Forças israelitas matam quatro palestinos em dois dias na Cisjordânia ocupada

Forças israelitas mataram esta quarta-feira um palestino e feriram gravemente um outro num posto de controlo em Belém, informou o ministério da Saúde da Palestina em Ramala. O palestino morto foi identificado como Ahmed Jamal Mahmoud Manasrah, de 26 anos.

Na véspera, terça-feira, as forças israelitas mataram três palestinos e feriram mais de dez jovens na Cisjordânia ocupada.

Omar Abu Leila, de 19 anos, foi morto por soldados e polícias de fronteira israelitas numa casa onde procurara refúgio, na aldeia de Abwein (a norte de Ramala), que  foi invadida por forças israelitas com carros armados, cães, drones, escavadoras e equipas de filmagem. Leila era suspeito de matar um soldado israelita e um colono dois dias antes, perto do colonato ilegal de Ariel, na Cisjordânia ocupada.

Dois outros jovens, Raid Hamdan, de 21 anos, e Zaid Nouri, de 20, foram foram mortos a tiro por forças israelitas que escoltavam centenas de colonos judeus fanáticos que se dirigiam ao Túmulo de José na cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, localizado na área controlada pelos palestinos.

Os soldados israelitas abriram fogo contra um veículo palestino na junção al-Ghawi, em Nablus, matando instantaneamente os dois passageiros. O exército de Israel alega que os dois palestinos teriam atirado dispositivos explosivos contra os soldados.

O governo palestino condenou hoje os assassínios, enquanto uma greve geral foi declarada em Nablus e Salfit, de onde era originário um dos palestinos mortos.

Também Hanan Ashrawi, membro do Comité Executivo da OLP, condenou num  comunicado  o «assassínio extra-judicial» levado a cabo por Israel, sublinhando que as execuções sumárias «são ilegais à luz do direito internacional e denunciam uma intenção criminosa por parte das forças israelitas, que continuam a actuar com impunidade e um desrespeito abjecto pelo direito básico do povo palestino à vida».

Print Friendly, PDF & Email
Share