Terrorismo dos colonos israelitas não poupa crianças

Alaa Sawafta, de 36 anos de idade, estava de regresso do seu trabalho em Ramala, para a sua casa, em Turbas, juntamente com a mulher e os filhos, Jad de três anos e Majd de cinco, quando o automóvel em que seguiam foi apedrejado por um grupo de colonos israelitas, ferindo o menino mais novo e a sua mãe.

O incidente ocorreu perto da aldeia de Burqa, na passada quinta-feira. Os colonos lançaram uma chuva de pedras contra o automóvel, partindo o pára-brisas, e tentaram abrir as portas para agredir os ocupantes, mas Alla conseguir acelerar o carro e escapar.

A família regressou a Ramala, onde Jad foi tratado no Complexo Médico da Palestina, frustrando o plano para celebrar o terceiro aniversário do menino com a família alargada, em Tubas, na sexta-feira.

Menina ferida em tentativa de rapto por colonos

Hala Mashhour al-Qat, uma menina palestina de 11 anos, da aldeia de Madama, a sul de Nablus, foi atacada por colonos israelitas que tentaram raptá-la, no passado domingo, 17.

Colonos israelitas do vizinho colonato de Yitzhar atacaram a casa da família com pedras, partiram as janelas e feriram Hala com uma pedra na cabeça. A mãe da menina também foi ferida no assalto.

Os colonos também tentaram raptar a menina, mas foram rechaçados pelos habitantes locais.

A menina foi transferida para um hospital na cidade vizinha de Nablus para tratamento médico.

O colonato de Yitzhar é notório pela sua comunidade de colonos judeus extremistas que no passado cometeram vários ataques contra palestinos e os seus bens, incluindo incêndios, apedrejamentos, arranque de culturas e oliveiras e ataques a casas, entre outros.

Ghassan Douglas, que monitoriza as actividades dos colonatos israelitas no Norte da Cisjordânia, manifestou preocupação com o crescimento de grupos de colonos que agem livremente nos territórios ocupados, aterrorizando os civis palestinos e ameaçando as suas vidas e propriedades, enquanto o exército e o governo israelitas não estão a fazer nada para os deter, antes indirectamente os encorajam. Douglas expressou a esperança de que não se repita a tragédia da família Dawabshe.

Em Julho de 2015, colonos incendiarem a casa dos Dawabshe, na aldeia de Duma. Ali, um bebé de 18 meses, foi queimado vivo no incêndio. O pai, Sa’ed, e a mãe, Riham, morreram semanas depois em consequência das queimaduras sofridas. Ahmad, o outro filho, que sofreu queimaduras em todo o seu corpo, foi o único sobrevivente.

Apedrejamentos de carros palestinos por colonos israelitas intensificam-se

Na noite de quinta-feira, colonos israelitas extremistas atacaram com pedras e garrafas vazias veículos palestinos em pelo menos três locais na Cisjordânia ocupada.

No Norte do Vale do Jordão, colonos de Mehola atacaram veículos palestinos que circulavam na estrada 90, que passa ao lado do colonato.

Outro grupo de colonos atacou veículos palestinos na estrada Nablus-Ramala, perto da aldeia de Al-Lubban ash-Sharqiya, e bloqueou a estrada durante algum tempo. Já há uma semana tinham sido registados incidentes análogos perpetrados pelos colonos de Eli e Shilo.

Os colonos também apedrejaram veículos palestinos e transeuntes perto da aldeia de Jit, a leste da cidade de Qalqilia, mas foram afastados por habitantes locais.
Os ataques terão ocorrido à vista de soldados israelitas que nada fizeram para deter os colonos e que, pelo contrário, lhes proporcionaram protecção.

O relatório quinzenal da agência da ONU OCHA-OPT, referente ao período de 5 a 18 de Janeiro, regista que um homem palestino sofreu ferimentos durante o apedrejamento de veículos palestinos na área de Ramala.

Pelo menos seis veículos palestinos foram danificados em incidentes diários de apedrejamentos, e vários carros foram vandalizados em Jerusalém Oriental durante protestos de colonos contra a morte de um rapaz israelita numa perseguição de automóvel pela polícia israelita. O rapaz tinha estado envolvido no ataque a veículos palestinos nas estradas da Cisjordânia.

Colonos israelitas com cães atacam activistas e jornalistas palestinos

Soldados e colonos israelitas com cães atacaram ontem, sábado, activistas e jornalistas palestinos durante uma acção anti-colonatos na comunidade de Khirbet al-Tawimin em Masafer Yatta, no Sul da Cisjordânia.

A acção foi realizada em solidariedade com os habitantes palestinos de Khirbet al-Tawimin e Masafer Yatta na sua luta contra a apropriação das suas terras para benefício dos colonatos. Os soldados atacaram os manifestantes e declararam a área como zona militar fechada.

Entratanto, os colonos de Susya atacaram os jornalistas que cobriam o evento e perseguiram-nos com os seus cães causando ferimentos a alguns, incluindo Hamza Hattab, jornalista da WAFA, que necessitou de hospitalização.,

Prosseguem os ataques terroristas dos colonos a pastores e agricultores

Colonos israelitas, vindos dos colonatos vizinhos de Ma’on e Carmel, atacaram hoje, domingo, pastores palestinos e expulsaram-nos dos seus pastos em Msafer Yatta, a sul de Hebron.

Os colonos israelitas continuaram ontem com as suas acções terroristas na Cisjordânia ocupada, cortando ou arrancando de mais de 120 oliveiras numa área a norte da aldeia de Kufr al-Dik, a leste de Salfit no Norte da Cisjordânia. Também partiram as portas e janelas de uma arrecadação utilizada para armazenar equipamento agrícola e roubaram o seu conteúdo.

Na terça-feira os colonos israelitas arrancaram cerca de 100 pés de oliveira numa área a leste da cidade de Yatta, localizada perto do colonato colonial ilegal de Avigal.

Seis homens foram agredidos fisicamente, por colonos israelitas, em incidentes separados, enquanto trabalhavam nas suas terras perto de Aqraba, também perto de Nablus e Kafr Malik perto de Ramala

Os colonos israelitas também danificaram mais de 230 oliveiras e pés de oliveira junto das aldeias de Beit Ummar, perto de Hebron, e Jalud, perto de Nablus.

Cocktails Molotov contra casas palestinas

Na passada quinta-feira, colonos israelitas atiraram cocktails Molotov contra duas casas palestinas na aldeia de Burin, a sul da cidade de Nablus. Enquanto os aldeões se defendiam do ataque dos colonos e procuravam extinguir o fogo, soldados israelitas invadiram a aldeia e dispararam gandas de gás lacrimogénio contra os habitantes.

O ataque foi perpetrado pouco depois de grupos de colonos radicais terem bloqueado várias estradas e cruzamentos e atacado veículos palestinos com pedras e garrafas vazias.

B’Tselem: Violência é quotidiana e continua impune

Segundo o grupo israelita de direitos humanos B'Tselem, «a violência dos colonos há muito que se tornou parte da vida quotidiana dos palestinos sob ocupação. As forças de segurança israelitas permitem estas acções, que resultam em vítimas palestinas - feridos e mortos - bem como danos em terras e bens. Em alguns casos, servem mesmo como escolta armada, ou juntam-se aos ataques».

«As investigações, se chegam a ser abertas, são geralmente encerradas sem qualquer acção contra os perpetradores, como parte de uma política não declarada de clemência. O efeito a longo prazo desta violência é a expropriação dos palestinos de partes cada vez maiores da Cisjordânia, facilitando a apropriação de terras e recursos por parte de Israel.»
 

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