40 palestinos feridos em protestos na Faixa de Gaza

Pelo menos 40 palestinos ficaram hoje feridos pelas forças de ocupação israelitas, que abriram fogo contra os milhares de manifestantes que participavam na 34.ª semana consecutiva da Grande Marcha do Retorno.

O Ministério da Saúde de Gaza anunciou que 40 manifestantes foram feridos por tiros israelitas, três dos quais estão em estado crítico.

As manifestações de hoje ocorrem poucos dias depois da agressão israelita do início da semana, com cerca de uma centena de ataques aéreos e de artilharia, a que as forças da resistência palestina responderam com o lançamento de cerca de 500 rockets. Após dois dias de confronto, foi alcançada uma trégua, mediada pelo Egipto, entre Israel e os movimentos armados de Gaza.

O ministro sionista da Defesa, Avigdor Lieberman, demitiu-se do governo em desacordo com a trégua, abrindo uma crise política que muitos observadores acreditam poder conduzir a eleições antecipadas em Israel.

Os palestinos de Gaza celebraram nas ruas a demissão de Lieberman, considerando-a um sinal da derrota de Israel no confronto armado.

A Grande Marcha do Retorno foi lançada em 30 de Março ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, com o objectivo de chamar a atenção para o direito dos refugiados palestinos a retornarem às suas terras, no território que hoje é Israel, de onde foram expulsos na campanha de limpeza étnica que acompanhou a criação do Estado sionista, em 1948, e também para pressionar Israel a levantar o criminoso bloqueio imposto ao pequeno território palestino, que dura há mais de 11 anos.

Desde o início dos protestos desarmados da Grande Marcha do Retorno, Israel já matou 247 manifestantes palestinos, enquanto cerca de 25 000 ficaram feridos, 500 dos quais em estado grave.

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