Israel diz que não participará em iniciativa de paz francesa, palestinos encorajam França a prosseguir

Israel notificou a França de que não vai participar numa conferência internacional de paz no final deste ano visando reanimar as negociações israelo-palestinas acerca de uma solução de dois Estados. A rejeição formal foi entregue numa reunião com o enviado francês Pierre Vimont realizada segunda-feira, 7 de Novembro, em Jerusalém.
Ao rejeitar a iniciativa francesa, Israel disse que estas conversações constituem uma diversão do objectivo de negociações directas com os palestinos. Israel tinha indicado há muito tempo que não tinha a intenção de participar na conferência.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês disse que continuava a planear realizar antes do final do ano a conferência, na sequência de uma conferência preliminar em Junho, em que a ONU, a UE, os EUA e vários países árabes se reuniram para discutir propostas, sem a presença de israelitas e palestinos.
Por seu lado, os palestinos exortaram a França a prosseguir com o seu plano de uma conferência internacional de paz, apesar das objecções de Israel.
Esta segunda-feira, 7 de Novembro, teve lugar em Ramalah um encontro do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, com o enviado francês, Pierre Vimont. Após o encontro, em que também participou, o secretário do Comité Executivo da Organização de Libertação da Palestina, Saeb Erekat, declarou: «Encorajámos a França a prosseguir com a sua iniciativa e apoiámos os seus esforços para realizar uma conferência antes do final do ano». Sublinhou que não se deve dar a Israel a oportunidade de sabotar uma iniciativa internacional como esta. Israel não só se recusa a participar em conferências internacionais como se recusa a reconhecer a Palestina, a aplicar acordos assinados e resoluções da ONU ou até simplesmente a cumprir as suas obrigações decorrentes do direito internacional. Israel quer apenas manter o status quo e prosseguir as suas políticas de colonização e apropriação de terras.
Erekat acrescenta que no próximo ano se completarão 50 anos de ocupação israelita e que o mundo não deve permitir que Israel continue a vetar o direito inalienável da Palestina a ser livre.
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