Israel aprova novo colonato no centro da cidade palestina de Hebron, duplicando número de colonos

Duas semanas após os EUA anunciarem que não consideravam ilegais os colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados, o ministro da Defesa de Israel aprovou este domingo o planeamento de um novo bairro de colonos judeus no centro de Hebron, na Cisjordânia ocupada.

A imprensa israelita relata que Naftali Bennett deu instruções à Administração Civil, organismo do governo militar israelita que administra a Cisjordânia ocupada, para informar o município de Hebron de que está planeado um novo bairro judaico para a área do mercado de frutas e legumes de Hebron, cujos edifícios serão demolidos.

Segundo Bennett, o bairro «criará uma continuação territorial entre o Túmulo dos Patriarcas e o bairro Avraham Avinu e duplicará o número de residentes judeus na cidade».

Por seu lado, o secretário-geral do Comité Executivo da OLP, Saeb Erekat, classificou a decisão do ministro israelita como «o primeiro resultado tangível da decisão dos EUA de legitimar a colonização».

O mercado palestino a ser demolido está fechado desde 1994, quando o terrorista israelita Baruch Goldstein matou 29 palestinos dentro da Mesquita Ibrahimi (a que os judeus chamam Túmulo dos Patriarcas).

Em resposta, Israel puniu as vítimas: aumentou a presença militar na Cidade Velha de Hebron e dividiu a Mesquita de Ibrahimi, antes ocupada apenas por muçulmanos, e estes ficaram com apenas 40% do local.

Cerca de 800 agressivos colonos israelitas, sob forte protecção militar do exército de ocupação, vivem no centro da histórica cidade palestina de mais de 200 000 habitantes.

Mais de 600 000 israelitas vivem em colonatos nos territórios palestinos da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, ocupados desde 1967. Todos e cada um dos colonatos são ilegais à luz do direito internacional.

Foto: AFP

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