FPLP e HAMAS reivindicam ataque em Jerusalém

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e o Hamas (Movimento Islâmico de Resistência) reivindicaram o ataque mortal ocorrido em Jerusalém Oriental ocupada na passada sexta-feira, 16 de Junho.
Uma agente da polícia de fronteiras israelita foi morta no ataque, realizado com facas e uma arma automática. Os três palestinos foram mortos a tiro por polícias israelitas no local, perto da Porta de Damasco da Cidade Velha de Jerusalém.
Segundo os meios de comunicação social israelitas, o chamado Estado Islâmico reivindicou o ataque. Já o exército israelita afirmou que o ataque foi realizado por uma célula local «não pertencente a nenhuma organização terrorista».
Porém, segundo declarações coincidentes do Hamas e da FPLP, o ataque foi realizado por dois membros da FPLP (Baraa Ibrahim Salih Taha, de 18 anos, e Osama Ahmad Dahdouh, de 19), e um do Hamas (Adel Hasan Ahmad Ankoush, de 18 anos).Os dirigentes palestinos têm rejeitado qualquer correlação entre o que consideram uma parte da legítima resistência palestina contra a colonização israelita e o terrorismo inspirado pelo Estado Islâmico.
Um porta-voz do Hamas afirmou em comunicado que o ataque de sexta-feira fez parte da resistência popular palestina contra a ocupação israelita, que perfaz agora meio século, sendo uma «reacção natural aos crimes da ocupação».
Por seu lado, a FPLP informou que os seus membros que nele participaram tinham já estado presos em Israel por acções de resistência à ocupação. A FPLP classificou o ataque como uma «operação heróica», ocorrida num «momento crítico para defender a resistência palestina», acrescentando que ele «envia uma mensagem forte e directa aos derrotados líderes da Autoridade Palestina […] que torna claro que a resistência continua e é a única via para derrotar o ocupante».
Os representantes das Nações Unidas e da União Europeia condenaram o «ataque terrorista».
Segundo a agência de informação palestina Ma'an, desde o início de 2017 foram mortos por forças e colonos israelitas 33 palestinos, enquanto 8 israelitas foram mortos por palestinos.
Após o ataque de sexta-feira, as forças israelitas colocaram a aldeia da Margem Ocidental de Deir Abu Mashal sob um bloqueio completo e invadiram as casas de famílias dos palestinos mortos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu rescindiu todas as licenças emitidas a palestinos para entrarem em Jerusalém e Israel para celebrarem o mês sagrado muçulmano do Ramadão.
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