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O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado na Haia, tem hoje, 11 de Janeiro, o primeiro de dois dias de audiências públicas no processo movido pela África do Sul contra Israel pela prática do crime de genocídio em violação da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, de 1948, de que tanto a África do Sul como Israel são partes. Os países signatários do tratado têm o direito colectivo de prevenir e impedir o crime.

Em GAZA, até às 13 horas de 29 de Dezembro de 2023, a Organização Mundial de Saúde registou 21.110 pessoas mortas (70% mulheres e crianças), 55.243 pessoas feridas, 7000 pessoas desaparecidas ou soterradas nos escombros e 1,93 milhões de pessoas deslocadas (85% da população).

Funcionamento e Acesso a Cuidados de Saúde. 36% dos hospitais estão a funcionar (13 em 36) e 5,5% estão com capacidade extremamente limitada (2 em 36). Estão a funcionar 3 Hospitais de Campanha (Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Rafah). Estão a funcionar 26% dos centros de cuidados primários de saúde (19 em 72).

Em 27 de Dezembro de 2008, Israel lançou a «Operação Chumbo Fundido», um ataque militar maciço de 23 dias contra a Faixa de Gaza. O ataque, em que foram mortos cerca de 1400 palestinos, sendo mais de 300 menores, foi o mais brutal desde a Nakba até então. Investigações independentes provaram a prática de crimes de guerra por parte de Israel.

Na Cidade de Gaza, meia-hora antes do meio-dia de sábado, 27 de Dezembro de 2008, as crianças regressam da escola e as ruas estão repletas de pessoas. Poucos minutos mais tarde, mais de 230 estarão mortas e cerca de sete centenas estarão feridas. Israel acaba de desencadear o seu covarde ataque que baptiza de «Operação Chumbo Fundido».

Israel deteve na madrugada desta terça-feira a activista palestina Khalida Jarrar na sua casa, em Al-Bireh, perto de Ramala, na Cisjordânia ocupada. O seu marido, Ghassan Jarrar, disse à que os soldados invadiram a casa da família arrombando a porta da frente às 5 horas da madrugada, revistaram a casa e detiveram Khalida.

Khalida Jarrar, de 60 anos, é uma figura proeminente da Frente Popular para a Libertação da Palestina, a segunda maior facção da Organização para a Libertação da Palestina, e foi eleita membro do Conselho Legislativo nas últimas eleições parlamentares realizadas em 2006. Há muito que defende os direitos das mulheres e também fez pressão para a libertação de milhares de prisioneiros palestinos detidos nas prisões israelitas.

A agressão genocida de Israel contra o povo palestino não tem deixado indiferentes órgãos de poder local e estruturas da sociedade civil que têm manifestado a sua posição em moções de solidariedade e em apelos ao cessar-fogo, de algumas delas sendo dado conhecimento ao MPPM.

Registamos, assim, a moção «Solidariedade com as vítimas da violência na Palestina e pela Paz no Médio Oriente», aprovada por maioria na Assembleia Municipal de Estremoz em 18 de Dezembro, que manifesta «o seu pesar pela vítimas da atual escalada de violência na Palestina», afirma «a necessidade de uma solução política que garanta a concretização do direito do povo palestiniano à criação do Estado da Palestina» e apela «ao Governo Português que promova esforços para a resolução pacífica do conflito e um cessar-fogo imediato».

Nesta quinta-feira, 21 de Dezembro, o CPPC e o MPPM geraram um movimento de solidariedade com a Palestina, no Rossio, em Lisboa, convidando os passantes a tirar uma fotografia com uma mensagem de apoio ao povo palestino.

Foram muitas as pessoas que, ao longo de mais de uma hora, acederam ao convite, havendo ainda a oportunidade para esclarecimentos e troca de informações.

Recorda-se que, em 14 de Janeiro próximo, estas organizações e ainda a CGTP-IN e o Projecto Ruído promovem uma grande manifestação em Lisboa.


Fotos: CPPC, MPPM

Por iniciativa do CPPC, do MPPM, da USP / CGTP-IN e do Projecto Ruído, algumas centenas de pessoas estabeleceram um cordão humano entre o Largo da Trindade e a Praça Humberto Delgado. Com apresentação do Projecto Ruído, falaram José António Gomes, pelo MPPM, Henrique Borges, professor, Miguel Ângelo, pela União dos Sindicatos do Porto e Ilda Figueiredo, pelo CPPC.

Perante a escalada da violência israelita contra a população palestina, continuam a surgir iniciativas sectoriais exigindo o fim dos bombardeamentos de Israel, um cessar-fogo permanente, o livre acesso da ajuda humanitária e a livre circulação da população de Gaza.

O MPPM participou na iniciativa Cordão Humano pela Palestina que, neste sábado 16 de Dezembro, visava ligar quatro locais simbólicos da cidade de Lisboa: o Hospital de Santa Maria, evocando o pessoal de saúde palestino vitimado pela agressão genocida de Israel contra Gaza; a Embaixada dos Estados Unidos da América, o maior apoiante da campanha assassina de Israel; a Embaixada de Israel; e a Maternidade Alfredo da Costa, recordando os milhares de crianças mortas em Gaza.

Muitas centenas de pessoas e várias organizações responderam ao apelo da Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina concentrando-se nos quatro locais e chegando mesmo a formar o cordão entre a Embaixada de Israel e a MAC.

O MPPM partiu da Praça de Espanha e concentrou-se frente à Embaixada dos EUA onde foram ouvidas duas intervenções: Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM [texto em anexo], e Sandra Monteiro, jornalista, directora do Le Monde Diplomatique – edição portuguesa.

A PUMA vai deixar de patrocinar a Associação de Futebol de Israel (IFA), não renovando o contrato que expira no final de 2024 – anuncia a Campanha Palestina para o Boicote Académico e Cultural de Israel (PACBI), parte fundadora do movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções).

A PUMA tem sido alvo de uma campanha mundial do BDS desde 2018 devido ao seu apoio ao apartheid israelita através do patrocínio da IFA que integra equipas de futebol de colonatos israelitas ilegais instalados em terras palestinas roubadas. Segundo a PACBI, a PUMA estava sob enorme pressão para desistir do contrato porque a campanha de boicote iniciada em 2018 levou equipas, atletas, artistas e lojas a abandonar a PUMA causando-lhe sérios danos reputacionais.

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