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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na passada terça-feira, 2 de Janeiro, que os Estados Unidos podem cessar a futura ajuda finaceira aos palestinos, acusando-os de «já não estarem dispostos a falar sobre a paz» com Israel. Trump disse no Twitter que Washington dá aos palestinos «CENTENAS DE MILHÕES DE DÓLARES por ano e não obtém apreciação nem respeito. Eles nem sequer querem negociar um tratado de paz há muito necessário com Israel ... se os palestinos já não estão dispostos a falar sobre a paz, por que havemos de lhes fazer estes pagamentos maciços futuros?»
Na sequência da decisão estado-unidense de reconhecer Jerusalém como capital de Isral, os palestinos consideraram que essa decisão desqualificava os EUA como mediadores. A chantagem visa fazê-los regressarem à mesa das negociações (que de facto estão em ponto morto há anos).
Musaab Firas al-Tamimi, de 17 anos, foi ontem morto a tiro pelas forças de ocupação israelitas perto da aldeia de Deir Nitham, na Margem Ocidental ocupada, tornando-se a primeira vítima de Israel no ano de 2018.
Segundo o activista Mohammed Al-Tamimi, o jovem foi baleado a uma distância de cinco metros e em frente dos pais, tratando-se, portanto, de uma «execução de sangue frio», pois não representava qualquer ameaça para os soldados israelitas.
Musaab Tamimi, regista a agência palestina Ma'an, foi o 14º palestino morto por Israel desde que no mês passado o presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, provocando protestos generalizados em toda a Margem Ocidental, Gaza e Jerusalém Oriental.
Durante os confrontos que irromperam na aldeia depois de uma incursão das forças israelitas, três outros jovens palestinos foram feridos com balas de aço revestidas de borracha.
Likud apela a anexação da Margem Ocidental
Lei para dificultar acordo sobre Jerusalém
Medidas para alargar direito israelita aos colonatos
Uma série de medidas tomadas em Israel nos últimos dias indicam uma intenção reforçada do Estado sionista de avançar para a anexação da Margem Ocidental ocupada.
As autoridades de ocupação israelitas proferiram 12 acusações contra Ahed Tamimi, a destacada activista palestina de 16 anos filmada a dar uma bofetada em dois soldados israelitas.
Ahed foi detida em 19 de Dezembro, quatro dias depois de se tornar viral um vídeo em que, juntamente com a sua prima Nur, de 20 anos, enfrentava os soldados israelitas armados no pátio da casa da família, na aldeia de Nabi Saleh, na Margem Ocidental ocupada. O episódio ocorreu momentos depois de as forças israelitas atingirem no rosto com uma bala de borracha um primo de 15 anos de Ahed, causando-lhe um ferimento grave.
Nur foi presa no dia 20, enquanto a mãe de Ahed, Nariman, foi presa no próprio dia 19, quando ia visitar a filha. Nariman já anteriormente tinha sido presa pelo menos cinco vezes.
Nabi Saleh é a aldeia de Ahed Tamimi. É também a aldeia que se tornou conhecido pelos seus protestos pacíficos contra a violência dos habitantes do vizinho colonato de Halamish e o roubo das suas terras, protestos esses que o exército israelita reprime com brutalidade. É ainda a aldeia onde três habitantes foram mortos pelo exército de Israel.
O realizador belga Jan Beddegenoodts apresenta em «Thank God, it’s Friday» («Graças a Deus é Sexta-Feira»), um documentário sobre a vida diária na aldeia palestina de Nabi Saleh e também no vizinho colonato israelita de Halamish.
Thanks God It's Friday
Thanks God It's Friday
Mais de 200 palestinos ficaram ontem feridos na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza cercada, em resultado da repressão das forças de ocupação israelitas aos protestos, pela quarta semana consecutiva, contra a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
Segundo o Crescente Vermelho palestino, mais de 130 palestinos ficaram feridos em confrontos com as forças israelitas na Margem Ocidental: 4 atingidos com balas reais e 45 com balas de metal revestidas de borracha, enquanto 77 foram vítimas da inalação de gás lacrimogéneo.
Na Faixa de Gaza, mais de 50 palestinos foram feridos, a maioria deles com balas reais.
Os confrontos ocorreram após as preces de sexta-feira, em resposta ao apelo de várias facções palestinas para um dia de raiva em resposta à decisão ilegal e unilateral dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e de para aí transferir a sua embaixada.

A jovem Ahed Tamimi, de 16 anos, conhecida activista palestina contra a ocupação, foi detida na madrugada do passado dia 19 de Dezembro por forças do exército e polícia de fronteira de Israel que assaltaram a sua casa, na aldeia de Nabi Saleh, na Margem Ocidental ocupada.

A razão próxima da sua detenção é um vídeo que provocou reacções de choque e ira em Israel. Nesse vídeo vê-se Ahed, juntamente com a sua a prima Nur, enfrentando com pontapés e bofetadas soldados israelitas armados. A ministra da Cultura, Miri Regev, declarou-se «humilhada, esmagada»; o ministro da Educação, Naftali Bennett, declarou que as jovens «deveriam acabar os seus dias na prisão». No entanto, o vídeo começou por ser divulgado numa versão editada. Na versão integral vê-se que Ahed procurava afastar os soldados com pequenos empurrões e só depois de esbofeteada por um deles é que responde com bofetadas e pontapés.

O Povo Palestino tem uma Cultura rica e viva e é digno da nossa admiração por ter conseguido manter, através de décadas de sofrimento, de perseguição e de exílio, a sua identidade própria – tantas vezes sonegada – e a sua fidelidade à terra-mãe – sistematicamente espoliada, destruída e ocupada.
Neste vídeo produzido pelo MPPM esboça-se um retrato dessa cultura nas suas múltiplas facetas: educação, literatura, pintura, música, teatro, cinema, arqueologia e cultura tradicional são os temas aflorados.
Esperamos que esta breve abordagem desperte o interesse em saber mais sobre este povo e a sua cultura. 
A Cultura Palestina
A Cultura Palestina
O ministro dos Transportes israelita anunciou que planeia dar a uma estação de comboio perto do Muro Ocidental ou das Lamentações (que os muçulmanos designam por Muro de Al-Buraq), em Jerusalém Oriental ocupada, o nome de estação «Donald John Trump».
A estação, que se encontra ainda em fase de projecto, seria parte de uma linha ferroviária de alta velocidade entre Tel Aviv e Jerusalém, com duas estações subterrâneas e um túnel de mais de 3 km por baixo da Cidade Velha, em Jerusalém Oriental, que o direito internacional considera território ocupado.
Além disso, a linha, para uso exclusivo de cidadãos israelitas, teria um lanço de 6 km no território palestino ocupado da Margem Ocidental.
As forças militares de ocupação israelitas prolongaram hoje a detenção administrativa de Khalida Jarrar por mais seis meses, a quatro dias de expirar o seu período de detenção.
Dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Khalida Jarrar é deputada ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento) e presidente da sua Comissão dos Presos, sendo ainda vice-presidente do Addameer, organização de apoio aos presos palestinos.
Khalida Jarrar tinha sido aprisionada por soldados das forças de ocupação na madrugada de 2 de Julho e condenada a seis meses de detenção administrativa, prática de detenção arbitrária, sem julgamento nem culpa formada, que constitui uma grave violação do direito e dos padrões internacionais dos direitos humanos.

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