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Na quarta-feira, 18 de Janeiro,cerca de 5h da manhã, centenas de polícias israelitas chegaram à aldeia beduína de Umm al-Hiran, no Negev, acompanhando as autoridades israelitas que vinham proceder a demolições de casas. As forças israelitas usaram balas com ponta de esponja, gás lacrimogéneo e granadas atordoantes para reprimir violentamente os moradores e apoiantes que se tinham concentrado para resistir às demolições.
Foi morto a tiro pelas forças israelitas um cidadão palestino de Israel, Yaqoub Moussa Abu al-Qian, de 47 anos, professor de matemática na escola secundária al-Salam, da vizinha cidade de Hura.
Os principais partidos palestinos, entre os quais a Fatah e o Hamas, anunciaram na terça-feira, 17 de Janeiro, um acordo segundo o qual as facções palestinas — incluindo a Jihad Islâmica — entrarão para as instituições da OLP e formarão um novo Conselho Nacional Palestino («parlamento» da OLP). Este novo Conselho elegerá o novo Comité Executivo da OLP, o seu órgão máximo.
As facções palestinas concordaram que, ao longo dos próximos dois meses, serão eleitos novos membros para o Conselho Nacional Palestino e as partes tentarão formar um novo governo.
Em declarações ao jornal israelita Haaretz, um dirigente da Fatah que participou nas negociações declarou: «Estão maduras as condições para um novo governo de unidade, tanto no campo interno como no internacional … Um governo de unidade é de importância estratégica para os palestinos.»
Na tarde de segunda-feira, 16 de Janeiro, as forças de ocupação israelitas mataram a tiro o adolescente palestino Qusay Hasan al-Umour, de 17 anos, durante confrontos na aldeia de Tuqu, na zona de Belém, na Margem Ocidental ocupada.
Outros quatro palestinos, incluindo uma mulher, foram também feridos a tiro durante os confrontos, em que as forças israelitas usaram balas reais, balas de aço revestidas de borracha e gás lacrimogéneo.
O Crescente Vermelho Palestino informou a agência noticiosa Ma'an que o jovem foi atingido no peito com balas reais pelo menos três vezes. Médicos que examinaram o corpo contaram seis buracos de bala no peito e membros inferiores do adolescente.
As forças israelitas detiveram Qusay Hasan al-Umour durante algum tempo antes de entregarem o seu corpo ao CVP, não sendo claro se o jovem já estava morto ou se morreu vítima dos ferimentos durante o período em que esteve detido.
Casa cheia este fim de tarde na Fundação José Saramago, em que o MPPM foi o convidado da primeira das sessões que a FJS semanalmente dedica ao tema da Palestina até ao final de Fevereiro.
Foi apresentada a serigrafia que o cartoonista António generosamente ofereceu ao MPPM para recolha de fundos, e também inaugurada a exposição «Esta Bandeira da Esperança: Um Olhar sobre a Questão Palestina», produzida pelo MPPM, que estará patente na FJS até fim do próximo mês.
Seguiu-se a projecção de um curto vídeo sobre a acção repressiva das forças de ocupação israelitas em Hebron, da organização israelita B'Tselem, que se dedica à defesa dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados.
A Câmara Municipal de Palmela, reunida a 11 de Janeiro, em sessão pública, aprovou por unanimidade uma Moção relativa à Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, de 23 de Dezembro, que condena a expansão dos colonatos israelitas no território palestino ocupado.
Pela sua relevância, como expressão de solidariedade de um órgão do poder local democrático com a luta do povo palestino, apresentamos seguidamente o texto integral da moção:
 
Moção
(Cumprimento da Resolução da ONU contra a expansão dos colonatos na Palestina)
Uma fonte militar síria declarou à agência noticiosa SANA que foram disparados vários mísseis israelitas a partir da área do lago de Tiberíades, no Norte de Israel, os quais atingiram as imediações do aeroporto de al-Mezzeh (situado a 8 km a sudoeste de Damasco) às 00h25 da noite de 12 para 13 de Janeiro, causando um incêndio.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condenou fortemente o ataque israelita, denunciando a agressão em cartas dirigidas ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao presidente rotativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Olof Skoog. «O novo ataque israelita com mísseis contra o aeroporto militar de al-Mezzeh inclui-se numa longa série de ataques israelitas desde o início da guerra terrorista contra a soberania, integridade territorial e independência da Síria», afirma-se nas cartas.
