Dezenas de crianças vítimas de gás lacrimogéneo disparado por forças israelitas em Hebron

Pelo menos 30 crianças palestinas sofreram de asfixia nesta quinta-feira, na sequência de um ataque das forças de ocupação e de colonos israelitas à sua escola primária, na cidade velha de Hebron, na Cisjordânia ocupada.

Os soldados israelitas dispararam granadas de gás lacrimogéneo contra as crianças quando estas se encontravam no pátio da escola ou nas imediações, daí resultando o grande número de casos de asfixia. Uma criança foi levada para o hospital em estado grave.

O director da escola primária de Hebron informou que vários colonos participaram no ataque à escola ao lado dos soldados.

Um caso similar tinha já ocorrido em Hebron em 16 de Dezembro passado, quando soldados israelitas dispararam granadas de gás lacrimogéneo e granadas atordoantes numa rua em que existem várias escolas.

Tem-se registado um aumento dos ataques israelitas contra os palestinos na cidade velha de Hebron, que se encontra sob controlo do exército israelita, após a Presença Temporária Internacional em Hebron (TIPH), uma equipa civil de observação, ter sido forçada no início deste mês a abandonar a cidade, devido a Israel se ter recusado a prolongar o seu mandato, após 22 anos de funcionamento.

A cidade de Hebron está divididida em duas áreas: H1, a área controlada pela Autoridade Palestina, que compreende cerca de 80% da cidade e onde vivem cerca de 175 000 palestinos; e H2, a área controlada por Israel, onde cerca de 500 a 800 colonos judeus israelitas vivem no meio de 40 000 palestinos.

Israel submete os habitantes palestinos da Cidade Velha a severas restrições de movimento e construiu pelo menos 20 checkpoints (postos de controlo) militares.

Já os colonos, que são extremamente  agressivos, vivem sob a proteção de forças militares israelitas, podem circular livremente, deslocar-se de carro e usar metralhadoras.

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