Resistência, Política e Sociedade Palestinas

A Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o MPPM - Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente - promoveram uma sessão de solidariedade com o Povo da Palestina, evocativa do Dia da Terra, no dia 4 de Abril, pelas 15.30 horas, na sala 5.2 da Faculdade de Letras.
Intervieram Carlos Almeida, da Direcção Nacional do MPPM, e Nuno Coelho, designer e co-autor do livro "Uma Terra sem Gente para Gente sem Terra", que orientará uma workshop baseada no seu livro.
Abdullah Hourani faleceu, no passado dia 29, na Jordânia, segundo informa a Agência Noticiosa Ma'an. O Conselho Executivo da OLP anunciou o seu falecimento numa declaração em que o recorda como um dirigente leal da luta palestina e co-fundador da revolução Palestina contemporânea. «As suas vastas actividades nacionais e patrióticas contribuíram para proteger a identidade palestina».
 
Abdullah Hourani esteve em Lisboa em 1979, durante o período que antecedeu a grande Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central — a Palestina, a colaborar no trabalho preparatório. Teve a coragem política de ser a única personalidade árabe que se pronunciou, nas condições da época, pela existência de dois estados: Israel e Palestina.
 
Abdullah Hourani
Abdullah Hourani faleceu, ontem, na Jordânia, segundo informa a Agência Noticiosa Ma'an. O Conselho Executivo da OLP anunciou o seu falecimento numa declaração em que o recorda como um dirigente leal da luta palestina e co-fundador da revolução Palestina contemporânea. "As suas vastas actividades nacionais e patrióticas contribuíram para proteger a identidade palestina".
Abdullah Hourani esteve em Lisboa em 1979, durante o período que antecedeu a grande Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central - a Palestina, a colaborar no trabalho preparatório. Teve a coragem política de ser a única personalidade árabe que se pronunciou, nas condições da época, pela existência de dois estados: Israel e Palestina.
 A viagem à Palestina, Prémio Especial do Júri do Concurso Escolar, oferecido pela Delegação-Geral da Palestina, decorreu entre 22 e 30 de Julho de 2010. A delegação integrou onze alunos (Ana Lourenço, André Pato, Inês Silva, Jéssica Roque e Rafael Monteiro, da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Poceirão, Palmela; Ana Real, Andreia Fernandes e Sara Costa, da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Real, Braga; Ana Pinho, Ana Bastos e Cátia Almeida, da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Carregosa, Oliveira de Azeméis), três professores (Professor Aníbal Serra, da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Poceirão, Palmela; Professora Carla Ferreira, da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Real, Braga; Professor Nelson Gomes, da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Carregosa, Oliveira de Azeméis), um representante da Delegação-Geral da Palestina, o jornalista José Manuel Rosendo e, em representação do MPPM, Amador Clemente. 
Iniciado no passado dia 4, o VI Congresso do Fatah (acrónimo reverso de Harakat al-Tahrîr al-Watanî al-Filastînî – Movimento de Libertação Nacional da Palestina), em Bethlehem (Belém), com a presença de cerca de 2.300 delegados, reelegeu como presidente do Movimento, no dia 7, o histórico Mahmud Abbas (Abu Mazen), companheiro e sucessor de Yasser Arafat à frente do partido.
A palavra “fatah” ou “fath” significa em árabe “abertura”, “início”, “conquista” ou “vitória”, e foi adoptada, dado que o acrónimo não reverso “hataf” significa em árabe “morte”. O acrónimo reveste-se também de fortes conotações islâmicas, já que a primeira sura, ou capítulo do Corão, a sua abertura ou prólogo, é designada Al-Fâtiha. 
O poeta Mahmud Darwich é uma das figuras mais notáveis da Palestina contemporânea. Personagem singular, Darwich conciliou a actividade intelectual (além de poeta foi prosador, ensaísta, jornalista) com a actividade de resistente contra a ocupação israelita, tendo-se tornado uma referência para o Médio Oriente. A sua poesia ultrapassou as fronteiras da geografia e tornou-se conhecida em todo o mundo árabe, que lhe conhece os versos e os recita de cor. A sua voz ergueu-se sempre, tanto através da escrita como na arena política, em defesa de uma Palestina independente, num combate em que lutou até aos seus últimos dias. Darwich, foi, de facto, durante a segunda metade do século XX, a voz e a consciência do Povo Palestino e o seu nome ficará indelevelmente registado na história da literatura e na história política, da Palestina e do Mundo.
Mahmud Darwich
No passado sábado, na sequência de uma intervenção cirúrgica ao coração, nos EUA, deixava para sempre de bater, aos 67 anos, o coração fraterno e apaixonado do maior entre os maiores dos poetas da Palestina e de todo o mundo árabe, Mahmud Darwich. Nesta quarta-feira, transportado dos EUA, o seu corpo percorre pela última vez o caminho de Amã (Jordânia) para Ramallah (Palestina), onde será enterrado em funerais acompanhados com intensa emoção pelo povo palestino e outros povos árabes. Contrariamente à tradição, não terá sepultura na sua aldeia natal de Birweh (perto de Haifa) incorporada em Israel pela guerra de 1948 – a Nakba, a Catástrofe de há 60 anos – e aliás despovoada e destruída pelos israelitas.
O MPPM promoveu, no dia 26 de Maio, pelas 21 horas, no Teatro Cinearte / “A Barraca”, uma sessão pública de solidariedade evocativa dos 60 anos da Nakba palestina.
A sessão foi aberta por Isabel Allegro Magalhães, co-Presidente do MPPM, seguindo-se a leitura de poemas dos poetas palestinos Hanan Awwad e Mahmud Darwish por Maria do Céu Guerra e João D’Ávila.
Seguiram-se intervenções de:
- Randa Nabulsi (Delegada-Geral da Palestina em Portugal)
- Miguel Portas (Eurodeputado, membro da Comissão de Ligação entre o Parlamento Europeu e o Conselho Legislativo da Palestina)
- Alan Stoleroff (Investigador e Professor Universitário)
- Bruno Dias (Deputado à Assembleia da República e membro da Comissão Executiva do MPPM)
- Mohammad Barakeh (Deputado ao Knesset, Presidente da Hadash – Frente democrática pela Paz e Igualdade)
Perante esta nova reunião do “Quarteto” de mediação internacional para a questão da Palestina (EUA, Rússia, EU, ONU) que se realiza em Lisboa no dia 19 do presente mês de Julho - e na sequência de outras acções de formação da opinião pública e de apelo aos governos e instâncias internacionais –, o MPPM vem agora apelar aos intervenientes nesta reunião para a imperiosa e urgente necessidade de encontrar formas eficazes de solidariedade para com o Povo Palestino, tomando as decisões políticas imprescindíveis para o respeito pelos direitos desse Povo e a Paz no Médio Oriente. 
1. O MPPM lamenta e outra vez reprova inequivocamente os actos de violência e de divisão levados a cabo por organizações internas da Palestina. Na verdade, elas revelam uma falta de sentido da responsabilidade que lhes cabe perante o serviço que devem ao Povo que representam. 
Perante a reunião de 19 de Julho, em Lisboa, do “Quarteto” de mediadores internacionais para a questão da Palestina, enquanto Israel aproveita a crise inter-palestiniana para reforçar o estrangulamento de Gaza e o controlo da Palestina ocupada, o MPPM proclama, mais do que nunca, a sua solidariedade com o Povo Palestino!

Páginas

Subscreva Resistência, Política e Sociedade Palestinas