Israel emite 20 ordens de demolição em Jerusalém Oriental ocupada

Funcionários israelitas do município de Jerusalém, escoltados por soldados, invadiram na quinta-feira, 15 de Dezembro, o bairro de Issawiya, em Jerusalém Oriental ocupada, e afixaram notificações de demolição em vários prédios. Alguns das notificações visavam prédios construídos com autorizações de construção israelitas.
O município israelita quer demolir 20 edifícios que incluem 80 apartamentos, onde vivem dezenas de moradores de Jerusalém, incluindo crianças. O motivo é «puramente político e não devido à construção ilegal», declarou o activista e analista político Hani Al-Issawi, porque os edifícios estão localizados perto do colonato israelita ilegal de Ma'aleh Adumim, em Jerusalém Oriental. Al-Issawi acrescentou que esta medida se insere na ameaça do presidente da câmara de Jerusalém, Nir Barkat, de emitir mais ordens de demolição contra palestinos se foram evacuados os colonos do posto avançado ilegal de Amona. A evacuação deve ser realizada até 25 de Dezembro por decisão do Supremo Tribunal de Israel, com base no facto de o posto avançado estar construído em terras privadas palestinas.
As demolições de estruturas e casas palestinas na Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental ocupadas têm tido um aumento sem precedentes este ano. O número de estruturas demolidas no primeiro semestre de 2016 é bem superior ao número total de demolições realizadas durante todo o ano de 2015.
Pelo menos 1580 palestinos foram desalojados desde o início de 2016 — incluindo 241 em Jerusalém Oriental — em resultado das demolições no território ocupado (em comparação com 757 palestinos desalojados durante todo o ano de 2015), segundo documentação da ONU.
 
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