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Depois do pogrom de quarta-feira contra Turmus’ayya, pelo terceiro dia consecutivo, os colonos israelitas, seguros da sua impunidade e contando com a protecção do exército, intensificaram os seus ataques a localidades palestinas, na Cisjordânia ocupada.

Este é um resumo das ocorrências dos últimos dias relatadas pela agência noticiosa Wafa.

Na madrugada desta sexta-feira, um palestino foi ferido a tiro e dezenas de outros sufocaram quando colonos israelitas tentaram invadir Deir Dibwan, a leste da cidade ocupada de Ramala. Os jovens locais enfrentaram-nos, obrigando-os a recuar, mas alvejados pelas tropas israelitas que atingiram um deles com um tiro no peito e provocaram a asfixia de dezenas de outros.

Na tarde desta quarta-feira, quatro centenas de colonos israelitas, muitos deles armados, atacaram a cidade palestina de Turmus’ayya, a nordeste de Ramala, incendiando casas, lojas, veículos, campos e oliveiras, enquanto os residentes tentavam defendê-la. Um homem palestino de 27 anos, Omar Qatin, foi morto e muitas outras pessoas ficaram feridas nos ataques.

Os colonos, oriundos do colonato ilegal de Shilo, estabelecido em terras usurpadas a Turmus’ayya, foram protegidos por soldados israelitas que dispararam tiros e gás lacrimogéneo contra os habitantes, causando dezenas de casos de asfixia.

Lafi Adeeb, o presidente do município confirmou que cerca de 30 casas e 60 viaturas foram queimados no ataque dos colonos. De acordo com Adeeb, mais de 100 palestinos ficaram feridos, incluindo 12 por balas reais.

Os ataques também arruinaram terras e culturas agrícolas. Uma ambulância que chegou ao local para evacuar os feridos foi incendiada pelos colonos.

No Dia Mundial dos Refugiados, que se assinala a 20 de Junho por iniciativa da ONU, o MPPM manifesta a sua solidariedade com os refugiados do mundo inteiro, qualquer que seja a sua origem e a causa da sua situação, e em especial com os refugiados palestinos, a maior e mais antiga comunidade de refugiados no mundo.

No Médio Oriente, os refugiados contam-se por milhões, ilustrando — tal como os milhares de mortos que transformaram o Mediterrâneo num gigantesco cemitério — os efeitos devastadores da ingerência das potências ocidentais, na tentativa de conservar o domínio sobre uma região de importância estratégica para a hegemonia global. Os casos da Síria, Líbia, Iraque e Iémen são disso a triste demonstração.

Durante uma incursão em grande escala no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, o exército israelita matou cinco palestinos e feriu pelo menos 91, estando 23 em estado crítico.

Hoje cedo, um número considerável de forças israelitas, integrando cerca de 120 veículos militares, invadiu a cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, colocando franco-atiradores nos telhados de algumas casas e desencadeando violentos confrontos em várias zonas.

Os soldados fortemente armados dispararam balas reais, granadas de atordoamento e granadas de gás lacrimogéneo. Um helicóptero de combate foi utilizado na incursão, o que ocorreu pela primeira vez desde 2006 na Cisjordânia.

O Ministério da Saúde palestino identificou as vítimas mortais como Ahmad Youssef Saqr, de 15 anos, Khaled Azzam Asa'sah, de 21 anos, Qassam Faisal Abu Sariya, de 29 anos, Qais Majdi Jabareen, de 21 anos, todos de Jenin, e Ahmad Daraghmeh, residente no distrito de Tubas.

Muitas centenas de pessoas desfilaram ontem, sábado, na Baixa de Lisboa na última da série de acções de rua que, por iniciativa do CPPC, a que o MPPM e mais quatro dezenas de organizações aderiram, tiveram lugar no Porto, em Coimbra, em Faro, no Funchal e agora em Lisboa, para reclamar «Parar a Guerra! Dar uma Oportunidade à Paz!».

Partindo do Largo de Camões, a manifestação desceu o Chiado até à Praça do Município onde actuou Sebastião Antunes, antecedendo as intervenções de José Pinho, do Projecto Ruído, Isabel Camarinha, da CGTP-IN, e Ilda Figueiredo, do CPPC.

Fernando Lopes Jorge, que fez as apresentações, recordou o Apelo para a participação neste acto público:

É preciso continuar a defender a paz mobilizando e reunindo todas as vontades empenhadas nesta causa plena de actualidade e importância.

