Cisjordânia

Situação actualizada até 30 de Outubro às 13 horas.

Entre 7 e 30 de Outubro pelos menos 8005 pessoas foram mortas em Gaza. Aproximadamente 41,5% são crianças (3325), 45% são do sexo feminino (3610) e 55% do sexo masculino (4395), de acordo com o Ministério da Saúde. 115 palestinos foram mortos na Cisjordânia, sendo 29% crianças.

De acordo com as autoridades israelitas, desde que começaram as hostilidades, 1400 israelitas e estrangeiros foram mortos, 5431 feridos e 239 foram feitos reféns.

Gaza: Mortos e feridos em grande escala com a deslocação forçada de 1,4 milhões de pessoas e cerco continuo restringindo fortemente a entrada de bens essenciais, bem como a entrada / saída de trabalhadores humanitários e a evacuação de feridos e doentes.

[Actualizado até 21 de Outubro de 2023 às 15h00 horas]

4385 | Número de Palestinos mortos em Gaza
13 561 | Número de Palestinos feridos em Gaza
84 | Número de Palestinos mortos na Cisjordânia
1400 | Número de Palestinos feridos na Cisjordânia
143* | Ataques a Cuidados de Saúde desde 7 de Outubro
1 Milhão | Número estimado de pessoas deslocadas
20% | Hospitais não funcionando actualmente
65% | Centros de Saúde do Ministério da Saúde fechados
64% | Centros de Saúde da UNRWA fechados
3 | Litros de água disponíveis por pessoa por dia

* WHO SSA: Sistema de Vigilância de Ataques aos Cuidados de Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS)

PONTO DE SITUAÇÃO

Um jovem palestino foi morto a tiro, ontem à noite, durante um ataque de colonos, apoiados pelas forças de ocupação israelitas, contra a cidade de Huwara, a sul de Nablus, elevando para quatro o número de palestinos mortos em menos de 24 horas.

O jovem, identificado como Labeeb Mohammed Dmaidi, de 19 anos, foi atingido directamente no coração por um colono israelita, vindo a falecer no hospital Rafidia, na cidade de Nablus, para onde foi transportado.

Fontes do Crescente Vermelho Palestino disseram que pelo menos 25 pessoas, incluindo quatro crianças, sufocaram com o gás lacrimogéneo disparado pelas forças militares durante o ataque dos colonos à cidade.

Um outro jovem palestino, identificado como Jamal Mahmoud Majdoub, de 26 anos, foi morto a tiro pelas forças de ocupação israelitas em Huwara.

Forças israelitas à paisana mataram deliberadamente um rapaz palestino de 15 anos quando ele denunciou a sua entrada furtiva no campo de refugiados de Jenin durante uma incursão militar a 19 de Setembro, denuncia a Defense for Children International – Palestine (DCIP).

Segundo um relatório divulgado na quarta-feira pela DCIP — o sector palestino da Defense for Children International (DCI), com sede em Genebra — , Rafat Omar Ahmad Khamayseh estava a sair de casa do avô, no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, por volta das sete e meia da manhã, na terça-feira, 19 de Setembro, quando «viu elementos das forças especiais israelitas a saírem de três carros com matrícula palestina e a cercarem a casa do pai de um homem palestino procurado para prisão».

Em menos de 24 horas, as forças de ocupação israelitas mataram seis jovens palestinos durante ataques militares em várias zonas da Cisjordânia ocupada e da Faixa de Gaza, informa a agência noticiosa WAFA.

Ontem à noite, um jovem palestino identificado como Yousef Radwan, de 25 anos, de Bani Suhayia, a leste de Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, foi morto e outros ficaram feridos quando soldados israelitas abriram fogo contra manifestantes que se reuniam na fronteira de Gaza com Israel. Yousef foi baleado na cabeça, e nove outros palestinos ficaram feridos, um deles em estado crítico. Dois outros jovens palestinos foram feridos por balas reais a leste de Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, e muitos outros sofreram asfixia após inalarem gás lacrimogéneo disparado pelos soldados.

