Basta! Diga não às políticas da UE e à cooperação com Israel!

O dia 15 de Maio marca o 73º aniversário da Nakba, quando Israel e as milícias sionistas forçaram violentamente a maioria dos palestinos a sair das suas casas e os transformaram em refugiados, privando-o dos seus direitos básicos e da possibilidade de regressar aos seus lares.

A Nakba nunca parou, e durante os últimos 73 anos Israel continua a expulsar cada vez mais palestinos das suas casas e terras. A limpeza étnica em curso em Jerusalém Oriental, inclusive através da iminente deslocação de palestinos de Sheikh Jarrah, ocorreu num contexto de uma escalada das atrocidades israelitas em Jerusalém e através da Palestina. Milhares de palestinianos foram feridos e mais de 150 foram mortos, incluindo 40 crianças, nas últimas semanas.

Nos últimos dias, os protestos populares dos palestinos em todo o território sob o apartheid israelita - a Cisjordânia ocupada incluindo Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, bem como dentro de Israel – cresceram em dimensão. Foram recebidos com uma repressão brutal por parte das forças de segurança israelitas.

A reacção da Europa à situação do povo palestino é a mesma reacção cínica que oferece aos migrantes e refugiados: considera os oprimidos como os inimigos, os criminosos. Tanto os palestinos como os migrantes são vistos como uma ameaça, e espera-se que desapareçam em silêncio, para não desafiar o sistema que exige a sua opressão.

Os governos e instituições europeias não só se calam perante o apartheid israelita, como também, de forma activa, contemporizam, apoiam e lucram com ele, ao mesmo tempo que reforçam os seus próprios sistemas de segregação e confinamento de migrantes e refugiados dentro das suas próprias fronteiras.

Os governos europeus e transnacionais implementam e lucram com as políticas de guerra e exploração económica que continuam a deslocar as pessoas todos os dias - seja na Palestina ou em todo o mundo.

O impulso europeu para a militarização, e a militarização das suas fronteiras em particular, não só desvia o dinheiro público das políticas sociais, como também financia directamente a indústria de armamento de Israel através de compras/alugueres e financiamento para a investigação e desenvolvimento de novas tecnologias de segurança.

A utilização de drones militares feitos pelas empresas israelitas Elbit Systems e Israeli Aerospace Industries contra migrantes nas fronteiras da Europa é paradigmática da cumplicidade europeia com o regime de ocupação militar de Israel, velho de décadas, com a sua política de colonatos e com o apartheid e os seus crimes, e também da aquisição pela Europa do modelo israelita.

Desde 2018 que a Frontex e a EMSA contratam drones militares da Elbit e da IAI. A Elbit Systems desenvolve os seus drones em conjunto com os militares israelitas e promove a sua tecnologia como testada no terreno - em palestinos. Ela fornece 85% dos drones utilizados por Israel nos seus repetidos ataques militares e no seu contínuo cerco desumano e ataques a Gaza.

Em 2020, a Grécia anunciou que alugará drones Heron à IAI para expandir a sua capacidade de segurança na fronteira. No final do ano, a Frontex anunciou a adjudicação de um contrato de 50 milhões de euros à Airbus (com a IAI como subcontratante) e à Elbit para o fornecimento de voos de vigilância de drones no Mediterrâneo nos próximos dois anos. Com estes contratos, a Frontex dá novos passos na sua actividade de segurança fronteiriça, na expansão do seu papel nas políticas de migração e de fronteiras da UE e na aquisição do seu próprio equipamento em vez de confiar no dos Estados membros da UE. Para os refugiados que tentam atravessar o Mediterrâneo, isto pode ter consequências mais devastadoras, especialmente à luz das recentes publicações sobre a cumplicidade da Frontex em retornos ilegais da Grécia para a Turquia e retornos para a Líbia.

Hoje temos de nos manter unidos.

Enquanto grupos representativos da solidariedade palestina, grupos de migrantes e anti-militarização, entregamos às instituições da UE a exigência de mais de 7000 cidadãos de que as agências de fronteiras da UE Frontex e EMSA deixem de contratar empresas militares israelitas e parem de usar drones assassinos contra migrantes.

[Leia aqui o texto integral da petição]

Retirar financiamento à Frontex para pôr fim à política criminosa anti-migração da UE. Acabar agora com os laços militares com Israel.

Ajude-nos a reforçar a nossa luta comum pela liberdade, justiça e igualdade e por um Mundo sem Muros:

  • Envie uma mensagem pública à UE dizendo que subscreve as exigências da petição.
  • Contacte os seus deputados ao Parlamento Europeu para os informar que apoia a petição e quer que eles exerçam pressão a nível da UE.
  • Fale com o grupo ou organização de que faz parte, subscreva a nossa Declaração de Unidade e torne-se parte da nossa luta pelos direitos palestinos, contra a militarização e contra as políticas anti-migração da UE.

