Prolongada detenção da jovem Ahed Tamimi

Um tribunal militar israelita ordenou hoje o prolongamento da prisão preventiva da jovem Ahed Tamimi, de 16 anos, detida na madrugada de 19 de Dezembro passado.
Ahed continuará detida até à próxima quarta-feira, de modo a dar tempo ao tribunal para decidir se ela poderá sair sob fiança antes do julgamento. Os procuradores pedem que ela seja mantida presa até ao julgamento.
Gaby Lasky, a advogada de Ahed, argumentou no tribunal que o prosseguimento da sua detenção viola as convenções internacionais, já que ela é menor.
Ahed Tamimi é alvo de 12 acusações, incluindo agressão, e pode vir a ser condenada a uma prolongada pena de prisão.
As acusações dizem respeito a um vídeo de 15 de Dezembro que se tornou viral, mas também a cinco outros acontecimentos anteriores que nunca tinham sido objecto de acusação. O vídeo, em que se vê Ahed dar uma bofetada num soldado israelita, provocou reacções iradas na sociedade israelita e é a causa real da sua detenção, tendo as outras acusações sido reunidas à pressa para justificar a detenção. A cena do vídeo, em que se vê Ahed e a sua prima Nur procurando expulsar do pátio da sua casa dois soldados israelitas fortemente armados, ocorreu pouco depois de o seu primo Mohammed Tamimi, de 15 anos, ter sido atingido na cabeça com uma bala de borracha por forças israelitas, tendo ficado em estado muito grave.
Tanto a mãe de Ahed, Nariman, como a sua prima Nur, de 20 anos, também foram presas. Nur foi solta sob fiança em 5 de Janeiro, mas Nariman permanece presa.
Ahed Tamimi tem sido objecto em todo o mundo de manifestações de apoio que reclamam a sua libertação e a de todos os mais de 300 menores palestinos presos nas cadeias de Israel, incluindo um comunicado de solidariedade do MPPM [Comunicado 21/2017].
 
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