Sete presos palestinos nas cadeias de Israel em greve de fome contra detenção administrativa

Sete palestinos em detenção administrativa estão actualmente em greve de fome por tempo indeterminado, protestando contra o facto de estarem presos por Israel sem julgamento.

Os sete presos palestinos em greve de fome são os seguintes:

• Ahmed Ghannam, de 42 anos, que iniciou sua greve de fome há 79 dias, em 14 de Julho, dia em que foi preso e detido sem acusação; a sua detenção administrativa foi renovada em 6 de Setembro. Esteve preso três vezes, passando um total de nove anos em prisões israelitas.

• Tareq Qadan, de 46 anos, em greve de fome há 62 dias. Foi preso 17 vezes pelas forças israelitas desde 1989 e passou quase 11 anos na prisão, a maior parte em detenção administrativa.

• Ismail Ali, de 30 anos, em greve de fome há 69 dias. Preso em Janeiro, iniciou a greve de fome em Junho, após a renovação dos primeiros seis meses da sua detenção administrativa. Esteve preso anteriormente, tendo passado quase sete anos nas prisões de Israel.

• Ahmad Zahran, de 42 anos, em greve de fome há oito dias.

• Musab al-Hindi, de 29 anos, em greve de fome há seis dias.

• Heba al-Labadi, de 24 anos, cidadã jordana e portadora de cartão de identidade da Autoridade Palestina. Detida em Setembro quando viajava da Jordânia, onde mora, para a Cisjordânia ocupada. Condenada a cinco meses de detenção administrativa, iniciou a greve de fome a 24 de Setembro.

• Munir Basil Sawafta, de 36 anos.

101 detenções administrativas em Setembro

Entretanto, no mês de Setembro as autoridades de ocupação israelitas emitiram ou renovaram ordens de detenção administrativa contra 101 palestinos actualmente encarcerados nas cadeias de Israel, informou esta segunda-feira a Comissão de Assuntos dos Presos e ex-Presos palestinos.

Segundo a Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos), encontram-se actualmente nas cadeias israelitas 460 palestinos em regime de detenção administrativa.

O odioso regime de detenção administrativa permite ao Estado sionista manter os palestinos presos, sem acusação nem julgamento, por ordem de um comandante militar do exército de ocupação israelita, com base em provas secretas. Cada ordem de detenção administrativa pode ir até até seis meses, sendo indefinidamente renováveis.

Os presos podem passar anos encarcerados ao abrigo da detenção administrativa, e o fim deste regime é uma importante reivindicação do movimento dos presos.

Foto: Zvi Koren

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