Rachel Corrie foi assassinada há 15 anos

Rachel Corrie, activista estado-unidense solidária com a causa palestina, foi morta em 2003 por um buldózer do exército israelita que se preparava para demolir a casa de um palestino na Faixa de Gaza. Tinha 23 anos. Hoje é o 15.º aniversário da sua morte.
Nascida em 10 de Abril de 1979, Rachel foi para a Faixa de Gaza em 2003 como voluntária do International Solidarity Movement, um grupo não violento de activistas pró-palestinos.
Em 16 de Março de 2003, na cidade de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, Rachel colocou-se diante de um buldózer israelita na esperança de impedir que demolisse a casa de uma família palestina. Rachel pensava que a sua aparência estrangeira e cabelo loiro dissuadiriam o buldózer. Porém, embora estivesse a usar um megafone e envergasse um colete cor de laranja fluorescente que a tornava claramente visível, foi esmagada pelo buldózer.
Na Faixa de Gaza a notícia do seu assassínio foi recebida com tristeza e horror, e o funeral da jovem activista foi uma maciça manifestação de pesar.
Rachel Corrie tornou-se um símbolo da solidariedade com a causa palestina, e o seu nome foi escolhido para baptizar um navio de ajuda irlandês que partiu para Gaza em 2010.
Os pais de Rachel mais tarde moveram uma acção judicial contra as autoridades israelitas pela morte da filha. Mas em 2013 um tribunal israelita absolveu o condutor do bulldozer.
Numa carta que enviou da Faixa de Gaza à família pouco antes do seu assassínio, Rachel descreveu os sofrimentos dos palestino que testemunhara: «Não há leituras, participação em conferências, visualização de documentários e informação oral que me pudessem ter preparado para a realidade da situação aqui», escreveu ela. «Simplesmente não se consegue imaginar a não ser vendo.»
Yasser Arafat, então presidente da Autoridade Palestina, ao apresentar as suas condolências aos pais, declarou que Rachel «é vossa filha, mas também é filha de todos os palestinos. Ela também é nossa».
 
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