Três palestinos mortos, centenas de feridos em protestos contra as medidas israelitas em Al-Aqsa

Três palestinos foram mortos a tiro durante confrontos em Jerusalém Oriental ocupada e na Margem Ocidental ocupada hoje, 21 de Julho, relata a agência palestina Ma'an. Em todo o território palestino ocupado, e particularmente em Jerusalém Oriental ocupada, ocorreram protestos em grande escala contra as novas medidas de segurança impostas pelas autoridades israelitas no acesso ao complexo de Al-Aqsa.
O Waqf, a organização islâmica que administra Al-Aqsa, apelou no início desta semana a que todas as mesquitas de Jerusalém fechassem na sexta-feira, dia santo muçulmano, e todos os fiéis muçulmanos da cidade se dirigissem a Al-Aqsa para denunciar a instalação de portais detectores de metais e outras medidas de segurança adicionais, surgidas na sequência do ataque do passado dia 14, em que três palestinos cidadãos de Israel mataram dois polícias israelitas, igualmente palestinos cidadãos de Israel.
O governo israelita decidiu manter essas medidas, apesar das recomendações das próprias agências de segurança de Israel. A polícia israelita também decidiu impedir que os homens palestinos com idade inferior a 50 entrassem na Cidade Velha de Jerusalém e em Al-Aqsa.
Os palestinos vêem as medidas em Al-Aqsa como mais um exemplo da utilização pelas autoridades israelitas da violência e das tensões para promover o controlo sobre locais importantes do território palestino.
Pelo menos 3000 elementos das forças repressivas israelitas foram colocados na Cidade Velha de Jerusalém na sexta-feira de manhã, especialmente perto do complexo de Al-Aqsa. O protesto em Jerusalém Oriental, bem como outras marchas de solidariedade na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza sitiada, foram violentamente reprimidos.
O Crescente Vermelho palestino informou que pelo menos 390 palestinos ficaram feridos em Jerusalém Oriental e na Margem Ocidental. Além disso, três palestinos foram mortos durante confrontos em Jerusalém Oriental e na Margem Ocidental ocupadas.
Um adolescente palestino foi alvejado a tiro por um colono israelita durante confrontos no bairro de Ras al-Amoud, em Jerusalém Oriental, vindo mais tarde a sucumbir aos seus ferimentos. O jovem foi identificado Muhammad Mahmoud Sharaf, de 18 anos, do bairro de Silwan. O seu funeral realizou-se pouco depois, por medo de que as autoridades israelitas confiscassem o corpo.
Outro palestino, identificado por fontes médicas como Muhammad Abu Ghanam, sucumbiu aos seus ferimentos no hospital al-Makassed após ser baleado por forças policiais israelitas durante confrontos no bairro de al-Tur. Segundo testemunhas, as forças israelitas invadiram o hospital procurando deter os palestinos que ficaram feridos durante os confrontos. Igualmente neste caso o funeral foi prontamente realizado, tendo o corpo sido passado sobre um muro, também para evitar que forças israelitas o confiscassem. Abu Ghanam, de 20 anos, residia em al-Tur e era estudante do segundo ano na Universidade de Birzeit.
O Ministério da Saúde palestino informou que um outro palestino, Muhammad Mahmoud Khalaf, de 17 anos, sucumbiu aos seus ferimentos num hospital de Ramala, depois de ter sido atingido no peito por forças israelitas durante uma manifestação na aldeia de Abu Dis, no distrito de Jerusalém da Margem Ocidental.
 
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