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Rachel Corrie, activista estado-unidense solidária com a causa palestina, foi morta em 2003 por um buldózer do exército israelita que se preparava para demolir a casa de um palestino na Faixa de Gaza. Tinha 23 anos. Hoje é o 15.º aniversário da sua morte.
Nascida em 10 de Abril de 1979, Rachel foi para a Faixa de Gaza em 2003 como voluntária do International Solidarity Movement, um grupo não violento de activistas pró-palestinos.
Em 16 de Março de 2003, na cidade de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, Rachel colocou-se diante de um buldózer israelita na esperança de impedir que demolisse a casa de uma família palestina. Rachel pensava que a sua aparência estrangeira e cabelo loiro dissuadiriam o buldózer. Porém, embora estivesse a usar um megafone e envergasse um colete cor de laranja fluorescente que a tornava claramente visível, foi esmagada pelo buldózer.
Solidariedade em Palmela 15 Mar 2018
Prosseguindo a sua notável acção de solidariedade com a Palestina, o município de Palmela promoveu hoje mais uma iniciativa, desta vez integrada na 23.ª edição do Março a Partir — Mês da Juventude.
A jornada solidária, organizada pela Câmara Municipal de Palmela e pela Missão Diplomática da Palestina, com o apoio do MPPM, iniciou-se com a inauguração da Exposição «Herança Cultural Palestiniana — História e Luta», que estará patente na Sala de Exposições da Biblioteca Municipal de Palmela até ao dia 26 de Abril.
Seguiu-se uma sessão-debate com alunos do ensino secundário do concelho, em que intervieram a artista plástica Joana Vilaverde, o jornalista José Goulão, o embaixador da Palestina, Nabil Abuznaid, e o presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro. A moderação esteve a cargo de Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM.
O activista palestino Munther Amira, considerado «preso de consciência» pela Amnistia Internacional, foi condenado a seis meses de prisão pelo tribunal militar israelita de Ofer no passado dia 12 de Março.
Dirigente do Comité de Coordenação da Luta Popular (PSCC) na Cisjordânia ocupada e educador social no campo de refugiados de Aida, em Belém, Munther Amira foi preso durante protestos pacíficos no final de Dezembro.
Ao ser preso, em 27 de Dezembro de 2017, exibia um cartaz com as fotos das mulheres da família Tamimi presas poucos dias antes, o que é considerado uma infração penal pela lei militar imposta aos palestinos que vivem no território ocupado. Seriam igualmente «criminosas» a sua participação em protestos contra o reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel e contra as comemorações da Declaração de Balfour.
A coluna em que se deslocava o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Rami Hamdallah, foi hoje atingida por uma explosão na Faixa de Gaza cercada. A explosão provocou vários feridos ligeiros.
O engenho explosivo, que estaria enterrado a dois metros de profundidade, detonou pouco depois de a coluna de carros, em que seguia também o chefe do Serviço Geral de Inteligência da Autoridade Palestina (AP), Majid Faraj, entrar na Faixa de Gaza através o posto de Erez, controlado por Israel. Nem Hamdallah nem Faraj ficaram feridos.
Apesar do atentado, Hamdallah continuou o seu programa na Faixa de Gaza, onde ia inaugurar uma central de dessalinização de água.
As autoridades israelitas prenderam mais de 15.000 mulheres palestinas desde 1967, quando se iniciou a ocupação por Israel da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oriental, revelaram estatísticas oficiais publicadas na quarta-feira, 7 de Março.
Um relatório elaborado por Abdel Nasser Ferwaneh, do Comité para os Assuntos dos Presos e Presos Libertos da OLP , acusou a ocupação israelita de ataques crescentes contra as mulheres palestinas nestes últimos anos, revelando que Israel prendeu 445 mulheres, incluindo várias menores, desde o início da chamada «Intifada de Jerusalém», em Outubro de 2015.
Ferwaneh acrescentou que dezenas de mulheres foram alvejadas e feridas pelas forças de ocupação israelitas antes da sua detenção.
«Na maioria das vezes, as mulheres são presas em casa a meio da noite», explicou Ferwaneh, «sendo espancadas e submetidas a tratamento severo, e quando presas são expostas a torturas físicas e psicológicas.»
Um jovem palestino foi morto hoje, 10 de Março, por forças do exército israelita. Amir Omar Shahada, de 19 anos, foi atingido a tiro no peito na aldeia de Urif, perto da cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada.
O incidente fatal ocorreu depois de um grupo de colonos extremistas do vizinho colonato israelita de Yitzhar invadirem a aldeia, provocando a reacção dos moradores. Pouco depois, dezenas de soldados israelitas invadiram a aldeia para assegurar a retirada dos colonos e começaram a disparar balas reais, balas de aço revestidas de borracha, bombas de gás e granadas de atordoamento contra os palestinos, muitos dos quais ripostaram lançando pedras.
Um rapaz palestino de 14 anos foi também atingido numa perna, e muitos palestinos sofreram os efeitos da inalação de gás lacrimogéneo.

