Solidariedade Internacional

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, na oposição, reclamou na sexta-feira que o Reino Unido congele as vendas de armas a Israel e condene a matança de civis palestinos em Gaza.

Corbyn escreveu no Twitter: «A ONU diz que as mortes de manifestantes efectuadas por Israel em Gaza — incluindo crianças, paramédicos e jornalistas — podem constituir “crimes de guerra ou crimes contra a humanidade”.» E o líder trabalhista acrescenta: «O governo do Reino Unido deve inequivocamente condenar as mortes e congelar as vendas de armas a Israel.»

A declaração de Corbyn surge no dia seguinte a investigadores da ONU acusarem as forças israelitas de dispararem intencionalmente sobre civis palestinos que participavam nas manifestações da Grande Marcha do Retorno, na Faixa em Gaza, no que afirmam poder constituir crimes de guerra ou crimes contra a humanidade.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, assumiu hoje formalmente a presidência do Grupo dos 77 e China na ONU.

Na cerimónia de assunção da presidência rotativa anual, secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou «a liderança histórica do Estado da Palestina» como novo Presidente do Grupo dos 77. «A Palestina e os seus cidadãos têm experiência em primeira mão de algumas das questões globais mais desafiadoras e dramáticas que enfrentamos», declarou Guterres.

No seu discurso, o presidente da Autoridade Palestina sublinhou que assumir a presidência do Grupo dos 77 «é, sem dúvida, uma missão importante e uma grande responsabilidade que a Palestina assumirá com humildade, empenho, dedicação e determinação para defender os interesses do Grupo e para reforçar as posições dos seus membros nas Nações Unidas».

O presidente da República da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou o apoio do seu país à luta palestina pela liberdade e a independência, relata a agência palestina WAFA. No início do seu segundo mandato, Maduro reafirmou a solidariedade venezuelana durante uma reunião realizada na sexta-feira com o ministro palestino dos Negócios Estrangeiros, Riyad Malki.

«A Venezuela  reafirma uma vez mais o seu apoio incondicional à luta justa do povo palestino em defesa da sua soberania e autodeterminação, em conformidade com os princípios e propósitos da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e o direito internacional», refere um comunicado da vice-presidência do país latino-americano.

A Assembleia Geral das Nações Unidas votou na sexta-feira a favor de cinco resoluções sobre a Palestina e uma sexta resolução sobre os Montes Golã, informa a agência noticiosa palestina WAFA.

Uma das resoluções mais importantes exorta os Estados membros a não reconhecerem quaisquer medidas tomadas por Israel em Jerusalém e a manter o atual status quo na cidade. A resolução também rejeita a recente transferência pelos Estados Unidos de sua embaixada em Israel para Jerusalém.

Comentando a votação, o Observador Permanente da Palestina na ONU, Riyad Mansour, declarou que «votando a favor das cinco resoluções, a comunidade internacional afirma o seu apoio à nossa causa nacional, apesar dos esforços feitos pela administração dos EUA em fóruns internacionais para resistir a isso».

Israel anunciou hoje que vai adiar por «várias semanas» a demolição da aldeia palestina  de Khan al-Ahmar, na Cisjordânia ocupada, que tem sido alvo das atenções internacionais nos últimos meses. No entanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reafirmou a decisão de evacuar a aldeia.
 
Israel decidiu a demolição da aldeia, alegando vez que foi construída sem as devidas autorizações das autoridades. Mas na prática é impossível os palestinos obterem as autorizações de construção.
 
A poucos quilómetros de Jerusalém, a aldeia consiste em precárias construções de lata e madeira e é habitada por 180 beduínos. Encontra-se localizada entre dois grandes colonatos israelitas ilegais, Maale Adumim e Kfar Adumim, que o governo israelita quer expandir. 
 
O Encontro pela Paz, que hoje teve hoje lugar no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, sob o lema «Pela paz, todos não somos demais!», reuniu cerca de sete centenas de participantes vindos de todo o país.
Numa iniciativa do CPPC, a que se juntaram mais onze organizações e entidades, entre as quais o MPPM, o Encontro pela Paz contou com o apoio da Câmara Municipal de Loures e veio a registar a adesão de mais 36 organizações e entidades.
A sessão de abertura, que reuniu no palco representantes das 12 entidades promotoras, contou com intervenções de Bernardino Soares, Presidente da Câmara Municipal de Loures, e de Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do CPPC.

Ahed Tamimi, a jovem palestina de 17 anos de idade que se tornou um símbolo da resistência à ocupação israelita e esteve presa oito meses numa cadeia do regime sionista, foi ontem homenageada pelo Real Madrid.
Ahed visitou o estádio Santiago Bernabéu, onde se encontrou com o famoso Emilio Butrageño, antigo jogador e actual vice-presidente do Real Madrid, que lhe ofereceu uma camisola do clube com o número 9 (antigo número do próprio Butragueño) e o nome de Ahed gravado.
A jovem resistente efectuou uma visita a Espanha, acompanhada por seu pai, Basem al-Tamimi, durante a qual participou em vários acontecimentos políticos para falar da experiência durante a sua prisão de oito meses e o movimento de resistência palestino à ocupação e colonização israelitas. Foi nomeadamente recebida na Câmara Municipal de Madrid e na sede do PSOE, teve um encontro com o líder do Podemos e participou na festa do PCE.

Artigo publicado em Orient XXI em 16 de Agosto de 2018

Desde há meses que Jeremy Corbyn é alvo de uma campanha orquestrada pelo lobby pró-israelita no Reino Unido, com o apoio da ala direita do seu próprio partido (Partido Trabalhista) e do Partido Conservador. É regularmente acusado de anti-semitismo. Aquele que assim é visado é um dos dirigentes políticos europeus que denunciou constante e persistentemente, apesar de todas as chantagens, a ocupação israelita, os assassínios em Gaza, a política do governo de Benjamin Netanyahu.
O MPPM lamenta o falecimento, no passado dia 20 de Agosto, de Uri Avnery, que dedicou a sua vida à causa da paz entre israelitas e palestinos. Nascido na Alemanha em 1923, com o nome de Helmut Ostermann, Uri Avnery emigrou com a família para a Palestina do Mandato Britânico em Novembro de 1933, poucos meses depois de Hitler subir ao poder.
Em 1938, com 15 anos, Uri Avnery aderiu ao Irgun, um grupo sionista de extrema-direita, mas rapidamente se desiludiu com a sua retórica e prática anti-árabe.
Antes da criação de Israel, Avnery acreditava num Estado único para todos os habitantes da Palestina, judeus e árabes.
 
Porém, após participar na guerra israelo-árabe de 1948-1949, de onde regressou ferido, convenceu-se da necessidade da coexistência no território da Palestina de dois Estados, incluindo, portanto, um Estado da população árabe palestina.
 
A Marinha israelita capturou na madrugada de sábado o veleiro sueco Freedom (Liberdade), o segundo barco da Flotilha da Liberdade que procura romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Transportando ajuda humanitária, o Freedom foi apresado quando se encontrava a cerca de 40 milhas náuticas (74 km) da costa do território palestino. Os 12 ocupantes da embarcação foram levados para o porto israelita de Ashdod, prevendo-se que sejam posteriormente deportados. 
Já no domingo passado a Marinha israelita tinha apresado, a 50 milhas náuticas do enclave, um outro barco da Flotilha da Liberdade, o Al Awda (O Retorno), de bandeira norueguesa, a bordo do qual viajavam 22 pessoas. 

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