Solidariedade com os Povos do Médio Oriente na Casa do Alentejo

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) realizaram nesta quinta-feira, 19 de Novembro de 2020, na Casa do Alentejo, em Lisboa, uma sessão pública dedicada ao tema «Médio Oriente: Defesa da Justiça e da Paz».

Registaram-se intervenções de Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do CPPC, Carlos Almeida, Vice-Presidente da Direcção Nacional do MPPM, José Goulão, jornalista e membro da Presidência do CPPC, e Nabil Abuznaid, Embaixador da Palestina em Portugal.

A situação na Palestina é indissociável da de todo o Médio Oriente, e isso reflectiu-se nas diferentes intervenções.

Houve um foco nas interferências e agressões externas, com especial destaque para os Estados Unidos e seus aliados europeus, recordando-se a sua responsabilidade nas guerras no Iraque, na Líbia, na Síria e no Líbano, ou ainda na agressão da Arábia Saudita ao Iémen.

Alertou-se para a escalada belicista que procura conduzir a uma confrontação com o Irão e sublinhou-se a importância da solidariedade internacional com todos os povos do Médio Oriente.

A visita do Secretário de Estado estado-unidense, Mike Pompeo, ao colonato israelita de Psagot mereceu uma condenação, mas foi recordado que o colonato está instalado, desde 1981, em território palestino ocupado, portanto na vigência de diversas administrações estado-unidenses e numerosos governos europeus que nunca quiseram alterar o estado das coisas.

Foi sublinhada a importância da unidade do povo palestino e defendido o seu direito a um Estado livre, soberano, independente e viável nas fronteiras anteriores a 1967, com Jerusalém Oriental como capital, no cumprimento das resoluções da ONU. Exigiu-se, também, a libertação dos presos políticos palestinos das cadeias israelitas, o fim dos colonatos e o direito de regresso dos refugiados.

Em representação da CGTP-IN, João Barreiros saudou a luta do povo e dos trabalhadores palestinos e reafirmou a sua solidariedade de sempre e a defesa do direito dos povos à autodeterminação e à Paz.

Num outro plano, foi feito um agradecimento à Casa do Alentejo pela sua permanente disponibilidade em acolher as iniciativas do CPPC e do MPPM e foi feito um apelo à solidariedade de todos para que ajudem esta instituição a atravessar este período difícil decorrente das limitações impostas pela pandemia.

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