Palestino de 15 anos morto a tiro por Israel em Gaza, vários feridos em protestos na Cisjordânia

Um rapaz palestino de 15 anos foi morto esta sexta-feira com uma bala no peito pelas forças israelitas que reprimiram a Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. O jovem chamava-se Youssef Said Hussein al-Dayeh.

Nesta 48.ª sexta-feira consecutiva dos protestos, foram além disso feridos por balas reais ou revestidas de borracha pelo menos 41 palestinos, três deles com gravidade.

Fontes informativas de Gaza relataram que os soldados do exército sionista dispararam contra os manifestantes uma barragem de balas reais e de bombas de gás de alta velocidade, em diferentes lugares do pequeno território costeiro, designadamente na cidade de Gaza, Jabalia, campo de refugiados de al-Boreij, Khan Younis e Rafah.

A Grande Marcha do Retorno exige o direito dos refugiados palestinos e seus descendentes regressarem às terras, na Palestina histórica, das quais foram expulsos em 1948, na campanha de limpeza étnica realizada pelas forças sionistas aquando da criação de Israel, e também o fim do bloqueio por Israel (com a colaboração do Egipto) à Faixa de Gaza, que dura há 12 anos. 

Desde o início da Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março de 2018, o exército israelita matou mais de 250 manifestantes e feriu cerca de 25 000, a maioria deles atingidos por balas reais.

Também esta sexta-feira, em Hebron, na Cisjordânia ocupada, as forças sionistas feriram um rapazinho palestino de 13 anos no abdómen e na coxa com balas de aço revestidas de borracha. Um outro palestino foi atingido por uma bomba de gás lacrimogéneo, tendo vários outros sofrido de asfixia devido à inalação deste gás.

As forças de ocupação israelitas actuaram para reprimir uma marcha assinalando o 25.º aniversário do Massacre da Mesquita de Ibrahimi. Em 25 de Fevereiro de 1994, o colono israelita Baruch Goldstein abriu fogo contra os fiéis muçulmanos na mesquita, matando 29 pessoas e ferindo mais de 120.

Na aldeia de al-Mughayyir, perto de Ramala, na Cisjordânia ocupada, três palestinos foram feridos com balas de aço revestidas de borracha, enquanto dezenas de outros sofreram os efeitos da inalação de gás lacrimogéneo, quando as forças israelitas reprimiram os manifestantes que participavam nos protestos semanais pacíficos contra o confisco por Israel das terras da aldeia e contra os contínuos ataques dos colonos israelitas. Há quinze dias, colonos israelitas mataram o palestino Hamdi Taleb Na’san, de 38 anos, com um tiro nas costas e feriram outros 30 depois de tentarem invadir al-Mughayyir.

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