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Segundo dados da organização israelita B'Tselem (Centro de Informação Israelita para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados), desde Janeiro até 31 de Junho de 2016 as autoridades israelitas demoliram 203 habitações nas comunidades palestinas da Margem Ocidental, a que se somam mais 41 em Jerusalém Oriental. Em consequência, 955 pessoas — incluindo 516 menores — ficaram sem abrigo. Segundo a B'Tselem, só no primeiro semestre de 2016 houve mais demolições do que qualquer ano da última década (com excepção de 2013, quando as autoridades demoliram 175 casas).
A política israelita de planeamento e construção na Área C da Margem Ocidental é analisada pela B’Tselem num comunicado publicado no seu sítio na internet, de que citamos algumas passagens.
Segundo uma notícia publicada pelo International Solidarity Movement, em 29 de Agosto forças israelitas do posto de controlo de Salaymeh em Hebron (al-Khalil), na Margem Ocidental ocupada, dispararam gás lacrimogéneo sobre alunos das escolas que tentavam dirigir-se a casa passando pelo posto de controlo altamente militarizado.
Para muitas crianças, o posto de controlo de Salaymeh é incontornável no caminho diário para a escola e de regresso a casa. As crianças que frequentam as escolas e jardins de infância da zona são sujeitas pelas forças israelitas a buscas das pastas, a interrogatórios e a detenção.
Israel aprovou na quarta-feira a construção de centenas de novas unidades habitacionais em colonatos da Margem Ocidental ocupada e legalizou retroactivamente mais algumas dezenas. O plano já foi aprovado ao nível político, informa a imprensa israelita e internacional.
O Alto Comité de Planeamento da Administração Civil aprovou a construção de 234 casas em Elkana, que são designadas no plano como um lar de idosos, 31 casas em Beit Arye e 20 casas em Givat Ze'ev. Além disso, o comité legalizou 178 unidades habitacionais que foram construídas em Beit Arye nos anos 1980.
A Administração Civil, apesar do seu nome, é na realidade uma agência da ocupação militar nos territórios palestinos ocupados por Israel em 1967, encarregada das funções burocráticas práticas. Depende do Ministério da Defesa de Israel.
Quando a Google foi acusada de suprimir a Palestina da app Maps, acabou por confessar, após um protesto mundial, que a Palestina nunca fora assim nomeada, apesar de 136 países membros da ONU reconhecerem a Palestina como um Estado independente.
O Google Maps está novamente envolvido em polémica, desta vez por causa do Muro do Apartheid — a que Israel chama eufemisticamente «barreira de separação» —, que serpenteia pelas terras palestinas da Margem Ocidental ocupada. O Muro pode ser visto do espaço, mas não pode ser visto no Google. Não é mostrado em nenhum dos mapas fornecidos pelo popular motor de busca.
A Grande Muralha da China e o Muro de Adriano aparecem no Google Maps, assim como o modesto «muro ocidental», de 500 metros, em Jerusalém. Mas não este muro de betão de 700 quilómetros de comprimento e oito metros de altura.
Na noite de 28 para 29 de Agosto de 1953, um comando israelita chefiado por Ariel Sharon levou a cabo o massacre de dezenas de civis palestinos no campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza.
A Unidade 101 fora criada nesse mês de Agosto, pelo primeiro-ministro David Ben Gurion, para levar a cabo “acções de retaliação” contra os palestinos e o seu comando tinha sido entregue a Ariel Sharon. Era uma unidade de elite das IDF (Forças de Defesa de Israel) e o seu recrutamento era feito exclusivamente por convite.
Aos 18 anos de idade, a filha de um preso palestino pôde abraçar o pai pela primeira vez neste domingo, segundo a rádio Sawt al-Asra (Voz dos Presos), citada pela agência noticiosa palestina Ma’an.
Yara al-Sharabati, filha do preso Ayman al-Sharabati, de 49 anos, condenado a prisão perpétua, obteve recentemente autorização para visitar o pai, após uma proibição das visitas nos últimos três anos.
A jovem, que nunca teria visto o pai senão através de uma barreira, pôde abraçá-lo pela primeira vez na vida, uma vez que ele foi detido antes de ela nascer.
Ayman al-Sharabati, de Jerusalém Oriental ocupada, que está encarcerado na prisão israelita de Gilboa, foi detido a 6 de Maio de 1998 e condenado a prisão perpétua por pertencer à Brigada dos Mártires de al-Aqsa, ramo armado do partido Fatah, e realizar um ataque em Jerusalém que conduziu à morte de um colono israelita e ao ferimento de outro.
Soldados israelitas mataram a tiro, esta sexta-feira, um homem palestino na localidade de Silwad, a leste de Ramala, no centro da Margem Ocidental ocupada. O exército israelita alegou inicialmente que o palestino abrira fogo sobre um posto militar, perto do colonato ilegal de Ofra, antes de ser alvejado pelos soldados, mas mais tarde confirmou que ele estava desarmado.
O homem, identificado como Eyad Zakariyya Hamed, nunca constituiu qualquer ameaça para os soldados, segundo o relato de testemunhas oculares. Não transportava qualquer faca nem outro tipo de arma e estava simplesmente a dirigir-se para a mesquita para as preces do meio-dia. As testemunhas acrescentaram que os soldados o atingiram com fogo real no peito e nos ombros. Hamed foi deixado a sangrar no chão entre as 11h30 e as 12h30, vindo a falecer dos seus ferimentos, depois de os soldados israelitas impedirem a aproximação da assistência médica do Crescente Vermelho Palestino.
O preso palestino Bilal Kayed, que terminou uma greve da fome de 71 dias na quarta-feira, será libertado das prisões israelitas a 12 de Dezembro, anunciou na quinta-feira a Addameer, organização palestina de defesa dos direitos dos presos.
Na quarta-feira foi alcançado um acordo entre o advogado de Kayed, Mahmoud Hassan, e a acusação militar israelita, nos termos do qual ele será libertado em Dezembro, após concluir seis meses de detenção administrativa, deixará de estar em isolamento e poderá receber visitas da família.
A acusação israelita tinha inicialmente pretendido que Kayed fosse exilado de Israel e do território palestino ocupado durante quatro anos, mas acabou por recuar.
Kayed foi transferido para a unidade de cuidados intensivos do hospital após um agravamento da sua saúde na semana passada. Permanecerá internado no hospital até recuperar a saúde.
O MPPM congratula-se com a decisão do Ministério da Justiça português de terminar a participação da Polícia Judiciária no projecto europeu LAW-TRAIN, um projecto que envolve o Ministério da Segurança Pública de Israel, responsável pelas forças policiais desse país, que sistematicamente utilizam os maus tratos e a tortura e violam os direitos humanos fundamentais da população palestina.

Foi com profundo pesar que o MPPM- Movimento pelos Direitos dos Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – tomou conhecimento do falecimento de Silas Coutinho Cerqueira, seu membro fundador, dirigente e grande impulsionador, ocorrido ontem. O seu velório terá lugar na Casa da Paz, sede do Conselho Português para a Paz e Cooperação, em Lisboa, na Rua Rodrigo da Fonseca, 56, 2º, entre as 17h e as 22h de Quarta-feira, 24 de Agosto e as 10h e as 16h de Quinta-feira, 25 de Agosto. O seu funeral terá lugar no cemitério do Alto de São João, na Quinta-feira, a partir das 17h00.

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