Os cidadãos palestinos de Israel lançaram uma greve geral esta quarta-feira, 11 de Janeiro, em protesto contra a demolição de 11 casas na cidade israelita de Qalansawe no dia anterior.
O Alto Comité de Acompanhamento dos Cidadãos Árabe anunciou a greve — que incluiria o fecho de todas as escolas, empresas e locais públicos — na sequência de uma reunião em Qalansawe.
A reunião foi realizada horas depois de escavadoras israelitas arrasarem as casas por terem sido construídas sem licença, uma vez que nos últimos 20 anos as autoridades israelitas rejeitaram tentativas por parte do município para legalizar um plano para a cidade.
As cidades de maioria palestina em Israel iriam participar na greve, incluindo Nazaré, Umm al-Fahm, Rahat e Kuseifa.
Um palestino foi morto a tiro por forças israelitas depois de conduzir um camião para cima de um grupo de soldados israelitas fardados, no domingo 8 de Janeiro, numa paragem de autocarro no colonato israelita ilegal de Talpiyyot oriental, em Jerusalém Oriental ocupada. Foram mortos quatro soldados e ficaram feridas pelo menos 13 outras pessoas, desconhecendo-se se alguma era civil.
O motorista morto foi identificado como Fadi Ahmad Hamdan al-Qunbar, de 28 anos, do bairro vizinho de Jabal al-Mukabbir, em Jerusalém Oriental.
O colonato ilegal de Talpiyyot oriental também é conhecido por Armon Hanatziv e está localizado logo a oeste do bairro de Jabal al-Mukabbir.
Durante a tarde forças israelitas assaltaram as casas de familiares de Fadi Ahmad Hamdan al-Qunbar, prendendo pelo menos cinco deles.
A Assembleia da República aprovou hoje, 6 de Janeiro, um Voto de Congratulação pela aprovação da Resolução 2334 (2016) do Conselho de Segurança das Nações Unidas que condena os colonatos israelitas no território da Palestina.
O Voto de Congratulação, apresentado pelo PCP, foi aprovado com os votos favoráveis dos Grupos Parlamentares do PCP, PEV, PS, BE e PAN; o voto contra de 1 Deputado do CDS-PP (Deputado João Rebelo) e a abstenção dos Grupos Parlamentares do PSD e do CDS-PP e ainda do Deputado João Soares, do Grupo Parlamentar do PS.
Devido ao significado da aprovação de um documento desta natureza por um órgão de soberania português, reproduzimos seguidamente o texto integral do Voto de Congratulação:
 
«Voto de congratulação n° 192/XIII-2ª
De congratulação pela aprovação da Resolução 2334 (2016) do Conselho de Segurança das Nações Unidas que condena os colonatos israelitas no território da Palestina
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou-se na quarta-feira, 4 de Janeiro, favorável ao perdão ao soldado israelita Elor Azaria, condenado por homicídio culposo.
Em Março de 2016 Azaria matou a tiro à queima-roupa o palestino Abd Fatah al-Sharif, de 21 anos, em Hebron. Sharif jazia inanimado no chão depois de ser atingido a tiro ao tentar esfaquear um soldado israelita. A cena foi filmada por um activista palestino ao serviço da organização israelita de direitos humanos B'Tselem.
O tribunal militar israelita aceitou os argumentos da acusação, segundo a qual Azaria não tinha justificação para matar Abd al-Fattah al-Sharif, baseando-se em parte nos testemunhos dos próprios comandantes de Azaria, que na altura afirmou que Sharif «merece morrer». O juiz considerou que o Sharif «não representava uma ameaça».
Soldado israelita executa palestino ferido em Hebron
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