15 de Maio de 2021

Mundo sem Muros - Europa

Membros da Rede Mundo sem Muros – Europa

1. European Coordination of Committee for Palestine (ECCP), Europa
2. Stop Wapenhandel, Países Baixos
3. Comitato Nomuos/Nosigonella- Catania, Itália
4. BDS Berlin, Alemanha
5. Mugak Zabalduz Karabana, Donostia, País Basco, Espanha
6. Solidaridad Para El Desarrollo Y La Paz, Espanha
7. Comité de Solidariedade com a Palestina, Portugal
8. Ongi Etorri Errefuxiatuak, Espanha
9. Caravana Abriendo Fronteras, Espanha
10. Shadow World Investigations, Reino Unido
11. Stop The War On Migrants, Países Baixos
12. Josoor, Áustria
13. New Weapons Research Group, Itália
14. Centre Delàs D’estudis Per La Pau, Catalunya, Espanha
15. Comitato Bds Campania, Itália
16. Bds Italy, Itália
17. Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), Portugal
18. Legal Center Lesvos, Grécia
19. Stop Maren Mortum, Espanha
20. BDS France, França
21. Jewish Voice For A Just Peace In The Middle East, Alemanha
22. BDS Greece, Grécia


Enough is Enough: Say no to EU policies and cooperation with Israel!

May 15th marks the 73rd anniversary of the Nakba, when Israel and Zionist militias violently forced the majority of the Palestinian people out of their homes and turned them into refugees, depriving them of their basic rights and the possibility to return to their home.

The Nakba never stopped, and for the past 73 years Israel continues to expel more and more Palestinians from their homes and land. The ongoing ethnic cleansing of East Jerusalem, including through the imminent displacement of Palestinians from Sheikh Jarrah, has occurred in a context of an escalation of Israeli atrocities in Jerusalem and across Palestine. Over thousands Palestinians have been injured and 150 killed, including 40 children, in the past weeks.

Over the last days popular protests of Palestinians across the entire territory under Israeli apartheid – the occupied West Bank including East Jerusalem and the Gaza Strip as well as within Israel - have grown in size. They have been met with brutal repression by Israeli security forces.

The reaction of Europe to the plight of the Palestinian people is the same cynical reaction that it offers to migrants and refugees: it considers the oppressed as the enemy, the criminal. Palestinians and migrants alike are seen as a threat, and are expected to disappear in silence, not to challenge the system that requires their oppression.

European governments and institutions are not only silent in front of Israeli apartheid, they are actively condoning, supporting and profiting from it, while at the same time enforcing their own systems of segregation against and confinement of migrants and refugees within its own borders.

European governments and transnationals implement and profit from the policies of war and economic exploitation that continue to displace people every day - whether in Palestine or across the world.

Europe’s drive to militarization, and the militarization of its borders in particular, not only diverts public money from social policies, it directly funds Israel’s arms industry through purchases/leasing and funding for research and development of new security technologies.

The use of military drones made by Israeli corporations Elbit Systems and Israeli Aerospace Industries against migrants at Europe’s borders is paradigmatic of European complicity in Israel’s decades-old regime of military occupation, settler-colonialism and apartheid and its own crimes, and of European acquisition of Israeli model.

Since 2018 Frontex and EMSA have contracted Elbit and IAI military drones. Elbit Systems develops its drones together with the Israeli military and promotes its technology as field tested – on Palestinians. It provides 85% of the drones used by Israel in its repeated military assaults and continued inhumane siege and attacks on Gaza.

In 2020 Greece announced it will lease Heron drones from IAI to expand its border security capacity. Later in the year, Frontex announced it awarded a €50 million contract to Airbus (with IAI as subcontractor) and Elbit for providing drone surveillance flights in the Mediterranean in the next two years. With these contracts Frontex takes new steps in its border security work, the expansion of its role in EU migration and border policies and in acquiring its own equipment instead of relying on that of EU member states. For refugees trying to cross the Mediterannean this can have more devastating consequences, especially in light of recent publications about Frontex’ complicity in illegal pushbacks from Greece to Turkey and pull-backs to Libya.

Today we need to stand together.

As groups representing Palestine solidarity, migrant and anti-militarization groups we hand over to the EU institutions the demand by over 7000 citizens that EU border agencies Frontex and EMSA stop contracting Israeli military corporations and stop killer drones against migrants.

[Read the full petition here]

Defund Frontex to end the EU’s criminal anti-migration policy. End military ties with Israel now.

Please help us to strengthen our common struggle for freedom, justice and equality and a World without Walls:

  • Send a public message to the EU that you endorse the demands of the petition.
  • Contact your MEP to let them know you support the petition and want them to put pressure at EU level.
  • Talk with the group or organization you are part of, endorse our Statement of Unity and become part of our struggle for Palestinian rights, against militarization and against the EU’s anti-migration policies

15 May 2021

World without Walls – Europe

Members of the World without Walls Network – Europe

1. European Coordination of Committee for Palestine (ECCP), Europe
2. Stop Wapenhandel, Netherlands
3. Comitato Nomuos/Nosigonella- Catania, Italy
4. BDS Berlin, Germany
5. Mugak Zabalduz Karabana, Donostia, Basque Country, Spanish State
6. Solidaridad Para El Desarrollo Y La Paz, Spanish State
7. Comité De Solidariedade Com A Palestina, Portugal
8. Ongi Etorri Errefuxiatuak, Spanish State
9. Caravana Abriendo Fronteras, Spanish State
10. Shadow World Investigations, UK
11. Stop The War On Migrants, Netherlands
12. Josoor, Austria
13. New Weapons Research Group, Italy
14. Centre Delàs D’estudis Per La Pau, Catalunya, Spanish State
15. Comitato Bds Campania, Italy
16. Bds Italy, Italy
17. Movimento Pelos Direitos Do Povo Palestino E Pela Paz No Médio Oriente (MPPM), Portugal
18. Legal Center Lesvos, Greece
19. Stop Maren Mortum, Spanish State
20. BDS France, France
21. Jewish Voice For A Just Peace In The Middle East, Germany
22. BDS Greece, Greece

Print Friendly, PDF & Email
Share