Palmela aprova por unanimidade moção pelo fim da violência na Palestina

A Câmara Municipal de Palmela aprovou, por unanimidade, na sua reunião de 15 de Março de 2023, uma moção «Pelo fim da escalada de violência na Palestina» na qual deliberou:

• Expressar a sua preocupação e repúdio face à grave escalada de violência;
• Reiterar a urgência de fazer cumprir as Resoluções das Nações Unidas, o respeito pelo Direito Internacional e os Direitos Humanos e o fim da ocupação ilegal dos territórios palestinos por Israel;
• Manifestar a sua solidariedade para com todas as pessoas afectadas pelo conflito israelo-árabe e o forte desejo de que seja encontrado e concretizado um caminho para a Paz.

A moção recorda que «Depois de no final de fevereiro, Israel e Palestina se terem comprometido a trabalhar em conjunto para acalmar a situação, num encontro realizado na vizinha Jordânia, a cidade de Huwara e várias aldeias vizinhas amanheceram em chamas, no dia seguinte, num ataque massivo de colonos israelitas que matou uma pessoa, feriu cerca de 350 e destruiu e saqueou três dezenas de casas e uma centena de automóveis.»

São referidos, de seguida, o raide do exército israelita, em Jenin, que resultou em nove mortos, os três jovens palestinos mortos a tiro dentro do seu carro em Jabaa’, e os três palestinos armados mortos depois de abrirem fogo contra soldados israelitas perto de Nablus.

«A escalada de violência, que se autoalimenta com acções e retaliações, acontece num momento em que o governo de Benjamin Netanyahu enfrenta forte contestação interna, devido à proposta de reforma judicial», faz-se notar, alertando que ela «poderá abrir portas à anexação de facto dos territórios palestinos ocupados».

Referindo os apelos à contenção, nomeadamente por parte de Volker Türk, alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, e de Josep Borrell, o chefe da diplomacia da União Europeia, a moção cita as declarações de António Guterres perante a Comissão Para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino: «cada novo colonato é mais um obstáculo no caminho para a paz. Toda a actividade de colonização é ilegal à luz do direito internacional e deve cessar. Ao mesmo tempo, incitar à violência cria um impasse. Nada justifica o terrorismo que deve ser rejeitado por todos».

O actual executivo municipal de Palmela é composto por quatro eleitos pela coligação PCP/PEV, três pelo Partido Socialista, um pelo Movimento de Cidadãos pelo Concelho de Palmela e um pelo Partido Social Democrata.

Leia em anexo o texto integral da Moção.

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