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Seis camiões-cisterna contendo 450 mil litros de combustível entraram na terça-feira na Faixa de Gaza cercada através da passagem de Karam Abu Salem/Kerem Shalom, informou uma fonte palestina citada pela Al Jazeera.
O combustível destina-se à central eléctrica da Faixa de Gaza, visando melhorar parcialmente o fornecimento de electricidade. As necessidades diárias de electricidade do enclave palestino, com dois milhões de habitantes, situam-se entre 450 e 500 megawatts. No entanto, desde há anos que o território, submetido há doze anos a um brutal e criminoso cerco imposto por Israel (com a colaboração do Egipto) sofre de escassez de electricidade devido à falta de combustível e à degradação das infraestruturas. No ano passado a única central eléctrica da Faixa de Gaza esteve desligada várias vezes devido à falta de combustível, e desde há muitos meses que só a electricidade só é fornecida durante quatro horas por dia, em média.

Pelo menos 29 palestinos ficaram feridos na tarde de hoje, segunda-feira, quando as forças armadas israelitas abriram fogo contra milhares de manifestantes numa praia no Norte da Faixa de Gaza.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 11 pessoas foram feridas por balas e oito por estilhaços de morteiro, tendo seis sido atingidas por bombas de gás. Entre os feridos contam-se nove crianças e cinco mulheres.
Nesta segunda-feira milhares de palestinos participaram numa manifestação na praia exigindo o fim do cerco israelita à Faixa de Gaza, que dura há 12 anos.
Manifestantes em barcos de pesca fixaram bandeiras palestinas numa vedação que se estende mar adentro, enquanto outros protestavam ao longo da vedação terrestre com que Israel isola o território palestino, sendo alvo de disparos de munições reais e de gás lacrimogéneo por parte dos soldados israelitas.

No momento em que se completam 20 anos sobre a atribuição a José Saramago do Prémio Nobel de Literatura, a Direcção Nacional do MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente homenageia a memória daquele que foi um dos seus fundadores e Presidente da Mesa da Assembleia Geral até ao seu desaparecimento.

José Saramago foi um dos impulsionadores das iniciativas em defesa da causa do povo palestino que haveriam de conduzir à constituição do MPPM, de que se destacam o abaixo-assinado «Não ao Muro de Sharon» (2004), o documento fundador do MPPM (2005), o apelo contra a agressão israelita ao Líbano e a guerra (2006), a moção de repúdio aos 40 anos de ocupação da Margem Ocidental do Jordão depois da Guerra dos Seis Dias (2007), a denúncia da invasão israelita da Faixa de Gaza (2008), entre muitas outras iniciativas.

Três palestinos, um deles um rapazinho de 12 anos, foram hoje mortos por tiros israelitas durante protestos perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, que contaram com a presença de milhares de pessoas.
Os três mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, são Faris al-Sirsawi, de 12 anos, Mahmoud Akram Abu Samaan, de 24 anos, e Hussein al-Raqab, de 28 anos. Ficaram feridos pela repressão israelita um total de 376 palestinos, 126 dos quais por balas reais, encontrando-se sete em estado grave.
O exército do regime sionista alegou que se estava a defender contra o lançamento de granadas e explosivos, mas na realidade nenhum israelita foi ferido. 
Ahmed Abu Habel, de 15 anos, hoje morto por forças israelitas durante manifestações junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza

Um adolescente palestino de 15 anos foi hoje morto por forças israelitas durante manifestações junto à parte norte da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Ahmed Abu Habel sucumbiu ao ser atingido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogéneo disparada por soldados do regime sionista. Outros 24 palestinos ficaram feridos em resultado de fogo real ou da inalação de gás lacrimogéneo, informou o Ministério da Saúde do território palestino.
Durante o dia de ontem, terça-feira, um palestino de 78 anos foi morto por fogo israelita. Segundo o Ministério da Saúde, Haj Ibrahim Alaruki foi atingido quando as tropas israelitas abriram fogo contra casas civis na zona central do enclave palestino, perto de um campo de refugiados.
Na segunda-feira, um total de 93 palestinos foram feridos durante protestos junto à vedação que isola Gaza, 37 dos quais por balas disparadas pelos militares israelitas.

Os cidadãos palestinos de Israel assinalaram nesta segunda-feira o aniversário dos acontecimentos de Outubro de 2000, nos quais 13 cidadãos árabes israelitas foram mortos pelas forças policiais do regime sionista.
O Alto Comité de Acompanhamento para os Cidadãos Árabes [Palestinos] de Israel, organismo que inclui representantes de todos os partidos e movimentos políticos dos palestinos cidadãos de Israel, apelou a uma greve geral em todas as comunidades, incluindo o sector de educação. Um comunicado conjunto do Alto Comité e do Conselho dos Presidentes de Câmara Árabes especificou que este ano a greve também seria um protesto contra a «lei do Estado-nação».

Artigo publicado no jornal israelita Haaretz em 2 de Setembro de 2018
 
Agora já está à vista de todos: a América declarou guerra aos palestinos. Com o seu genro Jared Kushner, um especialista em organizações humanitárias e refugiados palestinos, o grande valentão Donald Trump decidiu acabar com a ajuda à agência da ONU que ajuda os refugiados palestinos. A explicação oficial: o modelo de negócio e as práticas fiscais da UNRWA [United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees in the Near East] fizeram dela uma «operação irremediavelmente defeituosa».
A Assembleia da República aprovou no passado dia 26 de Setembro um Voto condenando a decisão das autoridades israelitas de expulsar os habitantes de Khan al-Ahmar.
O MPPM congratula-se com resolução deste órgão de soberania, que junta assim a sua voz à condenação que no mundo inteiro se faz ouvir contra o mais recente exemplo da limpeza étnica da população palestina levada a cabo pelo Estado sionista, com o objectivo de ampliar a colonização e impossibilitar a criação do Estado palestino.
O Voto foi apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português, tendo sido aprovado com os votos a favor do PCP, PEV, PS, BE e PAN, os votos contra do PSD e a abstenção do CDS-PP.
É o seguinte o texto integral do documento:
 
«Voto de condenação n.º 623/XIII-4ª
da ordem de expulsão dos habitantes de Khan al-Ahmar por parte das autoridades de Israel
No 15.º aniversário do falecimento de Edward Said, o MPPM divulga este artigo, publicado logo após a assinatura dos Acordos de Oslo em 1993, em que o grande intelectual palestino faz uma análise muito crítica daqueles acordos.
 

Ahed Tamimi, a jovem palestina de 17 anos de idade que se tornou um símbolo da resistência à ocupação israelita e esteve presa oito meses numa cadeia do regime sionista, foi ontem homenageada pelo Real Madrid.
Ahed visitou o estádio Santiago Bernabéu, onde se encontrou com o famoso Emilio Butrageño, antigo jogador e actual vice-presidente do Real Madrid, que lhe ofereceu uma camisola do clube com o número 9 (antigo número do próprio Butragueño) e o nome de Ahed gravado.
A jovem resistente efectuou uma visita a Espanha, acompanhada por seu pai, Basem al-Tamimi, durante a qual participou em vários acontecimentos políticos para falar da experiência durante a sua prisão de oito meses e o movimento de resistência palestino à ocupação e colonização israelitas. Foi nomeadamente recebida na Câmara Municipal de Madrid e na sede do PSOE, teve um encontro com o líder do Podemos e participou na festa do PCE.

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