Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Seis palestinos, incluindo dois rapazes de 12 e 14 anos, foram mortos esta sexta-feira por disparos militares israelitas durante protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que os dois rapazes foram atingidos a tiro: Yousef Abu Zarifa, de 12 anos, com um bala na cabeça, e Mohammad Naif Al-Houm, de 14 anos, com uma bala no peito. As outras vítimas mortais são Iyad Khalil Ahmad Ashar (18 anos), Mohammad Ali Anshasi (18 anos), Muhammad Bassem Shchasa (24 anos) e Mohammad Walid Haniyeh (33 anos).
Ao todo foram feridos pela repressão das forças armadas do regime sionista 506 palestinos, cerca de 90 dos quais por fogo israelita, informou o Ministério. Foram evacuados para hospitais 210 dos feridos.

O presidente da OLP e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, usou hoje da palavra na Assembleia Geral da ONU. Ainda antes das saudações protocolares, iniciou o seu discurso com a afirmação de que «Jerusalém não está à venda e os direitos do povo palestino não são negociáveis».
O dirigente palestino recordou que foi mandatado pelo Conselho Nacional Palestino para rever os acordos — políticos, económicos e de segurança — com Israel e rever o futuro da Autoridade Nacional Palestina, «que infelizmente foi tornada sem autoridade». Além disso, o CNP também lhe deu instruções para «suspender o reconhecimento do Estado de Israel pelos palestinos até que Israel por sua vez reconheça os Estado da Palestina nas fronteiras de 4 de Junho de 1967».

Um palestino de 21 anos, Mohamed Abu Sadek, foi atingido na cabeça por uma bala disparada pelas forças armadas israelitas nesta segunda-feira, vindo a falecer no hospital. Pelo menos 90 pessoas foram feridas, 10 delas por balas reais, durante protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, os quais contaram com a participação de milhares de pessoas.
Segundo fontes palestinas, um fotojornalista turco foi atingido por uma granada de gás lacrimogéneo.
No domingo à noite, um palestino foi morto e outros 20 foram feridos por disparos das forças armadas israelitas. O morto foi identificado como Omar Daud Ashtiwi, de 21 anos, atingido na cabeça por uma bala real.

A aldeia de Khan al-Ahmar. Foto: REUTERS/Mohamad Torokman

Israel intimou hoje, domingo, os residentes na aldeia palestina de Khan al-Ahmar, na Cisjordânia ocupada, a demolirem as suas casas e abandonarem a área antes do início de Outubro.
Khan al-Ahmar é uma aldeia habitada por cerca de 200 beduínos que vivem da criação de ovelhas e cabras e constituída por precárias construções de lata e madeira, numa encosta deserta a poucos quilómetros de Jerusalém, entre dois grandes colonatos israelitas ilegais, Maale Adumim e Kfar Adumim, que o governo israelita quer expandir.
Os aldeões peretencem à tribo Jahalin, que foi expulsa das suas terras no deserto de Naqab (Negev) pelas forças militares israelitas na década de 1950. Foram desalojados mais duas vezes antes de se estabelecerem em Khan al-Ahmar, muito antes de existirem os colonatos que hoje a rodeiam.
Israel planeia demolir a aldeia e realojar os seus moradores num local a 12 quilómetros de distância, perto da aldeia palestina de Abu Dis e adjacente a uma lixeira.

1. Vivemos hoje um momento particularmente grave, em que após décadas de promessas incumpridas pela comunidade internacional e da violação permanente da legalidade internacional e das resoluções da ONU sobre a questão palestina, podemos estar à beira duma nova catástrofe - uma nova Nakba - do Povo Palestino. Estamos confrontados com uma estratégia concertada entre os governos dos EUA e de Israel, para destruir toda e qualquer hipótese de criar um Estado Palestino independente em território histórico da Palestina.

