Criança palestina morta a tiro por soldados israelitas. UE reclama investigação urgente.

Uma criança palestina de 15 anos foi morta a tiro por soldados israelitas durante os confrontos que eclodiram na aldeia de Deir al-Hatab, a leste da cidade de Nablus na Cisjordânia ocupada. A União Europeia condena e exige inquérito urgente.

O menor, que foi identificado como Mohammad Da'das, foi atingido por uma bala viva no abdómen, e foi levado de urgência para o hospital onde os médicos descobriram que o seu coração tinha parado. A sua morte foi declarada alguns minutos mais tarde.

No mesmo dia, pelo menos cinco manifestantes palestinos sofreram ferimentos quando soldados israelitas dispersaram os protestos contra os colonatos nas aldeias de Beita e Beit Dajan, na província de Nablus. Foram também relatados pelo menos 55 casos de inalação de gás lacrimogéneo.

O Representante da União Europeia para os Palestinos diz-se «chocado por mais uma morte de uma criança pelas ISF [Forças de Segurança de Israel]» e reclama uma investigação urgente do incidente.

«O rapaz palestino de 15 anos Mohammad Daddas morreu ontem perto de Nablus em resultado do uso desproporcionado da força letal pelas forças de segurança israelitas», diz a sua mensagem no Twitter. «A sua morte deve ser investigada e os resultados devem ser anunciados o mais depressa possível para evitar que tais incidentes se repitam. Segundo o direito internacional, as crianças devem ser protegidas e as ISF tem de respeitar o código de conduta estabelecido em território ocupado.»

O Primeiro-Ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, condenou veementemente a morte de Mohammad Da'das descrevendo o incidente como um «crime hediondo» e «terrorismo de Estado organizado». Shtayyeh exortou a comunidade internacional e as organizações de direitos humanos que condenassem os «crimes e práticas de Israel contra o povo palestino» e interviessem para pôr fim às contínuas violações israelitas dos direitos humanos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Expatriados da Palestina responsabilizou directamente a comunidade internacional e os organismos relevantes das Nações Unidas pelas consequências do seu silêncio e inacção face aos crimes da ocupação israelita, e exigiu ao Tribunal Penal Internacional que quebrasse o seu silêncio e iniciasse imediatamente as suas investigações sobre estes crimes.

De acordo com a Defense for Children International, pelo menos 12 crianças palestinas foram mortas a tiro pelas forças de ocupação israelitas na Cisjordânia ocupada desde o início do ano e até 25 de Agosto.

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