Protestos em todo o território palestino contra reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel, mais de 50 feridos

Em Ramala, Tul Karm e Nablus houve durante o dia de hoje manifestações contra reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como a capital de Israel, que contaram com a participação de muitas centenas de pessoas, algumas das quais queimaram fotos de Donald Trump. Dezenas de palestinos também protestaram em vários locais do Norte e centro da Faixa de Gaza. Nas cidades de Hebron e Al-Bireh, na Margem Ocidental ocupada, milhares de manifestantes entoaram «Jerusalém é a capital do Estado da Palestina».
Ao mesmo tempo, a medida estado-unidense provocou uma onda de agitação e protestos em toda a região, que se prevê irem continuar nos próximos dias.
O número de palestinos feridos aumentou continuamente, à medida que alastravam os confrontos com as forças repressivas israelitas em toda a Margem Ocidental, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde e o Crescente Vermelho palestinos, já há para cima de 50 feridos, 9 dos quais vítimas de balas reais.
Dos feridos com balas reais, quatro são de Ramala, na Margem Ocidental ocupada, e cinco da Faixa de Gaza. Também em Ramala, oito palestinos foram feridos com balas de aço revestidas de borracha. Em Gaza, quatro palestinos foram feridos com balas reais em Khan Younis e um outro no Nordeste do enclave.
Registaram-se confrontos em toda a Margem Ocidental. Na cidade de Belém pelo menos três palestinos foram feridos com balas de aço revestidas de borracha, e outros dois, incluindo um rapazinho, foram tratados por inalação grave de gases lacrimogéneos. Também em Kafr Qaddum foram registados cinco feridos.
Na cidade de Hebron ocorreram confrontos depois de uma marcha na cidade. As forças israelitas invadiram a cidade, disparando gás lacrimogéneo e perseguindo dezenas de jovens palestinos que atiravam pedras.
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