4 palestinos mortos por forças israelitas em protestos contra decisão dos Estados Unidos

As forças de ocupação israelitas mataram hoje quatro palestinos durante um dia de violentos confrontos na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza cercada, que se somam a centenas de feridos por balas reais e balas de aço revestidas de borracha.
Milhares de palestinos prosseguiram, na Faixa de Gaza cercada e na Margem Ocidental e Jerusalém Oriental cercadas, mobilizações contra o reconhecimento pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como capital de Israel.
Os mortos registados hoje vêm somar-se a outros seis durante os confrontos ocorridos esta semana, elevando para 10 o número total de mortos.
Na Faixa de Gaza, os manifestantes juntaram-se perto da fronteira norte com Israel, lançando pedras. As forças israelitas abriram fogo, causando 150 feridos e matando dois manifestantes: um deles é Ibrahim Abu Thuraya, de 29 anos, que se encontrava numa cadeira de rodas após em 2008 ter perdido ambas as pernas durante um ataque israelita com mísseis contra Gaza.
Também ocorreram confrontos na Margem Ocidental, onde as forças israelitas dispararam e mataram dois homens palestinos.
O Ministério da Saúde palestino confirmou a morte de Muhammad al-Adam, de 18 anos, que foi atingido com vários tiros pelas forças israelitas depois de um alegado ataque com faca em al-Bireh, perto da cidade de Ramala.
Na localidade de Anata, do governadorado de Jerusalém da Margem Ocidental ocupada, Bassel Mustafa Muhammad Ibrahim, de 29 anos, morreu depois de ter sido atingido a tiro no peito por forças israelenses.
Em Jerusalém Oriental, manifestantes palestinos desfilaram do complexo de Al-Aqsa, na Cidade Velha, em direcção à Porta de Damasco, após as preces de sexta-feira. Foram reprimidos por polícia antimotim a cavalo.
Em Belém, na Margem Ocidental ocupada, 39 palestinos foram feridos por balas reais e balas de aço revestidas de borracha em confrontos na entrada norte da cidade.
Também houve registo de palestinos feridos em Qalqilya, Nablus e Tulkarem, na Margem Ocidental ocupada.
Os palestinos continuam a protestar contra a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em violação do direito internacional e das resoluções da ONU, que continuam a declarar que Jerusalém Oriental é território palestino ocupado. Os palestinos reclamam Jerusalém Oriental para capital do seu futuro Estado independente.
 
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