Violência israelita prossegue em Jerusalém. Convocado Conselho de Segurança da ONU

O Conselho de Segurança da ONU deve reunir-se à porta fechada na próxima segunda-feira, 24 de Julho, para discutir a situação tensa que se vive nos últimos dias em Jerusalém Oriental ocupada em torno do complexo da Mesquita de al-Aqsa.
Entretanto, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas ordenou a suspensão de todos os contactos oficiais com Israel até que sejam retirados os detectores de metais colocados às entradas do complexo de Al-Aqsa.
No sábado, 22 de Julho, continuaram os confrontos em algumas zonas de Jerusalém Oriental e da Margem Ocidental ocupadas. Forças israelitas mataram pelo menos dois palestinos com balas reais, ferindo gravemente um outro, na cidade de al-Eizariya, no distrito de Jerusalém da Margem Ocidental ocupada, segundo informações do Crescente Vermelho palestino à agência Ma'an. Registaram-se igualmente dezenas de feridos.
Durante o dia de sábado, centenas de fiéis realizaram a oração da tarde junto às Portas dos Leões e do Conselho, sendo dispersados à força por forças israelitas.
Os acontecimentos de hoje seguem-se à «Sexta-Feira de Raiva» que se registou ontem em Jerusalém Oriental e em todo o restante território palestino ocupado, de que resultaram três palestinos mortos e centenas de feridos.
Também na sexta-feira, 21 de Julho, num incidente separado, um jovem palestino matou à facada três israelitas no colonato de Halamish, na zona central da Margem Ocidental ocupada. O atacante publicara uma mensagem no Facebook relacionando a sua acção com o encerramento da Mesquita de Al-Aqsa.
As tensões começaram a subir depois da imposição pelo regime de Tel Aviv de medidas restritivas à entrada de fiéis no complexo de Al-Aqsa, incluindo a instalação de detectores de metais nos pontos de entrada, na sequência de um ataque no passado dia 14, em que três palestinos cidadãos de Israel mataram dois polícias israelitas, igualmente palestinos cidadãos de Israel.
Os palestinos afirmam que as medidas israelitas se destinam a preparar a judaização de Jerusalém Oriental e alterar o status quo existente em Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islão. O local é também sagrado para os judeus, que o designam por Monte do Templo. Israel tem tentado alterar a composição demográfica de Jerusalém ao longo das últimas décadas, construindo colonatos, destruindo locais históricos e expulsando a população palestina.
 
Print Friendly, PDF & Email
Share