Urge pôr fim aos massacres israelitas!

COMUNICADO 15/2018
1. A bárbara repressão de Israel contra o povo palestino é uma afronta intolerável. Desde o início das manifestações da Grande Marcha do Retorno, no dia 30 de Março, mais de 205 palestinos já foram mortos na Faixa de Gaza, havendo mais de 5000 feridos a tiro, muitos dos quais sujeitos a amputações de membros, como resultado do tipo de munições usadas pelas forças armadas de Israel, segundo números do OCHA, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, divulgados em 4 de Outubro. Entre os mortos contavam-se 38 crianças. Estamos perante um massacre continuado, que ainda no passado fim de semana ceifou mais sete vidas. Não se trata de mortos e feridos ‘em confrontos’. Trata-se de manifestantes desarmados, alvejados à distância e a sangue frio por atiradores especiais das forças armadas de Israel. Estamos perante um crime hediondo, que não pode ser calado nem ignorado.
2. A brutal escalada repressiva de Israel intensifica-se também nos territórios ocupados da Cisjordânia, onde a aldeia de Khan al-Ahmar está em perigo iminente de ser arrasada, e os seus habitantes expulsos, pelas forças de ocupação de Israel. A violência do exército israelita é acompanhada pelas acções provocatórias, criminosas e totalmente impunes de grupos organizados de colonos sionistas que incluem o arranque de oliveiras, a destruição de campos de cultivo e a ameaça e agressão física sobre homens, mulheres e crianças palestinos, no circuito das suas actividades quotidianas. Ainda no final da passada semana, uma mulher, mãe de oito filhos, foi morta por colonos israelitas que apedrejaram o carro onde viajava. Entretanto, no passado domingo o Governo de Israel aprovou mais um projecto de construção de um colonato – ilegal à luz do Direito Internacional – na cidade palestina de Hebron, financiado com uma verba de mais de 5 milhões de euros.
3. As brutais agressões e as provocações de Israel, de que os ataques aéreos a Gaza no dia 17 são o mais recente exemplo, fazem parte integrante do plano do seu governo de aproveitar o actual momento político internacional para concretizar o objectivo histórico do sionismo de liquidar definitivamente qualquer perspectiva de criação de um Estado Palestino, viável e soberano, em território da Palestina, como exigem décadas de resoluções da ONU.
4. Perante a intensificação do terror sionista em terras da Palestina, o MPPM exorta todos os portugueses, e desde logo o Governo e restantes autoridades do nosso país, a manifestarem-se de forma enérgica e urgente, exigindo o fim dos massacres em curso. A tolerância perante os crimes de Israel é, independentemente dos argumentos utilizados, uma forma de conivência. É imperioso exigir ao Estado de Israel que se subordine à legalidade internacional e ao respeito pelos direitos humanos. E é urgente travar a mão assassina que em Gaza, semana após semana, mata homens, mulheres e crianças desarmados.
Lisboa, 18 de Outubro de 2018
A Direcção Nacional do MPPM
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