Dois palestinos mortos por forças israelitas durante protestos na Faixa de Gaza

Dois palestinos foram mortos a tiro e outras cerca de 70 pessoas foram feridas por balas reais disparadas pelas forças israelitas junto à barreira que isola a Faixa de Gaza de Israel, durante protestos contra a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, informou o Ministério da Saúde palestino.
Após as preces de sexta-feira, tinha-se realizado um protesto perto da barreira que cerca a Faixa de Gaza, e soldados israelitas abriram fogo contra os manifestantes com balas reais, gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento.
Ao mesmo tempo, ocorreram confrontos em Belém, Hebron, Nablus, Ramala e outras zonas da Margem Ocidental. Em Jerusalém Oriental, após as preces de sexta-feira na mesquita de Al-Aqsa houve uma marcha em direcção à porta de Damasco, interrompida pelos soldados israelitas.
Pelo menos 103 palestinos foram levados para tratamento para hospitais em toda a Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza.
Os manifestantes respondiam aos apelos de diversas facções palestinas, incluindo a Fatah e o Hamas, para uma terceira «Sexta-feira de raiva» contra a posição dos EUA relativamente ao estatuto de Jerusalém.
O número de palestinos mortos por Israel desde o anúncio de Trump eleva-se agora a 12: 8 mortos em confrontos e 4 mortos em ataques aéreos.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), no período entre 5 e 18 de Dezembro 2900 palestinos, incluindo 345 menores, ficaram feridos em protestos contra a decisão dos EUA relativamente a Jerusalém.
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