Israel Nuclear: a arma clandestina

Frederico Carvalho abre assim este seu artigo: «A posse por Israel da arma nuclear é um segredo de polichinelo. A posição continuada dos sucessivos governos de Israel tem sido até hoje a de não confirmar nem desmentir a posse por Israel da arma nuclear, ainda que amigos e inimigos do Estado israelita considerem há já várias décadas que Israel é um estado nuclear».
O artigo começa por afirmar que Israel dispõe de explosivos nucleares pré-operacionais, colocando-se a questão dos sistemas de lançamento dos explosivos nucleares, seu tipo e alcance . Uma análise à dotação da Força Aérea de Israel permite concluir que dispõe de capacidade para lançamento de bombas nucleares por gravidade. Israel também dispõe de foguetões com possibilidade de serem convertidos em mísseis balísticos de longo alcance. De igual modo, Israel dispõe de submarinos com capacidade para o lançamento de torpedos que podem ser modificados para transportar cabeças nucleares para ataque mar-terra. Quanto a armas nucleares tácticas há indicações de que Israel possa ter munições equipadas com explosivos nucleares.
Uma segunda parte do artigo aborda o nascimento e consolidação da indústria nuclear de Israel, localizada no Centro de Investigação Nuclear de Negev (CINN), próximo de Dimona, no deserto de Negev, que teve como principal parceiro a França de De Gaulle, e contando com a passividade dos Estados Unidos. Um reactor de 100 MW e uma instalação para a separação do plutónio são o coração deste complexo.
Depois de descrever como Israel adquiriu o urânio indispensável ao desenvolvimento do seu programa nuclear, estimando -se que, em fins de 2003, o stock de plutónio para fins militares, de Israel, atingia o montante de 560 kg, um pouco superior ao da Índia, Frederico Carvalho diz como Israel pode ter realizado os seus ensaios nucleares sem serem detectados.
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