O Comité do Património Mundial da UNESCO decidiu neste domingo, em Riade, capital da Arábia Saudita, inscrever o sítio pré-histórico de Tell es-Sultan, perto da cidade palestina de Jericó, na Cisjordânia ocupada, na Lista do Património Mundial.

O sítio de Tell es-Sultan tem estado a ser escavado há mais de um século e revelou as ruínas de uma cidade fortificada que se considera a mais antiga povoação fortificada continuamente habitada do planeta, remontando ao nono milénio a.C. A própria Jericó é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo.

A UNESCO descreve o sítio como «um tell, ou monte, de forma oval que contém depósitos pré-históricos de actividade humana e inclui a nascente perene adjacente de 'Ain es-Sultan. Entre o 9.o e o 8.o milénio a.C., surgiu aqui uma povoação permanente, devido ao solo fértil do oásis e ao fácil acesso à água.»

Soldados israelitas usam cães para impor a sua lei em Hebron

Notícias recentes revelam comportamentos animalescos das forças de ocupação israelitas para com mulheres palestinas que vão desde a agressão brutal a uma menor, ao espancamento, violação e tortura de uma detida, até ao forçado desnudamento de cinco mulheres em frente dos filhos. A violência israelita contra as mulheres palestinas é uma rotina na Cisjordânia ocupada mas continua a gozar de total impunidade.

As forças israelitas agrediram brutalmente uma rapariga palestina de 17 anos depois de terem invadido várias casas na comunidade árabe de Mleihat, a noroeste da cidade de Jericó, na Cisjordânia ocupada, informou a agência noticiosa oficial palestina WAFA.

Hassan Malihat, supervisor geral da Organização Al-Baydar para a Defesa dos Direitos dos Beduínos, disse à WAFA que os soldados israelitas atacaram uma rapariga palestina de 17 anos depois de terem invadido a casa da sua família na referida comunidade na passada terça-feira, 12.

Há 30 anos, em 13 de Setembro de 1993, foi assinado o chamado Acordo de Oslo. Na Casa Branca, em Washington, o presidente da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro de Israel, Yitzak Rabin, apuseram as suas assinaturas na «Declaração de Princípios sobre os Acordos de Autogovernação Interina».

A OLP reconheceu o direito à existência e segurança do Estado de Israel. Os palestinos renunciavam de facto (na sequência do que já tinham feito na sua declaração de independência, em Argel, em 1988) a 78% do seu território histórico, ocupado por Israel, na esperança de ver constituído um Estado palestino nos restantes 22% (Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental).

Israel, por seu lado, limitou-se a reconhecer a OLP como a representante do povo palestino, sem assumir qualquer compromisso quanto ao reconhecimento do Estado palestino.

Em 28 de Agosto de 1953 – há 70 anos – um jovem oficial israelita de apenas 25 anos, Ariel Sharon de seu nome, comandou o assalto da sua recém-formada Unidade 101 ao campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza, dando início a uma longa série de massacres de que nunca se arrependeu.

Para muitos israelitas, Sharon era o «Bulldozer», um militar rebelde que salvou o seu país da derrota nas suas guerras com os árabes. George Bush, o presidente dos EUA, chamou-lhe «homem de paz». Mas para os palestinos, recordados de Sabra e Shatila, no Líbano, ele era o «Carniceiro de Beirute».

Há mais de duas décadas que Israel vem a aplicar a sua «política de esterilização» nas regiões a leste de Jerusalém, na zona sul de Hebron e na vizinhança do Vale do Jordão, deslocando as comunidades beduínas e confinando-as a enclaves prescritos e utilizando todas as tácticas concebíveis para as forçar a sair para dar lugar à instalação ou expansão dos colonatos ilegais.

Quem o afirma é Suhail Khalilieh, director da Unidade de Monitorização de Colonatos do Instituto de Investigação Aplicada de Jerusalém (ARIJ) em entrevista ao Middle East Eye. A razão é que as comunidades beduínas palestinas, há muitas décadas vivendo na região, são um obstáculo à concretização dos planos de expansão colonial de Israel.

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