O MPPM, uma representação significativa da comunidade palestina e outros colectivos, integraram ontem, sábado, a Marcha do Orgulho LGBT+ de Lisboa denunciando a política de “pinkwashing” com que Israel procura branquear a sua sistemática e generalizada violação dos direitos dos palestinos.

Ao longo do percurso entre a Praça de Martim Moniz e a Feira da Diversidade, instalada na Avenida Ribeira das Naus, gritou-se que não há orgulho no apartheid (“No Pride in Apartheid”) e reclamou-se liberdade para a Palestina (“Free, Free Palestine”).

Na sequência de posições que vem assumindo contra as campanhas de “pinkwashing” do Estado de Israel, a organização da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa decidiu reafirmar publicamente a sua solidariedade com o povo palestino e nesse sentido convidou, nomeadamente, o MPPM a participar na Marcha deste ano, convite que naturalmente foi aceite.

Centenas de pessoas encheram ontem, 15 de Junho, a Praceta da Palestina, no Porto, em resposta ao apelo lançado pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação «Parar a guerra! Dar uma oportunidade à Paz» a que aderiram mais de 40 organizações, entre as quais o MPPM.

Depois de um momento musical com Miro Couto, a jovem Joana Machado e Luis Afonso apresentaram a iniciativa, a que se seguiram as intervenções de Cristina Nogueira em nome da USP/CGTP-IN e Ilda Figueiredo em nome do CPPC.

Como se refere no apelo, «é urgente parar a confrontação e a guerra, seja na Palestina, no Sara Ocidental, na Síria, no Iémen, no Sudão ou na Ucrânia, com as trágicas consequências e os sérios perigos que comportam».

Não podemos deixar esquecer que o povo palestino é vítima de uma agressão continuada há 75 anos mas que é coberta com um insuportável manto de silêncio.

As iniciativas vão prosseguir hoje e amanhã em Coimbra, Faro, Funchal e Lisboa.

Onze organizações de direitos humanos de Israel escreveram ao Secretário-Geral das Nações Unidas apelando a que não promova a definição de anti-semitismo da IHRA, associando-se assim a centenas de pessoas e organizações que têm denunciado aquela definição e os os seus exemplos práticos como uma arma para criminalizar as críticas a Israel.

Este é o texto da carta das onze organizações:

«Como organizações de direitos humanos sediadas em Israel, que se esforçam para promover e proteger os direitos de todas as pessoas em Israel e no Território Palestino Ocupado, lamentamos e rejeitamos a crescente pressão sobre as Nações Unidas para adoptar e aplicar a Definição de Trabalho de Anti-semitismo da IHRA.

Sendo o povo palestino vítima da ocupação colonial e do apartheid do Estado de Israel, o MPPM não pode alhear-se das lutas anti-racistas e juntou-se, por isso, a mais de três dezenas de organizações numa manifestação, neste sábado, 10 de Junho, na Baixa de Lisboa.

A concentração teve início Pelas 11 horas, junto ao nº 19 de Rua Garrett, onde há 28 anos foi assassinado Alcindo Monteiro. Seguiu-se o desfile até ao Largo do Carmo onde foi lido o Apelo à acção de luta e anunciadas as organizações subscritoras.

APELO

10 DE JUNHO - DIA DE LUTA ANTI-RACISTA

No próximo dia 10 de Junho irá realizar-se uma acção de luta e homenagem às vítimas de racismo e xenofobia em Portugal. A acção terá lugar em Lisboa, na Rua Garrett, n.º 19, às 11h e seguirá em desfile até à Praça Luís de Camões, onde terminará esta acção.

Centenas de pessoas participaram hoje no funeral de Mohammad Haitham Tamimi, de três anos, que morreu ontem, quatro dias depois de ter sido baleado na cabeça por soldados israelitas na sua aldeia de Nabi Saleh, a norte de Ramala.

O cortejo fúnebre partiu do Complexo Médico Palestino em Ramala e desfilou pelas ruas da cidade antes de se dirigir a Nabi Saleh, onde foi sepultado no cemitério da aldeia.

Mohammad Tamimi foi ferido a tiro na noite de quinta-feira quando o automóvel em que seguia com o seu pai e a sua mãe foi atacado por militares israelitas à entrada da aldeia de Nabi Saleh.

Segundo uma testemunha citada pela WAFA, uma força do exército israelita preparou uma emboscada para o veículo à entrada da aldeia e, assim que este se aproximou, os soldados lançaram uma chuva de balas sobre o veículo, ferindo o menino com um tiro na cabeça e o pai com um tiro no braço.

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