Presos palestinos em greve da fome correm risco de «morte súbita»

Ahmad Abu Farah, preso palestino em greve da fome há 73 dias, entrou brevemente em coma ao fim da tarde de domingo, 4 de Dezembro. Um outro preso, Anas Shadid, em greve da fome há 72 dias, permanece também em estado crítico, informou este domingo o Comité Palestino dos Assuntos dos Presos.
Ahmad Abu Farah e Anas Shadid podem morrer a qualquer momento devido à sua prolongada greve da fome, que iniciaram em protesto contra a sua detenção administrativa.
A detenção administrativa, aplicada em grande escala por Israel, permite a detenção por um período de três a seis meses indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada, com base em provas não reveladas.
Shadid, de 20 anos, e Abu Farah, de 29, ambos moradores na aldeia de Dura, na Margem Ocidental ocupada, rejeitaram na passada sexta-feira um acordo que implicava a renovação das suas detenções administrativas por mais quatro meses, com a garantia de libertação após esse período.
Na semana passada o chefe do centro médico Assaf Harofeh alertou para o risco crescente de «morte súbita» de ambos os presos palestinos.
Desde há um ano, dezenas de presos palestinos lançaram greves de fome, em protesto principalmente contra a detenção administrativa. Entre os grevistas mais destacados contam-se Muhammad al-Qiq, Bilal Kayed e os irmãos Muhammad e Mahmoud Balboul.
Segundo informações do grupo de defesa dos direitos dos presos Addameer, em Outubro de 2016 havia 7000 palestinos presos em cadeias israelitas, 720 dos quais em detenção administrativa.
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