Reprimida em Paris, Flotilha da Liberdade atraca em Cascais, reclamando o fim do bloqueio a Gaza e o direito a um futuro justo para a Palestina

Os barcos Freedom (Liberdade) e Al-Awda (O Retorno), que integram a Flotilha da Liberdade 2018, vão ser acolhidos na Marina de Cascais amanhã, 19 de Junho, às 17h. A Flotilha da Liberdade pretende navegar até Gaza para romper o desumano bloqueio a que Israel sujeita o pequeno território palestino.
Até dia 22, realizam-se na zona de Lisboa uma série de acontecimentos [https://www.facebook.com/MPPM.Movimento.Palestina/photos/a.2161335350730... animados pelos membros da Flotilha e várias organizações portuguesas, incluindo o MPPM, para exigir o fim do bloqueio à Faixa de Gaza e reclamar o direito a um futuro justo para a Palestina.
Hoje mesmo, em Paris, as duas pequenas embarcações «Palestine» e «Mairead», que também fazem parte da Flotilha da Liberdade 2018 foram submetidas a uma verdadeira acção de intimidação por parte das autoridades francesas para as impedir de acostar (https://youtu.be/jUHYWzXZ9zg). 
Partindo da Noruega e Suécia, os quatro barcos da Flotilha da Liberdade fizeram escala até agora em Bergen, Kristiansand, Oslo, Fredrikstad, Gotemburgo, Copenhaga, Kiel, Brunsbüttel , Wilhelmshaven, Amsterdão, Jersey, Brighton, La Rochelle, Paris e Gijón, realizando sempre acções de solidariedade com Gaza e a Palestina. Depois de Cascais/Lisboa segue-se Cádiz e ainda portos da Itália e Grécia. 
A Faixa de Gaza está há doze anos submetida a um desumano bloqueio e a sucessiva agressões miltares por Israel, resultando numa situação de verdadeira catástrofe humanitária. Devido ao bloqueio, só há fornecimento de electricidade quatro horas por dia, a água deixou de ser potável, os esgotos não são tratados, o nível de desemprego é o mais elevado do mundo. Segundo as Nações Unidas, no ano de 2020 a Faixa de Gaza será inabitável. 
Em 2018, que marca o 70.º aniversário da Nakba (catástrofe), a limpeza étnica da população palestina por Israel, os habitantes de Gaza (70% dos quais são refugiados ou seus descendentes) vêm exigindo o fim do bloqueio e o direito ao regresso às suas terras, na Grande Marcha do Retorno, iniciada em 30 de Março. A repressão dos manifestantes desarmados salda-se já em mais de 130 mortos e 10 000 feridos.
Em 2018, a Flotilha da Liberdade faz-se novamente ao mar para desafiar o bloqueio e exigir o fim da cumplicidade dos governos europeus com os crimes de guerra e com a violação dos direitos humanos por Israel. 
A Coligação Internacional da Flotilha da Liberdade (https://freedomflotilla.org/) é um movimento que congrega organizações e pessoas de muitas partes do mundo que trabalham juntas para acabar com o cerco a Gaza.
 
 
 
Flotilha da Liberdade impedida de atracar em Paris
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