados nos campos de Sabra e Chatila, perto de Beirute, por uma milícia libanesa cumprindo ordens de Israel, imediatamente após o exército israelita, comandado por Ariel Sharon, ocupar a capital do Líbano.
O massacre ceifou a vida de pelo menos 3000 refugiados palestinos. Soldados israelitas controlavam o perímetro dos campos para impedir que os refugiados saíssem, e durante a noite disparavam foguetes luminosos para ajudar a acção dos criminosos da milícia da Falange. O massacre durou dois dias. Quando o banho de sangue terminou, Israel forneceu as escavadoras para cavar valas comuns.

Palestinos ajudam um manifestante ferido durante um protesto junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, 14 de Setembro de 2018. Crédito: SAID KHATIB / AFP

Três palestinos, incluindo uma criança de 12 anos, foram hoje mortos pelas forças israelitas, que reprimiram os protestos na Faixa de Gaza com munições reais e bombas de gás lacrimogéneo.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que os mortos são Shadi Abdulal, de 12 anos, Hani Afana, de 21, e Mohammed Shaqoura, de 21. Segundo uma testemunha ocular citada pela agência Reuters, o pequeno Shadi não constituía qualquer ameaça e foi atingido a tiro a uns 70 metros da vedação.
Cerca de 250 palestinos, incluindo 18 crianças e dois paramédicos, sofreram ferimentos, acrescenta o ministério.
Milhares de palestinos participaram na tarde de hoje nas manifestações da Grande Marcha do Retorno. Os protestos decorreram sob o lema «A resistência é a nossa escolha», para sublinhar que o povo palestino rejeita os Acordos de Oslo e o «acordo do século» promovido pelos EUA.

Há 25 anos, em 13 de Setembro de 1993, eram assinados em Washington os chamados Acordos de Oslo, selados por um aperto de mão entre Yasser Arafat, presidente da OLP, e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel.
A assinatura dos Acordos criou em muitos a ilusão de que se abria a porta para a independência da Palestina. Mas foram também numerosos aqueles que alertaram para os perigos de um acordo desigual, sob a égide dos EUA, principal aliado do regime sionista. Enquanto Israel se limitou a «reconhecer a OLP como a representante do povo palestino», a OLP reconheceu «o direito do Estado de Israel a existir em paz e segurança», ou seja, renunciou a 78% do território da Palestina histórica em troca da esperança da constituição de um Estado nos restantes 22% (Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental), sem qualquer garantia do reconhecimento por Israel do seu próprio Estado nos territórios ocupados em 1967.

O governo dos Estados Unidos anunciou hoje, 10 de Setembro, que ia fechar a delegação diplomática da Organização de Libertação da Palestina em Washington, existente desde 1994, após a assinatura do acordo de paz Oslo I com Israel (1993).
Trata-se de mais uma perigosa escalada do ataque dos EUA ao povo palestino e aos seus direitos nacionais, que só nos últimos tempos passou nomeadamente pela cessação total do financiamento à UNRWA,a agência da ONU de apoio aos refugiados palestinos, e pelo corte do financiamento destinado aos hospitais palestinos de Jerusalém.
Uma declaração do Departamento de Estado afirma que «a OLP não tomou medidas para avançar o início de negociações directas e significativas com Israel». A direcção da OLP, diz o Departamento de Estado, «condenou um plano de paz dos EUA que ainda não viu e recusou-se a interagir com o governo dos EUA em relação aos esforços de paz e outros assuntos».

Um vídeo publicado nas redes sociais documenta o momento em que na sexta-feira passada as forças israelitas atingiram a tiro o jovem palestino Ahmad Misbah Abu Tyour, de 16 anos, que veio a falecer o sábado de manhã. O adolescente participava nos protestos da «Grande Marcha de Retorno», na Faixa de Gaza cercada.
O vídeo mostra o rapaz a atirar pedras de uma grande distância, não podendo de modo nenhum constituir qualquer risco para os soldados israelitas fortemente armados. Em seguida Ahmad agita os braços no ar durante alguns segundos, antes de ser atingido no peito por um atirador israelita, sofrendo graves ferimentos de que sucumbiu no dia seguinte.
Na sexta-feira, também durante os protestos da «Grande Marcha do Retorno» foi morto por fogo real israelita um outro jovem palestino, Bilal Hafaje, de 17 anos. O Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 395 palestinos foram feridos.

Israel armou e financiou secretamente bandos «rebeldes» sírios com o objectivo de manter as forças apoiadas pelo Irão afastadas dos Montes Golã ocupados, revela um artigo da revista estado-unidense Foreign Policy.
Baseado no testemunho de mais de duas dezenas de comandantes e combatentes dos bandos terroristas, o artigo afirmaque Israel armou e financiou secretamente pelo menos desses 12 grupos «rebeldes» no Sul da Síria. Esse apoio incluiu a transferência de espingardas de assalto, metralhadoras, lança-morteiros e veículos de transporte, que foram entregues através de três portões que ligam a parte dos Montes Golã ocupados por Israel à Síria, os mesmos portões usados para transferir uma muito propagandeada «ajuda humanitária», que durante muito tempo Israel afirmou falsamente ser a sua única interferência na guerra da Síria.
Uma centena e meia de artistas da Europa e de outros países, incluindo os portugueses José Mário Branco, Francisco Fanhais, Tiago Rodrigues, Patrícia Portela, Chullage, António Pedro Vasconcelos e José Luis Peixoto, publicaram hoje no jornal The Guardian um apelo ao boicote do Festival da Eurovisão a realizar em 2019 em Israel.  Publicamos seguidamente o texto do apelo.
 
Nós, os artistas abaixo-assinados da Europa e não só, apoiamos o apelo sincero de artistas palestinos para boicotar o Festival Eurovisão da Canção 2019 a ser acolhido por Israel. Até que os palestinos possam gozar de liberdade, justiça e direitos iguais, não deve haver o procedimento do costume com o Estado que lhes negando os seus direitos básicos.

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