O Giro d'Italia, uma das mais prestigiadas provas do ciclismo internacional, terá este ano o seu início em Israel, em 4-7 de Maio.

O MPPM junta-se ao «Apelo Internacional: Deslocalizar a “Grande Partida” do Giro d'Italia de Israel» e à jornada de protesto internacional que tem lugar no dia 10 de Março, condenando esta operação de branqueamento de Israel.

Os organizadores do Giro d'Italia estão deste modo a colaborar nas «celebrações» do 70.º aniversário da fundação de Israel. As próprias autoridades israelitas não escondem que se trata de uma grande operação de cosmética política, de «normalização» do Estado de Israel.

Mas Israel não é um país «normal», é antes o único país do mundo que não declara as suas fronteiras, o país que mais resoluções da ONU violou e viola, gozando de inaceitáveis cumplicidades e complacências.

No Dia Internacional da Mulher, o MPPM homenageia a mulher palestina pela mão de dois nomes maiores da sua cultura. O poeta Mahmoud Darwich (1941-2008) traz-nos o poema «À Minha Mãe», que o pintor Ismail Shamout (1930-2006) ilustra com a sua obra «Preparação do Casamento», de 1987.
À MINHA MÃE
Tenho saudades do pão da minha mãe,
Do café da minha mãe,
Do carinho da minha mãe...
Estou a crescer,
De dia para dia,
E amo a vida, porque
Se morresse,
Teria vergonha das lágrimas da minha mãe!
Se um dia voltar, faz de mim
Uma sombrinha para as tuas pálpebras.
Cobre os meus ossos com a erva
Baptizada sob os teus pés inocentes.
Ata-me
Com uma mecha dos teus cabelos,
O parlamento israelita aprovou uma lei que permite ao ministro do Interior revogar o direito de residência de qualquer palestino de Jerusalém por motivo de «violação de lealdade» a Israel. A lei aplica-se a todos os residentes permanentes, quer sejam imigrantes recentes quer sejam residentes de longa data de Jerusalém Oriental.
Apesar de Israel afirmar que Jerusalém Oriental ocupada faz parte da sua capital «eterna e indivisa», os 420.000 palestinos que aí residem possuem cartões de identidade de residência permanente e são tratados como imigrantes estrangeiros pelo governo israelita. De acordo com a nova lei, o Estado israelita pode expulsar qualquer pessoa cujo direito de residência seja retirado.
As forças de ocupação israelitas detiveram pelo menos 17 palestinos em várias incursões na madrugada de hoje, 6 de Março, em toda a Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas.
A agência oficial palestina Wafa informou que forças israelitas com cães assaltaram uma casa pertencente à família Jarrar em Silat al-Harithiya, perto de Jenin. Toda a família esteve retida pelos soldados durante mais de duas horas, enquanto mulheres soldados revistavam as mulheres, detendo depois a estudante universitária Fatima Jarrar. Foi também detido Ibrahim Kamel al-Shalabi.
Os soldados também dispararam bombas de gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento contra os numerosos jovens que protestaram e lançaram pedras contra o jipe invasor.

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