Para contornar proibição internacional de bombas de fragmentação, exército israelita compra canhões de fabrico local

Para poder continuar a utilizar livremente bombas de fragmentação, o exército de Israel porá brevemente em uso novos canhões de artilharia da empresa israelita Elbit, em vez dos canhões da alemã KMW, segundo noticia o jornal israelita Haaretz.
Um oficial israelita aposentado explicou ao Haaretz que Israel temia que os alemães não dessem ao seu exército a «independência completa» que desejava, razão por que o Ministério da Defesa recomendou a compra de canhões de fabrico israelita.
As bombas de fragmentação são uma arma de destruição em massa particularmente bárbara, uma bomba que se transforma em muitas bombas, espalhando-se por uma extensa área, matando e ferindo indiscriminadamente. Por vezes explodem anos depois de disparadas.
O seu uso é proibido por um tratado internacional assinado por mais de 100 países (entre os quais a Alemanha), devido à alta taxa de mortes e lesões em civis que lhes estão associadas. Mas Israel não é signatário.
Israel utilizou amplamente bombas de fragmentação (e também munições de fósforo) sobre populações civis na Segunda Guerra do Líbano (2006). Segundo dados publicados pelo Haaretz, após a guerra 46 pessoas foram mortas e cerca de 300 foram feridas pelas pequenas bombas (bomblets) contidas pelas munições de fragmentação.
 
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