Solidariedade com a Palestina na Península de Setúbal

Centenas de pessoas participaram nas quatro iniciativas realizadas na Península de Setúbal, no dia 15 de Novembro de 2023, para denunciar os bárbaros crimes de Israel contra o povo palestino, muito em especial o massacre em curso na Faixa de Gaza que se traduziu até ao momento em mais de 11 000 mortos palestinos (quase metade dos quais crianças), milhão e meio de desalojados e destruições materiais imensas, criando uma catástrofe humanitária de proporções sem precedentes.

Os participantes exigiram com particular ênfase um cessar-fogo imediato que ponha fim ao massacre. Além disso, chamaram a atenção para o perigo do alastramento da guerra a todo o Médio Oriente e reclamaram uma solução de fundo para a questão, que implica necessariamente a criação de um Estado palestino independente e soberano. A palavra de ordem «Palestina vencerá» foi repetidamente entoada, em solidariedade com a luta do povo palestino.

Foram quatro as cidades da Península de Setúbal onde decorreram acções simultâneas — Almada, Baixa da Banheira, Montijo e Setúbal, a capital de distrito — promovidas pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) e pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).

A concentração na cidade de Setúbal, na central Praça do Bocage, contou com intervenções de representantes de cada uma das organizações promotoras: Carina Ferrão pelo CPPC, Luís Leitão pela CGTP-IN e José Oliveira pelo MPPM. Os oradores abordaram o drama que se vive na Palestina, muito em especial na Faixa de Gaza. Foi denunciada a frontal violação do direito internacional por parte de Israel e exigiu-se do governo português uma clara e coerente posição, exigindo o fim dos massacres e para impedir o alastramento da guerra, bem como a sua actuação em prol duma solução política que finalmente concretize as inúmeras resoluções das Nações Unidas, sempre violadas e ignoradas pelo Estado de Israel.

De salientar o significativo número de autarcas que ali foram demonstrar a sua solidariedade e a das populações que representam. Marcaram presença os presidentes das câmaras de Setúbal e Palmela, respectivamente André Martins e Álvaro Amaro, e vários membros dos executivos municipais, bem como os presidentes das juntas de freguesia do Sado, São Sebastião e Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, e ainda membros do executivo da União de Freguesias de Setúbal.

Em Almada foi junto ao rio, na Rua do Ginjal, que se realizou uma concentração com tribuna pública. A acção contou com intervenções de Rita Magalhães (CPPC), João Paulo Sousa (CGTP-IN) e Carlos Silva (MPPM), que, denunciando a escalada da violência e crimes de Israel contra os territórios da Palestina nos últimos quarenta dias, exigiram o cessar-fogo imediato e as soluções políticas que concretizem de uma vez por todas a autodeterminação do povo palestiniano no seu território, única forma de se alcançar a paz.

Foi junto à estação de comboios da Baixa da Banheira, na Alameda do Povo, que se fizeram ouvir as vozes solidárias com a resistência do povo da Palestina, em luta pelos seus inalienáveis direitos nacionais. Com intervenções de cada uma das organizações promotoras, nomeadamente Rui Garcia (CPPC), Eduardo Florindo (CGTP-IN) e Carlos Carvalho (MPPM), exigiu-se a paragem imediata dos bombardeamentos israelitas sobre Gaza e o cumprimento das resoluções da ONU que, desde há décadas, prometem um Estado da Palestina soberano e independente.

Alertando para o perigo que os crimes de Israel contra o povo palestino e o seu reiterado desrespeito pelas resoluções das Nações Unidas representam para a Paz no Médio Oriente e em todo o mundo, exigiu-se igualmente clareza ao governo português na condenação dos brutais massacres cometidos por Israel e na exigência do cumprimento do direito internacional por parte do Estado de Israel.

No Montijo, uma vigília junto à Praça de Touros denunciou a escalada de crimes de Israel. Os presentes ergueram uma bandeira da Palestina, manifestando a sua solidariedade com o povo palestino e exigindo um cessar-fogo imediato.

Nas quatro iniciativas assumiu-se o compromisso de prosseguir a mobilização em defesa do povo palestino, nomeadamente para as iniciativas a realizar em torno do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, em finais de Novembro,

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