Um adolescente palestino de 15 anos foi morto por fogo israelita na noite de quarta para quinta-feira perto de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza.
Fontes hospitalares informaram disseram que o jovem, Momin Ibrahim Abu Ayyadeh, foi atingido na cabeça por uma bala aparentemente disparada por um atirador de elite do exército israelita. Três outros jovens sofreram ferimentos provocados por balas.
Os jovens participavam num protesto contra a ocupação israelita junto à vedação com que Israel isola o pequeno território palestino. Desde 30 de Março que a zona adjacente à vedação tem sido palco de manifestações semanais integradas na «Grande Marcha do Retorno». Recentemente têm ocorrido protestos nocturnos, como aconteceu neste caso.
Segundo as autoridades de saúde palestinas, até agora pelo menos 182 palestinos foram mortos nos protestos pelas forças armadas do regime sionista.

Um palestino foi morto a tiro pela polícia israelita perto da Porta de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém, na noite de terça-feira, após uma alegada tentativa de esfaqueamento de um civil judeu. Porém, testemunhas palestinas citadas pela agência AFP disseram que o suposto agressor não estava a tentar esfaquear ninguém, estava sim a defender-se. Nenhum israelita foi ferido. O palestino morto era Muhammad Yousif Alayan, do campo de refugiados de Qalandiya, perto da cidade de Ramala, na Cisjordânia ocupada.
Também na terça-feira, Muhammad Rimawi, um palestino de 24 anos, morreu na sequência do espancamento por tropas israelitas, que às 4 da manhã assaltaram a sua casa, na aldeia e Beit Rima, na Cisjordânia ocupada, para o deter. Rimawi foi despido e brutalmente agredido até cair inconsciente e ser levado para local desconhecido. Horas depois, a família foi informada da sua morte pelo telefone.

O embaixador da Palestina nos Estados Unidos, Husam Zomlot, declarou que tinha sido expulso do país e que as contas bancárias da sua família haviam sido congeladas, dias depois de o Departamento de Estado dos EUA ordenar o fecho da representação da Organização de Libertação da Palestina em Washington.
Os vistos do embaixador e da sua família, que eram válidos até 2020, foram revogados. Os filhos do embaixador, Said, de 7 anos, e a filha Alma, de 5 anos, foram retirados da escola que frequentavam em Washington e já deixaram o país.
Por outro lado, todas as contas bancárias ligadas à OLP nos Estados Unidos também foram congeladas, informou o site noticioso israelita Ynet.
Os EUA anunciaram na semana passada o fecho do escritório da OLP em Washington, medida que John Bolton, assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, descreveu como uma «punição» por a organização palestina ter pedido que Israel seja investigado pelo Tribunal Penal Internacional.

Palestinos ajudam um manifestante ferido durante um protesto junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, 14 de Setembro de 2018. Crédito: SAID KHATIB / AFP

Três palestinos, incluindo uma criança de 12 anos, foram hoje mortos pelas forças israelitas, que reprimiram os protestos na Faixa de Gaza com munições reais e bombas de gás lacrimogéneo.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que os mortos são Shadi Abdulal, de 12 anos, Hani Afana, de 21, e Mohammed Shaqoura, de 21. Segundo uma testemunha ocular citada pela agência Reuters, o pequeno Shadi não constituía qualquer ameaça e foi atingido a tiro a uns 70 metros da vedação.
Cerca de 250 palestinos, incluindo 18 crianças e dois paramédicos, sofreram ferimentos, acrescenta o ministério.
Milhares de palestinos participaram na tarde de hoje nas manifestações da Grande Marcha do Retorno. Os protestos decorreram sob o lema «A resistência é a nossa escolha», para sublinhar que o povo palestino rejeita os Acordos de Oslo e o «acordo do século» promovido pelos EUA.

Há 25 anos, em 13 de Setembro de 1993, eram assinados em Washington os chamados Acordos de Oslo, selados por um aperto de mão entre Yasser Arafat, presidente da OLP, e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel.
A assinatura dos Acordos criou em muitos a ilusão de que se abria a porta para a independência da Palestina. Mas foram também numerosos aqueles que alertaram para os perigos de um acordo desigual, sob a égide dos EUA, principal aliado do regime sionista. Enquanto Israel se limitou a «reconhecer a OLP como a representante do povo palestino», a OLP reconheceu «o direito do Estado de Israel a existir em paz e segurança», ou seja, renunciou a 78% do território da Palestina histórica em troca da esperança da constituição de um Estado nos restantes 22% (Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental), sem qualquer garantia do reconhecimento por Israel do seu próprio Estado nos territórios ocupados em 1967.

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