Rabi agredido por colonos judeus por defender palestinos – e mais seis actos de violência de colonos

Arik Ascherman, antigo presidente da organização Rabis pelos Direitos Humanos, foi ontem violentamente agredido com um taco de madeira por colonos judeus extremistas, perto do posto avançado de Maale Ahuvia.

Segundo o Jerusalem Post, Ascherman chegou à zona para pedir aos pastores judeus que desviassem o seu rebanho dos campos lavrados próximos pertencentes aos palestinos. Após o ataque, Ascherman disse que as forças de ocupação israelitas assistiram ao espancamento sem intervir.

«Este ataque brutal aconteceu porque as forças de segurança israelitas permitiram a reconstrução de Ma'aleh Ahuvia depois de o terem evacuado ontem», explicou ele, «e não impediram os rebanhos de entrar nas terras de Dir Jarir para comerem o que aí está a crescer.»

[Veja aqui o vídeo da agressão: https://twitter.com/AGvaryahu/status/1379871616478367756]

No mês passado, Ascherman recorreu à urgência hospitalar após um ataque de colonos judeus. Ao escrever sobre o incidente no Times of Israel, o rabi descreveu o que chamou «o ressurgimento do Kahanismo [ideologia extremista judaica que considera os árabes de Israel inimigos dos judeus e propõe a criação de um Estado teocrático judaico]» e disse que «este foi o último e mais grave de muitos ataques nas últimas semanas.»

Colonos israelitas ocupam edifícios em Jerusalém Oriental

Colonos judeus ocuparam 15 casas palestinas no bairro de Silwan, em Jerusalém Oriental, segundo informou o Canal 7 de Israel.

De acordo com esta fonte, os colonos ocuparam casas que a organização Ateret Cohanim confiscou e entregou às suas famílias.

Ateret Cohanim é um grupo judeu apoiado pelo governo, localizado no Bairro Muçulmano da Cidade Velha de Jerusalém. Trabalha activamente para a judaização da cidade sagrada e para a expulsão das suas casas dos seus habitantes autóctones palestinos.

O Canal 7 assinalou que estas quinze casas se juntaram a outras 22 que foram recentemente confiscadas pelo Ateret Cohanim.

De acordo com o Centro de Informação Wadi Hilweh, a polícia assegurou protecção aos colonos enquanto decorria a ocupação dos edifícios.

«Enquanto o Estado israelita afirma desempenhar um papel imparcial neste esquema, é na realidade o facilitador de todo o processo», escreveu o jornalista e editor palestino de The Palestine Chronicle Ramzy Baroud num artigo recente.

«O resultado final manifesta-se na cena sempre previsível, em que uma bandeira israelita é hasteada triunfantemente sobre uma casa palestina e uma família palestina recebe uma tenda fornecida pela ONU e alguns cobertores», acrescentou Baroud.

Milhares de colonos israelitas invadem lugares santos islâmicos

Milhares de colonos extremistas israelitas invadiram, ontem à noite, lugares santos islâmicos na aldeia de Kufl Haris, no norte da Cisjordânia, onde realizaram rituais judaicos, noticia a agência Wafa.

O exército israelita cercou a área para proteger o assalto dos colonos, estabelecendo postos de controlo nas entradas da aldeia, localizada a norte da cidade de Salfit. Impediram os residentes palestinos locais de a alcançar enquanto os colonos afluíam à área e realizavam rituais.

Os residentes temem que os colonos acabem por tomar conta da área e construir ali um colonato em detrimento dos seus habitantes palestinos.

Idosa palestina atropelada mortalmente por colono

Uma mulher idosa palestina morreu ontem depois de ter sido atropelada por um colono israelita perto da cidade de As-Samu, a sul da cidade de Hebron.

Shafiqa Abu Aqeel, de 73 anos de idade, foi atingido por um colono que conduzia o seu carro na entrada ocidental da cidade.

Abu Aqeel foi levada de urgência para o Hospital Soroka, no Sul de Israel, onde os médicos declararam a sua morte pouco tempo depois.

Colonos invadem sítio arqueológico a norte de Nablus

Centenas de colonos israelitas invadiram ontem o sítio arqueológico de Sebastia, a norte da cidade de Nablus, sob a protecção dos militares israelitas, que declararam o local interdito aos palestinos, segundo relatou o presidente da câmara de Sebastia, Mohammad Azzem.

Localizada a 11 quilómetros a noroeste de Nablus, Sebastia é uma pequena cidade histórica com uma população de cerca de 3.000 palestinos.

Uma povoação proeminente durante a Idade do Ferro, bem como as eras helenística e romana, a cidade tem um anfiteatro romano, templos, uma igreja bizantina e uma cruzada, dedicada a São João Baptista, além de uma mesquita construída em honra do santo. Cristãos e muçulmanos acreditam que a cidade é o local de sepultura do santo.

Israel tem tentado tomar posse da cidade, que se tornou um local de aceso conflito cultural e de frequentes assaltos de colonos israelitas.

Presidente da Câmara de Sebastia agredido por colonos judeus enquanto salvavam criança

Colonos judeus atacaram o Presidente da Câmara de Sebastia, Mohammad Azem, que tentava impedir que espancassem e raptassem uma criança palestina, informou a agência noticiosa Wafa.

Azem disse que dezenas de colonos judeus chegaram ao sítio arqueológico da cidade sob a protecção de soldados israelitas e que tentaram raptar uma criança. Ele interveio para proteger a criança e foi agredido por vários colonos.

As forças de ocupação israelitas ficaram de braços cruzados e não intervieram.

Colonos israelitas atacam mãe e bebé em Hebron

Colonos israelitas agrediram na terça-feira à noite uma mãe palestina e o seu bebé na cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia.

Mufeed Sharbati, um residente, disse que um grupo de colonos extremistas agrediram fisicamente a sua filha de 23 anos e o seu bebé de 2 ano,s na Rua Ash-Shuhada, quando iam visitar a família.

Acrescentou que os colonos instruem os seus filhos para assediarem os palestinos, como fizeram com o seu filho de 10 anos na segunda-feira.

A cidade de Hebron, onde se situa a Mesquita de Ibrahimi, alberga cerca de 160 000 muçulmanos palestinos e cerca de 800 colonos israelitas notoriamente agressivos que vivem em complexos fortemente guardados por tropas israelitas.

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