Deputada palestina Khalida Jarrar sujeita a mais seis meses de detenção administrativa

As forças militares de ocupação israelitas prolongaram hoje a detenção administrativa de Khalida Jarrar por mais seis meses, a quatro dias de expirar o seu período de detenção.
Dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Khalida Jarrar é deputada ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento) e presidente da sua Comissão dos Presos, sendo ainda vice-presidente do Addameer, organização de apoio aos presos palestinos.
Khalida Jarrar tinha sido aprisionada por soldados das forças de ocupação na madrugada de 2 de Julho e condenada a seis meses de detenção administrativa, prática de detenção arbitrária, sem julgamento nem culpa formada, que constitui uma grave violação do direito e dos padrões internacionais dos direitos humanos.
Khalida Jarrar tem sido alvo de ataques repetidos e contínuos da ocupação israelita, tendo já anteriormente passado 14 meses numa prisão israelita sob a acusação de construir uma rede de apoio aos presos palestinos, sendo libertada em Junho de 2016.
Khalida Jarrar faz parte do grupo de 11 deputados palestinos presos por Israel, a maioria deles no regime de detenção administrativa. É uma das três mulheres palestinas actualmente em detenção administrativa.
Em Novembro deste ano havia nas cadeias israelitas mais de 450 palestinos presos no regime de detenção administrativa, de um total de cerca de 6100 de presos políticos palestinos.
Na Margem Ocidental ocupada, o exército israelita está autorizado a emitir ordens de detenção administrativa (um legado do mandato colonial britânico) contra civis palestinos com base na Ordem Militar 1651, que dá aos comandantes militares o poder de deter um indivíduo por períodos de até seis meses, renováveis, se tiverem «motivos razoáveis para presumir que a segurança da zona ou a segurança pública exige a detenção» — ou seja, de modo arbitrário. Muitas vezes a ordem de detenção é renovada na data de término ou pouco antes, e este processo pode continuar indefinidamente.
Esta renovação da detenção administrativa de Khalida Jarrar ocorre num momento em que, segundo dados da Sociedade dos Presos Palestinos, já mais de 600 palestinos foram presos pelas forças israelitas desde que os EUA reconheceram Jerusalém como capital de Israel.
 
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