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Os Estados Unidos e Israel assinaram hoje, quarta-feira, um novo acordo de defesa sem precedentes que dará às forças armadas israelitas 38 mil milhões de dólares (cerca de 33,8 mil milhões de euros) em 10 anos, de 2019 a 2028.
O acordo, o maior que os EUA alguma vez concluíram com qualquer país, ascende a 3,8 mil milhões de dólares por ano, comparado com os 3,1 mil milhões que os EUA deram a Israel anualmente ao abrigo do actual acordo, que expira em 2018.
«Desde 2009, os EUA forneceram quase 24 mil milhões de dólares em ajuda militar a Israel», declarou na cerimónia Susan Rice, Conselheira de Segurança Nacional de Obama, que acrescentou: «orgulhamo-nos de nenhuma outra administração ter feito tanto para aumentar a segurança de Israel».
Uma notícia do jornal israelita Haaretz, citada pelo site Middle East Monitor, revela que os dirigentes israelitas usaram a censura militar para ocultar a criação dos primeiros colonatos na Margem Ocidental ocupada.
O Haaretz revela um documento anteriormente classificado, intitulado «Gush Etzion – publicidade», enviado em 19 de Junho de 1969 ao gabinete do ministro israelita dos Negócios Estrangeiros da altura, Abba Eban, cujo assunto era a criação de colonatos civis na zona hoje conhecida como «bloco» Gush Etzion, perto do Belém, em terras ocupadas pretensamente para fins militares.
Os autores do documento indicavam que era imperativo manter secreto o verdadeiro motivo do confisco das terras e evitar «publicidade desnecessária», uma vez que «o confisco para necessidades militares pode ser facilmente defendido de um ponto de vista jurídico», ao passo que «empreendimentos civis são uma coisa completamente diferente».
O Supremo Tribunal israelita decidiu este domingo que é constitucional uma lei que permite a alimentação forçada de presos palestinos, informa a agência palestina Ma’an. A decisão rejeita requerimentos apresentados no ano passado pela Associação Médica de Israel (IMA) e por diversos grupos de direitos humanos.
Os juízes utilizam argumentos de carácter vincadamente político, afirmando que uma greve da fome e o seu resultado têm «implicações que vão para além da questão pessoal do grevista da fome», que «não é um paciente vulgar, mas sim uma pessoa que consciente e deliberadamente se coloca numa situação perigosa como protesto ou como meio de alcançar um objectivo pessoal ou público».
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, num vídeo divulgado na sexta-feira, rejeitou as críticas à construção de colonatos na Margem Ocidental ocupada, equiparando-as a uma «limpeza étnica» dos judeus.
«A direcção palestina na realidade exige um Estado palestino com uma condição prévia: nenhuns judeus. Há uma frase para isso: chama-se limpeza étnica», disse Netanyahu, após comparar os cidadãos palestinos de Israel aos israelitas judeus que residem na Margem Ocidental ocupada em colonatos considerados ilegais à luz do direito internacional. «Ninguém afirmaria seriamente que os quase dois milhões de árabes que vivem dentro de Israel são um obstáculo à paz. Isso é porque não o são. Pelo contrário. A diversidade de Israel mostra a sua abertura e disposição para a paz», afirmou.
Um jovem palestino foi morto com um tiro na cabeça por forças israelitas em Gaza na sexta-feira, durante protestos ao junto ao campo de refugiados de al-Bureij, perto da fronteira entre o enclave cercado e Israel.
Um porta-voz do Ministério da Saúde palestino identificou o jovem como Abd al-Rahman Ahmad al-Dabbagh, de 16 anos, e confirmou que tinha sido atingido na cabeça.
Testemunhas no local afirmaram que os soldados abriram fogo sobre um grupo de jovens palestinos que se tinham reunido junto à barreira de segurança entre Israel e a Faixa de Gaza.
Num outro incidente na Faixa de Gaza, mais um palestino foi ferido por fogo real durante confrontos perto de Nahal Oz, a leste de al-Shujaiyya.
Alunos da Escola de Teatro do Freedom Theatre estão a efectuar uma digressão em Portugal. Após vários espectáculos em Lisboa, decorrerá no Porto, entre 13 e 18 de Setembro, uma mostra transdisciplinar que incluirá teatro, workshops, debates, cinema e artes plásticas, intitulada «Portugal Palestina: Arte pela Liberdade – O Freedom Theatre no Porto».
A questão é posta por Uri Avnery, antigo deputado ao Knesset (Parlamento de Israel) e actual dirigente da Gush Shalom, organização israelita de defesa da paz, que dá a resposta em artigo recentemente publicado:
Como parte dos seus esforços para combater a campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), o ministro israelita da Segurança Pública, Assuntos Estratégicos e Diplomacia Pública, Gilad Erdan, deslocou-se a Londres para discutir o assunto com entidades oficiais britânicas, informa o jornal israelita «Jerusalem Post».
Erdan vai encontrar-se com Sajid Javid, ministro das Comunidades e do Governo Local, para discutir os boicotes a Israel ao nível autárquico na Grã-Bretanha. Avistar-se-á também com Jo Johnson, ministro das Universidades e da Ciência, para discutir as actividades de BDS nas universidades britânicas, assim como modos de reforçar os laços académicos entre o Reino Unido e Israel em resposta aos esforços de boicote.
Forças israelitas mataram a tiro um jovem palestino no campo de refugiados de Shufat, em Jerusalém Oriental ocupada, às primeiras horas de segunda-feira, após realizarem uma invasão do campo.
Mustafa Nimir, de 27 anos, morreu após ser alvejado quando viajava num carro conduzido pelo seu cunhado, Ali Tayser Nimir, de 25 anos, que ficou ferido.
Fontes israelitas citadas pela imprensa alegam que no fim de uma «actividade operacional realizada pela Polícia de Israel e pela Polícia de Fronteiras», o carro em que seguiam as duas vítimas tentou atropelar as forças israelitas.
Alunos da Escola de Teatro do Freedom Theatre estão a efectuar uma digressão em Portugal e apresentam-se no Teatro A Barraca, em Lisboa (Largo de Santos, 2), com as performances “Regresso à Palestina” (6 de Setembro, às 21 horas, e 10 de Setembro, às 18 horas) e “Kanafani” (7 e 8 de Setembro, às 21 horas). Vão, ainda, organizar duas oficinas: uma, para artistas (8 de Setembro, das 14 às 19 horas) e outras para jovens (9 de Setembro, das 14 às 19 horas).
O Freedom Theatre está sediado no Campo de refugiados de Jenin e procura desenvolver uma comunidade artística e criativa na parte norte da Cisjordânia. Sem deixar de pôr ênfase no profissionalismo e na inovação, o Freedom Theatre procura integrar os jovens e as mulheres na comunidade e explorar o potencial das artes como um importante catalisador para a mudança social.

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