Solidariedade com os Presos Palestinos no Museu do Aljube

Assinalando o Dia dos Presos Palestinos, o MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – e a URAP – União de Resistentes Antifascistas Portugueses – , com o apoio do Museu do Aljube, promoveram, na terça-feira, 20 de Abril, uma sessão de solidariedade com os presos e detidos administrativos palestinos nas prisões de Israel.

A sessão foi aberta por Rita Rato, Directora do Museu do Aljube, que destacou o facto de esta iniciativa ter lugar no local onde se situava uma das mais sinistras prisões do fascismo português.

Carlos Almeida, intervindo em representação do MPPM, situou a questão dos presos palestinos no contexto mais geral da ocupação israelita para frisar que é todo um povo que tem a sua liberdade coarctada.

Francisco Canelas, representando a URAP, recordou a solidariedade internacional que os presos políticos portugueses receberam durante a ditadura fascista para afirmar a nossa obrigação de pagar essa dívida de gratidão apoiando, nomeadamente, os presos palestinos.

Por videoconferência, a partir de Madrid, participou Yamil Kasem, membro do Conselho Nacional Palestino e coordenador, em Espanha, da Aliança Europeia de Apoio aos Presos Palestinos, que referiu detalhadamente a situação dos presos palestinos nas prisões de Israel e a forma como este Estado ignora todas os princípios dos direitos humanos e do direito internacional.

Seguiu-se um período de perguntas a que Yamil respondeu de forma muito completa e esclarecedora.

Dado que a situação pandémica limitou muito a capacidade da sala, o MPPM conta disponibilizar, oportunamente, no seu canal YouTube, uma gravação da sessão.

Recordamos que a questão dos presos é uma das questões políticas centrais para uma solução justa da questão palestina, a par do fim da ocupação da Cisjordânia e do cerco da Faixa de Gaza, do estatuto de Jerusalém e do direito ao retorno dos refugiados.

No final de Março estavam detidos nas prisões de Israel 4450 palestinos, incluindo 140 menores e 37 mulheres. Do total, 440 estão em detenção administrativa, uma prática que permite a detenção, sem culpa formada ou julgamento, prorrogável indefinidamente, e que evoca as infames «medidas de segurança» do fascismo português.

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